Espera-se que os outros que usurparam a estatal mostrem a mesma dignidade
Do Jornal do Brasil
A empresa holandesa SBM é uma das maiores fabricantes de plataformas de petróleo e gás do mundo. Apesar de não ser investigada pela Polícia Federal, nem pela Lava Jato, a empresa admitiu ter pago US$ 139 milhões em propinas ao Brasil.
A ex-presidente da Petrobras Graça Foster informou no ano passado que instalou uma Comissão Interna de Apuração para investigar a denúncia. Por conta disso, a Petrobras encontrou provas de que havia realmente suborno.
A dignidade da SBM não só em reconhecer que roubou, mas em ressarcir de quem roubou, mostra que ela se comporta como muito mais dignidade do que os que optam pela delação premiada. Não tem o privilégio de diminuir sua pena e não se esconde na mais cruel das decisões de um processo de crime. A prostituta das provas: a confissão. Paga.
Empresas nacionais usaram um bandido reincidente, o tal de Youssef – que hoje consegue um parecer de um grande jurista que, ninguém sabe por que, quando tinha poderes, não usou a mesma perspicácia que usou ao ser contratado para dar parecer a pedido do advogado do tal de Youssef, conhecido já da Operação Banestado. Fernandinho Beira-Mar teve menos sorte. Já está preso há 13 anos. Esse tal de Youssef nunca deveria ter saído do cárcere. Espera-se que o outro Fernando, o Baiano, que parece blindado por algum poder, possa apontar as empresas que se apropriam também ilicitamente como os corruptos Barusco & Cia. E espera-se que as empresas nacionais venham a pagar aquilo que usurparam com sobrepreço.
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