Uncategorized

O jogo de xadrez de Dilma e Lula em Copenhague

Do Blog Amigos do presidente Lula

O jogo de xadrez de Dilma e Lula em Copenhague

Dilma e Lula dão aula de estratégia sobre negociações de estado em Copenhague.

Enquanto Serra procura celebridades de Hollywood para sair na foto em capas de jornais, e Marina Silva procura gestos simbólicos para agradar ONG’s internacionais, Lula e Dilma fazem um jogo de mestre.

Dilma e Lula dizem que vão contribuir com US$ 5 bilhões para países pobres. Mas de que forma é essa contribuição?

Não é dando um cheque em branco para países ricos decidirem o que fazer com ele, como sugeriram Marina Silva (PV/AC) e José Serra (PSDB/SP).

É através de transferência de tecnologia para produção de etanol a países pobres, onde normalmente haveria cobrança de royalties.

Dessa forma o Brasil atinge 4 objetivos:

1) melhoria ambiental em si, com redução das emissões de gas-estufa, substituindo parte do petróleo por biocombustíveis;

2) coloca os países ricos em uma “sinuca de bico”, para manterem seu protecionismo agrícola contra o etanol produzido nos países pobres;

3) ajuda a economia dos países pobres a se desenvolverem;

4) desenvolve a economia da indústria brasileira de equipamentos na cadeia produtiva do etanol;

É importante observar o objetivo 4 acima. O Brasil não está apenas sendo bonzinho com os países pobres, ao renunciar a royalties de tecnologia, e ainda ajudar outros países a serem “concorrentes” na venda de etanol. Está sendo humanitário também, mas não apenas. Os alvos do Brasil são:

– o objetivo brasileiro não é vender apenas a “commodity” etanol. É sobretudo liderar a indústria de equipamentos para produção de biocombustíveis e exportar estes equipamentos e serviços tecnológicos. Da mesma forma que o pré-sal não quer apenas vender petróleo, mas desenvolver a produção de equipamentos da indústria petrolífera no Brasil.

– Não adianta querer cobrar royalties de países pobres que não tem dinheiro para pagar. É mais inteligente ajudar esses países a enriquecerem, vendendo para países ricos e ganhando dinheiro destes países, para depois terem dinheiro para pagar por tecnologia brasileira.

– Se a produção de etanol não for diversificada entre vários países do mundo, ele não se viabiliza como commodity internacional. O quase monopólio de um país como o Brasil produzindo etanol, daria poderes demais ao Brasil de definir preços e restringir a oferta, causando insegurança aos países compradores. Isso incentivaria o protecionismo, como acontece nos EUA com o subsídio ao etanol ineficiente do milho, por razões de segurança energética.

Dilma e Lula em vez de dar um cheque aos países ricos, caminham para dar outro tipo de XEQUE, um xeque-mate.


Descubra mais sobre Luíz Müller Blog

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

2 pensamentos sobre “O jogo de xadrez de Dilma e Lula em Copenhague

  1. Gostei muito do post. Penso que essa maneira delicada do prosidente Lula de enfrentar os poderosos em favor dos mais pobres (e não acho que isso se resuma a populismo) deveria ser seguida por nosso prefeitos, vereadores, governadores, deputados. Os poderosos deste mundo deveriam lembrar das palavras de Jesus: “De que adianta um homem ganhar o mundo inteiro (royalties, poder, petróleo) se perde sua própria vida”.

    Curtir

  2. Pingback: O-jogo-de-xadrez-de-Dilma-e-Lula-em-Copenhague : Sysmaya

Deixe um comentário