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Que tal uma nova ditadura? É o convite “democrático” do Datafolha

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Por Fernando Brito no Tilolaço

Bem, devidamente controlados os engulhos que o post anterior provocou, vamos ao gran finale da pesquisa Ditafolha, digo, Datafolha.

Como o enojado leitor e a repugnada leitora perceberam, a pesquisa “vai levando” o entrevistado  pelos círculos do inferno e chega, afinal, aonde quer.

Veja o que o Datafolha sugere ao eleitor:

Você concorda ou discorda que o governo brasileiro deva ter o direito de:

Proibir greves?

 Intervir nos sindicatos? 

 Proibir a existência de algum partido? 

Censurar jornais, TV e rádio? 

Fechar o Congresso Nacional? 

Prender suspeitos de crimes sem a autorização da Justiça?

Torturar suspeitos para tentar obter confissões ou informações?

Claro que, além do simples sim ou não, o questionário oferece a opção “ditabranda” ao gosto da Folha, com uma resposta de “sim, parcialmente“.

O que, afinal, significa isso senão “pesquisar” a implantação de uma ditadura?

Mesmo que sejam 15, 20, ou 25% as respostas positivas a estas perguntas, isso é ou não combustível para legitimar os grupos autoritários que, à sombra do “coxismo” de direita e do blackbloquismo selvagem e estúpido de uns idiotas (levei uma bronca hoje por chamá-los de idiotas, mas vou teimar)?

Alguém ainda acha que se exagera quando se diz que se estavam abrindo caminhos para o autoritarismo?

Nenhum destes quesitos oferecidos como “ações de governo” jamais esteve, nem de longe, na pautado governo.

Estará na pauta de quem, das manifestações do “padrão Fifa” , do combate à corrupção,  do #naovaiterCopa ou, ao menos, as acompanhará como uma sombra sinistra.

Há outras baboseiras facistóides na pesquisa, como a de criticar as indenizações aos presos, perseguidos, torturados e mortos na ditadura e, claro, a de que sejam também julgados os militantes das organizações que resistiram ao regime fascista. Aquela linha, sabe, que teria levado a Nuremberg também o pessoal da Resistência Francesa que, afinal, também pegou em armas.

Mas o essencial, o grave, o inaceitável é que se trata de um levantamento de encomenda para reacender o apetite autoritário, que é a fome que dá na barriga de quem não tem voto.

PS> Para os que duvidam de que a pesquisa seja isto, aqui está o link para o questionário depositado no TSE.


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