Uncategorized

MICROCREDITO PARA QUEM NÃO ACESSA O SISTEMA FINANCEIRO

Pela importância do tema, reproduzo matéria do Jornal do Comércio de Hoje, 22/04/2010 sobre a inauguração de loja do PortoSol Agência Comunitária de Crédito, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego. O PNMPO – Programa Nacional de MicroCrédito Produtivo Orientado é mais uma forma de apoio a micro empreendedores, mesmo informais, para que possam melhorar seus negócios e gerar mais renda. É o Governo Lula possibilitando que quem nunca teve crédito, passe a tê-lo com o objetivo de agregar valor ao que ja fazem para gerar sua p´ropria renda. Vai a matéria

Portosol lança unidade para empresas populares
Novo serviço é direcionado a pequenos empreendedores

Com o objetivo de facilitar o acesso ao microcrédito a empreendedores populares, a Instituição Comunitária de Crédito Portosol lançou na terça-feira uma nova agência na Zona Norte de Porto Alegre. Os trabalhos desenvolvidos focam uma nova modalidade: o grupo solidário de crédito. Em conjunto, pequenos empresários de baixa renda da Capital e Alvorada poderão solicitar quantias a partir de R$ 700,00 para investimentos em atividades produtivas.

O diretor-executivo do Portosol, Cristiano Mross, explica que a metodologia aplicada é baseada na própria confiança entre os grupos formados, que variam entre quatro e sete empreendedores. Com auxílio de um agente da instituição, os próprios participantes analisam o crédito. A exigência é que a maioria dos empreendimentos exista há pelo menos seis meses. “Esse é o tempo que deve estar sendo exercida a atividade, mas pode haver dentro do grupo alguém que esteja iniciando”, afirma. Beneficiários do Bolsa Família atuantes produtivamente também poderão fazer parte do programa.

Para acessar essa modalidade coletiva de captar recursos não é necessário apresentar garantias, com o diferencial de que até mesmo integrantes com alguma restrição de crédito no SPS ou Serasa poderão ser incluídos. “A pessoa com restrições pode ter um histórico de bom pagador e passar por um problema pontual”, destaca Mross. Ele acrescenta que a vulnerabilidade de um empreendedor popular sem acesso a crédito para investir em seu negócio é levada em consideração. Por isso, mesmo que não estejam com o nome limpo, serão beneficiados pelo grupo solidário.

O projeto é uma parceria entre a Portosol e o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado (Pnmpo), do Ministério do Trabalho. De acordo com Mross, que também atua como vice-presidente da Associação Brasileira dos Dirigentes de Entidades Gestoras e Operadoras de Microcrédito, Crédito Popular Solidário e Entidades Gestoras (Abcred), nos últimos anos o segmento foi impulsionado, apesar da dificuldade em captar verba.

“A regulamentação dificulta o repasse de recursos, e mesmo que os bancos venham acenando parcerias para o microcrédito, esse movimento ainda é pequeno”, relata. O diretor-executivo do Portosol diz, ainda, que o Bndes é o maior incentivador do segmento, sendo a instituição que mais apoiou a entidade desde sua criação, em 1996.
O chefe da divisão de atendimento ao trabalhador do Ministério do Trabalho, Luiz Muller, destaca que para o Bndes, adaptado a grandes movimentações financeiras, o microcrédito é um desafio e um aprendizado. Além disso, reconhece o projeto como regularizador do setor. “É importante salientar as iniciativas do governo em possibilitar crédito formal mesmo para os que estão na informalidade.” Ele enfatiza que o crédito solidário é um estímulo ao espírito empreendedor dos pequenos empresários.

Nos 14 anos de atuação, a Instituição Comunitária de Crédito já repassou uma quantia em torno de R$ 130 milhões para empresários de baixa renda do Rio Grande do Sul, somando mais de 116 mil contratos de financiamento, 13 mil somente na Região Metropolitana. Em todo o Brasil, mais de R$ 800 milhões já foram destinados para esse tipo de recurso, principalmente no Nordeste, região onde o modelo é considerado consolidado.


Descubra mais sobre Luíz Müller Blog

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Um pensamento sobre “MICROCREDITO PARA QUEM NÃO ACESSA O SISTEMA FINANCEIRO

  1. Pingback: MICROCREDITO PARA QUEM NÃO ACESSA O SISTEMA FINANCEIRO … – credito

Deixe um comentário