
O Deputado Paulo Pimenta publicou Nota sobre o fracassado golpe na Venezuela e fez comentários no Twitter. A dimensão da nota fez com que a RBS publicasse um ataque ao Deputado, por gaúcho que é. Obviamente este blogueiro concorda com o conteúdo da nota do PT. no entanto, não é sobre ela que pretendo discorrer. O tema é a Comunicação e a forma como a a maioria da esquerda continua a tratá-la. A esquerda não utiliza os instrumentos tecnológicos como Redes Sociais e outros instrumentos como Blogues e Sites que lhe são favoráveis, quando não são inclusive militantes. Parece que não aprenderam nada com a eleição de Bolsonaro, que pautou a grande mídia, se expressando somente pelas redes sociais, com milhares de grupos organizados nas redes. Não falo aqui da quantidade de robôs contratados, por que só quantidade não resolve o problema, mas credibilidade. Pimenta atua a muito nas redes sociais. E isto lhe possibilitou construir uma Rede de militantes que acreditam no que produz. Isto faz com que a reprodução do que publica seja feita por muitos que em suas redes, numericamente maiores ou menores, também tem credibilidade de seus amigos e seguidores, o compartilhe. O Resultado: Pautou a RBS e não contrário. Falar em contrario, é justamente o que a mesma RBS fez com a tal reunião almoço dos partidos de esquerda que debateram o tema das eleições municipais em Porto Alegre. A pauta da reunião explicitada e divulgada nas páginas do golpista jornal da Av. Ipiranga. Me parece que este episódio da Nota do PT sobre a Venezuela e comentários do Pimenta nas Redes Sociais que pautaram a Gaúcha/ZH deveria virar emblemático para a esquerda, que deveria começar a enxergar a Comunicação com Política Estratégica e não como repositório de realises, além de enxergar os parceiros que por compromisso de comunicar a verdade e por sentimento militante, tem a credibilidade necessária para pautarem inclusive os grandes meios, se convenientemente apoiados.
Segue a matéria da Gaúcha/ZH
Quem é o deputado gaúcho que assina nota do PT em defesa de Maduro e suas políticas para o bem-estar do povo da Venezuela
O comunicado emitido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) que classifica o movimento de Juan Guaidó, líder oposicionista na Venezuela, como golpe contra o governo de Nicolás Maduro tem a assinatura de um parlamentar gaúcho. Além da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o líder do partido na Câmara, deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), endossa o posicionamento, bem como líder da sigla no Senado, senador Humberto Costa, e Monica Valente, que é secretária de Relações Internacionais do PT.

O texto, emitido nesta terça-feira (30), trata sobre mais um acirramento de tensões na Venezuela, a partir da informação de Guaidó de que havia conquistado apoio de militares venezuelanos para a derrubada de regime de Maduro. Para o PT, trata-se de um golpe pois estes “grupos opositores tentam há anos derrubar o governo democraticamente eleito do Partido Socialista Unido da Venezuela”. O PT diz ainda que o fracasso da oposição venezuelana está relacionado ao apoio que a população oferece a Maduro, “após anos de políticas voltadas ao bem-estar da população e contrárias à exploração imperialista e das elites locais”.
A coluna procurou o deputado Paulo Pimenta (PT) na manhã desta quarta-feira (1º) para consultá-lo sobre o posicionamento, que foi ratificado pelo parlamentar. Em suas redes sociais, Pimenta acrescentou que a “nova tentativa de golpe contra Maduro” fracassou e lembrou que o apoio de militares anunciado por Juan Guaidó “não se concretizou”.
Pimenta ainda teceu críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que, segundo ele insinuou, de “forma irresponsável”, que poderia “sozinho levar o Brasil a um conflito com a Venezuela”. “É um insano provocador que aposta no caos para esconder sua incompetência e covardia”, disparou.
Leia o comunicado emitido pelo PT aqui.
E segue o outro momento, onde uma discussão chamada pelo PT com os demais partidos, para debater as eleições municipais, vira pauta do mesmo golpista Jornal do Arroio Diluvio. Quanto tempo levaremos para compreender que a Comunicação é “A” arma mais importante da Luta de Classes e que nós precisamos nos armar com armas nossas e não usar a dos outros, que já tem a mira bem focada em nós, não importando quem aperte o gatilho a cada “tiro”?
Parabéns aos envolvidos. Rosane de Oliveira pautando o debate:
PT poderá não ter candidato a prefeito de Porto Alegre em 2020
Com votações decrescentes nos últimos anos e perda de cadeiras na Câmara, grupo articula a formação de frente de centro-esquerda e sugere Manuela D’Ávila (PCdoB) como cabeça da chapa

Depois de sucessivas derrotas na eleição para prefeito de Porto Alegre e de perda de espaço na Câmara de Vereadores, o PT estuda a possibilidade de abrir mão da cabeça de chapa em 2020, para viabilizar uma frente de centro-esquerda. Se isso ocorrer, será a primeira vez desde a retomada das eleições nas capitais, em 1985, sem um petista concorrendo à prefeitura. A ideia é reunir na mesma chapa PDT, PCdoB, Psol e PT. O assunto foi discutido em uma reunião na sexta-feira passada e será retomado nesta quinta-feira (2).
O nome mais falado para encabeçar a chapa é o da ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), que ainda não confirmou se será candidata. Juliana Brizola (PDT) já manifestou o desejo de concorrer, e o Psol tem uma tradição de disputar a eleição majoritária. Como Luciana Genro é deputada estadual, pode tentar novamente a prefeitura, até para alavancar as candidaturas de vereadores.
Um grupo admite até ficar fora da chapa, para que outro parceiro indique o vice, mas a Democracia Socialista e o Avante, ala da deputada Maria do Rosário, não abrem mão de um mínimo de protagonismo.
O temor no PT é encolher ainda mais na Câmara de Vereadores, se lançar um candidato incapaz de empolgar os eleitores, como Adão Villaverde, que em 2012 fez apenas 76.548 votos, ou mesmo o ex-prefeito Raul Pont, que não conseguiu chegar ao segundo turno em 2016.
Em 1988, quando Olívio Dutra se elegeu prefeito, o PT, que na eleição anterior (1982) conquistara apenas uma cadeira, com Antônio Hohlfeldt, elegeu nove vereadores em Porto Alegre. Em 1992, Tarso Genro venceu a eleição para prefeito e o partido conquistou 10 cadeiras. Em 1996, ano da eleição de Raul Pont, que fez 408.998 e venceu no primeiro turno, a representação na Câmara subiu para 14. Foi o melhor momento do partido na Capital.
A partir desse ano, embora tenha mantido a prefeitura na eleição seguinte, novamente com Tarso Genro, que abandonou o mandato em 2002 para concorrer a governador, o número de vereadores só caiu: 10 em 2000, oito em 2004, sete em 2008, cinco em 2012 e quatro em 2016. Na prefeitura, o partido ficou fora do segundo turno em 2012 (o ex-petista José Fortunati, concorrendo pelo PDT, venceu no primeiro turno), e em 2016, quando Nelson Marchezan(PSDB) e Sebastião Melo (MDB) disputaram a final.
Caso opte por ter candidato a prefeito, o nome seria da deputada Sofia Cavedon, que não tem nada a perder, porque seu mandato na Assembleia vai até 2022. Os quatro vereadores (Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto e Marcelo Sgarbossa) devem disputar a reeleição.
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