Os policiais civis do Rio Grande do Sul cruzam os braços em protesto contra uma realidade insustentável: defasagem salarial, crise de efetivo e sucateamento das estruturas de trabalho. A paralisação, convocada pelo Ugeirm Sindicato, é um grito de socorro diante da omissão do governo estadual, que insiste em ignorar reivindicações legítimas e urgentes.
Enquanto isto o Governador Leite esta na sua Senda pelo Brasil e pelo mundo, disposto a galgar outros postos, sempre baseado na propagação de mentiras bem vendidas pelo marketing do guri de Pelotas.
A principal demanda da categoria é a revisão geral dos salários dos servidores públicos, com reposição de 15,2% — índice que sequer cobre as perdas acumuladas pela inflação nos últimos anos. “A falta de valorização é um convite à evasão: muitos servidores pedem exoneração ou migram para outras áreas”, disse um Inspertor/Escrivão que gostava da função, mas acabou indo para outra área em função da falta de reajustes.
A crise de efetivo é visível ate para quem é de fora. Delegacias operam com número reduzido de agentes, o que compromete investigações, atendimento à população e a própria segurança dos profissionais. A sobrecarga de trabalho, aliada à falta de reconhecimento, gera um ambiente de exaustão e desmotivação. O governo, porém, não apresenta plano concreto para recompor o quadro ou realizar concursos públicos.
Delegacias em todo o estado enfrentam problemas estruturais graves: prédios deteriorados, falta de equipamentos básicos, viaturas em péssimo estado e sistemas obsoletos. A precariedade das instalações não apenas dificulta o trabalho policial, como também expõe servidores e cidadãos a riscos. A promessa de modernização da segurança pública, tão presente em discursos oficiais, não se traduz em ações efetivas.
Segundo o sindicato, meses de tentativas de negociação foram ignorados, o que levou à paralisação como último recurso. A ausência de escuta ativa revela um desprezo institucional pela Polícia Civil e pela segurança da população gaúcha.
A paralisação da Polícia Civil do RS não é o único protesto sindical — é um alerta sobre o colapso de um dos pilares do Estado.
Se Segurança e Educação são tão maltratados como estão sendo, imagina o que será deste Estado se seguir nas mãos de Neol iberais ou bolsonaristas “de carteirinha”…
Fonte: Diário de Santa Maria
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