A vida de muitos, entre os quais me incluo, foi em boa parte dedicada a construir a utopia do socialismo. A possibilidade de construirmos uma sociedade sem explorados e nem exploradores sempre foi a nossa referência. O PT faz parte desta construção. A queda do muro de Berlim e a debacle do Socialismo Real com a queda do muro e o fim da URSS fizeram alguns desistirem e outros se encastelarem em guetos. Outros continuaram acreditando na Utopia. E houve que continuaram elaborando, levando em conta as experiências positivas e negativas do socialismo. Me lembro que o termo “Utopia Possível” eu lí num livro do Tarso Genro. E me parece ser esta a idéia contida na “Concertação Social”. Um pacto, dentro das regras do capitalismo, para melhorar a vida das pessoas. Ontem o Governador tarso Genro deu mais um passo neste sentido no RS, com a constituição do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Nos mesmos moldes do “Conselhão” do Governo Lula. Funciona. É só ver o que o Governo Lula e agora o Governo DIlma estão realizando, diminuindo e caminhando para a erradicação da pobreza, melhorando o salário e as condições de vida de todo o povo, etc.. Mas a Utopia Possível, tem que ser assim, uma continuidade. Aquilo que antes parecia impossível, hoje já é possível, como a erradicação da miséria no Brasil. Mas quando aquilo que era impossível se raliza, é preciso ir além, por que outras coisas que poderiam parecer impossíveis, poderão ser possíveis. Não dá para dormir em berço explendido, por que a Utopia Possível, embora seja importante, não é a definitiva realização da Utopia acalentada por muitas gerações, ou seja, uma “sociedade sem amos”, internacional e igualitária. Mas o passo dado ontem é mais uma Utopia possível.

Reproduzo matéria do Sitio do Governo do RS, de hoje, 16 /03/2011

Tarso apresenta proposta da Primeira Carta de Concertação do CDES-RS

Tarso apresentou proposta da Primeira Carta de Concertação * Assista ao VídeoCEDES terá como desafio propor plano de desenvolvimento para o RS Logo após o ato de instalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul (CDES-RS), nesta terça-feira (15), no Palácio Piratini, ocorreu a primeira reunião de trabalho com os 90 integrantes do órgão. O governador Tarso Genro, que acompanhou integralmente o encontro, apresentou a proposta da Primeira Carta de Concertação do CDES-RS, que contempla os elementos orientadores para elaboração da agenda de desenvolvimento do Estado. Entre os 12 itens submetidos à apreciação, destacam-se a integração nacional e a inserção internacional, a recuperação das funções públicas do Estado, o desenvolvimento regional e microrregional, a qualificação da infraestrutura e a alavancagem do setor energético. Para o governador, “é necessário mudar o padrão de acumulação capitalista no Estado, estabelecendo um processo de distribuição de renda, de inclusão social e de participação popular”. Isso porque, segundo Tarso, o Governo parte do pressuposto de que, independentemente de seus méritos e deméritos, o modelo tradicional de desenvolvimento que trouxe o Estado a uma situação de estagnação econômica encontra-se esgotado. “O modelo produtivo baseado na pecuária extensiva, que se desdobrou depois em um modelo agroexportador, acompanhado de uma base industrial emergente, que hoje tem 60% de seu PIB industrial no eixo Caxias-Porto Alegre, de repente foi golfado por um processo de globalização financeira e econômica, sem o acompanhamento a estrutura federativa do país”, explicou o governador aos conselheiros. Na pauta da reunião, estiveram também em votação as aprovações do Termo de Referência, que trata dos objetivos e das características do CDES-RS, do Regimento Interno, com as regras gerais de funcionamento, e das primeiras seis Câmaras Temáticas (Piso Salarial Regional; Desenvolvimento da Serra e Arranjos Produtivos Locais; Pacto Gaúcho pela Educação; Desenvolvimento Metropolitano; Previdência; Desenvolvimento Regional). As Câmaras, formadas por conselheiros, representantes do Governo e especialistas convidados para aprofundar temas pautados pelo Pleno do Conselho, tem a função de realizar estudos, debater e adotar posições sobre os temas definidos. Pelo regimento, até 12 Câmaras podem funcionar ao mesmo tempo. Durante o encontro, o secretário executivo do Conselho, Marcelo Danéris, também convidou os conselheiros a participarem da Caravana do CDES-RS, que já a partir deste mês percorrerá as nove macrorregiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Estado (Coredes) para ouvir demandas e sugestões. Em mais um exemplo do conceito de transversalidade proposto pelo Governo Estado, a caravana fornecerá subsídios para a construção, pela Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, do inédito Plano Plurianual Participativo do Rio Grande do Sul.

Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini