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Margarida é aluna do Pronatec: “Estou começando a construir meus sonhos”

Brasília, 27 – Há cinco meses, Maria Raquel da Silva Barros, 30 anos, trabalhava como pedreira em Juazeiro do Norte, no Ceará. Foi, então, que essa mãe de duas filhas viu no Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Brasil Sem Miséria) a oportunidade de melhorar a renda da família. No dia 14 de junho, ela concluiu o curso de eletricista predial de baixa tensão. Dois dias depois, Raquel já estava com a carteira de trabalho assinada no seu primeiro emprego formal.

“Já perdi muita vaga de emprego pela falta de qualificação”, conta a eletricista. “Agora meu sonho é crescer profissionalmente, me especializar mais nessa área. E já estou procurando outros cursos, em comandos elétricos.”

Com a entrada no mercado de trabalho, sua renda passou a ser maior que a do marido. Com isso, agora é ela quem garante o sustento da família, enquanto o marido cuida das filhas. “Sou uma profissional agora”, comemora.

Assim como Raquel, outras 250 mil pessoas estão freqüentando os cursos do Pronatec Brasil Sem Miséria, superando a meta para este ano, que era abrir 230 mil vagas. São mais de 300 modalidades de capacitação para a população com menor escolaridade.

Para Margarida Moura Sousa , 30 anos, moradora da Candangolândia, região administrativa do Distrito Federal, o sonho de uma vida melhor está se realizando. Ela concluiu o segundo grau, mas nunca trabalhou, porque precisa estar ao lado da filha de 10 anos, que necessita de cuidados especiais. A renda da família, formadas por seis pessoas, vem da remuneração da mãe de Margarida, que é faxineira, e da complementação do Bolsa Família.

Atualmente, Margarida participa do curso de Auxiliar Administrativo. Ela recebe o vale transporte para freqüentar as aulas, lanche e material didático. “Fui encaminhada pelo Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e me surpreendi com o quanto já aprendi. Estou muito feliz e começando a construir meus sonhos depois de 10 anos.” Ela termina o curso em fevereiro de 2013. “Meu sonho é conseguir o meu primeiro emprego e dar uma estabilidade pra minha família. Eu quero sair daqui e trabalhar. Não quero que as pessoas tenham dó pela condição que eu vivo ou pela minha filha.”

Paula Tubino
Ascom/MDS
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