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Dilma: acho ‘ridículo’ dizer que país corre risco de racionamento de energia

  • A presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas no Palácio do PlanaltoDepois de seguidos apagões que atingiram vários Estados recentemente, a presidente Dilma Rousseff descartou nesta quinta-feira (27) que haja uma crise de energia no país. A declaração foi feita em encontro de fim de ano com jornalistas, no Palácio do Planalto.

Segundo Dilma, as empresas de energia não investiram adequadamente na manutenção do sistema elétrico durante anos, mas, a partir de agora, o quesito será melhor fiscalizado.

De acordo com a presidente, o compromisso do governo é fazer com que as interrupções de energia sejam superadas. “Acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento de energia”, disse

Dilma criticou a tentativa de colocar a culpa em fenômenos naturais, como raios. Segundo ela, se houve interrupção, houve falha humana. “No dia que falarem que [houve interrupção de energia porque] caiu um raio, vocês gargalhem.”

“Raio cai todo dia. Um raio não pode desligar o sistema. Se cai, é falha humana. Não é sério dizer que o sistema caiu por causa de um raio”, disse Dilma mostrando fotos de satélites mapeando a constante incidência de raios no território nacional nos últimos dias.

“Tem que ser resistente ao raio, isolar e recuperar. Tem que ter bloqueio, estar blindado”.

Dilma: falta de luz no aeroporto do Galeão foi falha humana

Na avaliação da presidente, a interrupção do fornecimento de energia no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (26), que provocou atrasos em 19 voos, foi falha humana.

“No Galeão, foram duas coisas: falha humana, porque deveriam ter trocado o ar condicionado que estava velho, e sobrecarga, por causa da temperatura alta”, avaliou. Dilma disse que é preciso se antecipar e adequar os equipamentos para possíveis riscos. “Planejar é isso.”

‘2013 será um ano muito bom’

Sobre a economia do país, Dilma declarou que “2013 será um ano muito bom, e que investir em infraestrutura tem que virar agora uma obsessão”.

A presidente disse ainda que o governo quer a inflação e as contas públicas sob controle e que fará tudo que for  possível para que haja deficit nominal decrescente.

Governo diz que vai bancar redução na conta de luz

No início do mês, Dilma Rousseff disse que o  tesouro vai bancar a redução, mesmo sem o apoio de todas as empresas elétricas ao plano.

O principal obstáculo ao plano do governo federal para baixar a conta de luz veio das estatais estaduais Cesp, Cemig e Copel, de São Paulo, Minas Gerais e Paraná –Estados administrados pelo PSDB, principal partido da oposição ao governo federal.

As três optaram por não prorrogar os contratos de suas hidrelétricas nos moldes propostos pela União –com redução em torno de 70% da tarifa–, o que dificulta a meta de reduzir a conta de luz em 20% em média (considerando todas as empresas e os domicílios).

O que as concessões das elétricas têm a ver com a conta de luz mais barata?

Na véspera do feriado de 7 de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para consumidores e empresas a partir de 2013. A medida era uma reivindicação antiga da indústria brasileira para tornar-se mais competitiva em meio à crise global.

Para conseguir baixar a conta de luz, o governo precisou “mudar as regras do jogo” com as companhias concessionárias de energia, e antecipou a renovação dos contratos que venceriam entre 2015 e 2017. Em troca de investimentos feitos que ainda não tiveram tempo de ser “compensados”, ofereceu uma indenização a elas.

Algumas empresas do setor elétrico ofereceram resistência ao acordo, alegando que perderiam muito dinheiro.

Pescado do UOL.


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