Texto do Zé Dirceu sobre os ataques que a mídia faz ao novo marco regulatório do Petróleo e contra o projeto de desenvolvimento do PT, implementado hoje pelo governo Lula. Embora se refira ao Estadão em especial, é claro que a RBS, Globo, etc… estão na conta. Só a ação conjunta de meios alternativos de comunicação, cdomo Blogs, Rádios Comunitárias, Jornais Alternativos, E grupos, etc… podem auxiliar na defesa do projeto em curso no país e contra a sanha privatista e neo liberal que se ergue por detrás da grande mídia nacional.
Luiz Müller
Começou o vale-tudo
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Por Zé dirceu
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| –>(artigo publicado no Blog do Noblat em 11 de setembro de 2009)
Tinha que ser o “Estadão”. Vanguarda do atraso, no passado, ferrenho adversário da luta nacionalista e da criação da Petrobras, o jornal escalado para dar o tom na campanha contra o novo marco regulatório do petróleo e organizar o discurso da oposição para 2010. Já que esta é incapaz de ir além da agenda denuncista da mídia. Com seu editorial de domingo (06/09), “Em preparo uma herança maldita”, plagiando nosso mote sobre a situação encontrada em 2003, o jornal mais conservador do país deu a largada na campanha presidencial. Verdadeiro partido político da oposição, os jornais e a mídia em geral tentam fazer uma caricatura do governo Lula. O “Estadão” ensaia o programa de governo da oposição e afirma que o governo Lula está fazendo uma contra-reforma na Previdência, na política fiscal do país e nas leis trabalhistas. A verdade é bem outra. Aos fatos: A Previdência foi salva pelo crescimento do emprego e da economia, com a criação de mais de 8 milhões de empregos formais desde 2003, pela reforma que realizamos em 2003 e 2004, pela sua modernização e ampliação, sendo a expedição da aposentadoria por idade em 30 minutos e a melhora no atendimento dos aposentados apenas a face externa das mudanças. Avanços esses que culminaram com a implantação de 5,6 milhões de novas aposentadorias, entre 2003 e 2009. E o número cresce ano após ano. Sobre a política fiscal, nunca o país teve uma dívida interna tão bem administrada, desdolarizada, alongada; uma dívida externa sob controle e reservas de US$ 201 bilhões, em junho último, segundo o Banco Central; um déficit nominal na casa de 2,2% do PIB (Produto Interno Bruto); e um superávit de R$ 38,4 bilhões, ou 2,3% do PIB; mais o Fundo Brasil Soberano. A cantilena ridícula e atrasada do descontrole dos gastos públicos não suporta a luz dos dados nem a realidade. Não fosse o aumento dos gastos públicos e o aumento da concessão de crédito público, o Brasil teria quebrado de novo. Foi decisão do governo, e não do Banco Central, liberar o crédito dos bancos públicos, já que as instituições privadas até hoje estão conservadoras. Assim como foram decisões do governo baixar a taxa básica de juros, reduzindo o serviço da dívida interna e permitindo o aumento dos investimentos e a manutenção dos gastos sociais. Foram os gastos sociais, o aumento dos salários, inclusive do salário mínimo e das aposentadorias, da massa salarial pela criação de mais de 10 milhões de empregos formais e informais, que garantiram, via mercado interno, a retomada rápida do crescimento e a reposição de empregos perdidos, quando a economia mundial entrou em colapso. Em 2003, as agências reguladoras estavam sem recursos humanos e materiais, sem definição de seu papel. Ao contrário do que afirma o jornal, fomos nós que as reorganizamos e definimos seu caráter. Foi o governo Lula que devolveu aos ministérios a função de definir as políticas de Estado e às agências o seu papel regulador. As contratações por concurso público e os aumentos salariais dos servidores são necessários para devolver ao Estado brasileiro a capacidade de gestão e a eficiência, a definição de políticas, o planejamento, a execução de obras e a prestação de serviços. Não é fato que os investimentos do governo federal não aumentaram. Foram multiplicados por cinco, desde que assumimos o governo do país. Fora o crescimento dos investimentos da Petrobras e do sistema Eletrobrás, das concessões e agora do PAC. A afirmação de que são os gastos com pessoal que crescem, e não os investimentos e os gastos sociais, não resiste à leitura do Orçamento. Da mesma forma que o cenário apocalíptico e pessimista sobre eventuais mudanças na legislação trabalhista não resiste à realidade de retomada do crescimento e do emprego, dos investimentos e do clima de confiança no país. É a tentativa desesperada de construir uma agenda negativa cuja expressão maior é acusação de nacionalismo e estatismo, como se isso fosse um mal ou um desvio, quando a saída e a solução são ser nacionalista, defender e recuperar as riquezas e reservas naturais do país, destinar a renda do petróleo para o desenvolvimento da nação. São exigências dos tempos em que vivemos, quando se fez necessário abandonar o neoliberalismo e impedir que a nação se afundasse na especulação financeira e no rentismo, devolvendo ao Estado Brasileiro o papel que sempre teve em nossa história, razão de ser da eleição do presidente Lula e de sua recondução em 2006. |
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Nas premissas de uma política séria, o governo Lula tem recebido da mídia uma intolerável aceitação de suas ações. Não podemos esquecer da situação que nosso país se encontrava quando Lula assumiu. No jogo imposto por alguns veículos de comunicação encontramos as sombras de uma realidade escondida, uma visão falaciosa e direcionada aos interesses daqueles que perderam seus privilégios. Não podemos esquecer que aquelas premissas que foram construídas com inteligência e com ética devem ser mantidas com responsabilidade. Aos que nelas acreditam devem mantê-las como referência para as mudanças que ainda serão realizadas. As críticas são meios de tentar inverter um trabalho que tem resultados sociais, onde pessoas simples são valorizadas nas políticas de governo, crianças que tem a oportunidade de visualizar um futuro mais humana. Sim, falta muito e muito deverá ser feito, os investimentos nessas ações de melhoras deverão continuar mesmo que tentem dizer que pouco é feito. Devemos continuar alertas as incoerências exibidas por esta mídia. Somos membros de uma realidade que está dando certo, e isso incomoda aos que almejam retornar as suas cavernas obscuras. Fazer política é sim mostrar as ações e para qual objetivo quer atingir. façamos como Sócrates ao sair da caverna informar a todos que existe agora uma outra realidade, onde as imagens são reais.
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