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Porto Alegre dos gordos, dos magros e dos tatus (2ª parte)

Motivo de agressões violentas de policiais a jovens, Tatu bola só havia sido esvasiado

O esvasiado tatu-bola não voltará mais ao Largo Glênio Peres, nem cheio, nem vazio. Promessa do Fortunati. Mas as placas da concessão da Coca-Cola continuam lá. A capital nacional dos obesos cedeu aquela área pública a empresa de refrigerantes que engordam e fazem pedir sempre mais, já que conforme pesquisas Coca-Cola vicía mesmo. Clica aqui e lê. Cometer erros é humano. Do alto de seus 65% dos votos na capital e de seus quase 2 metros de altura e corpo bem magro, Fortunati poderia reconhecer o erro que cometeu ao entregar espaços públicos para publicidade quase gratuita de produtos que comprovadamente fazem mal a saúde de parte da população. É compreensível que o gestor se sinta atraído pelos recursos financeiros que provavelmente estas empresas sinalizaram para “revitalizar” estas áreas públicas. Houve época em que quem fazia isto eram principalmente as empresas de cigarros. E todos achavam normal. Levou muito tempo para compreenderem que aquela publicidade toda, que aumentava o consumo, também aumentava o custo do Estado brasileiro com doenças oriundas da utilização daqueles produtos. Com o advento do SUS, que é decentralizado, o ônus recai também sobre a Prefeitura, que ao invés de utilizar os recursos para tratar de outras doenças, tem que astra dinheiro atendendo doentes de câncer, no caso do cigarro, ou tratar de problemas respiratórios, doenças do coração e do sangue, diabete, entre outras, dos Obesos da cidade. E Porto Alegre é a Capital Nacional dos Obesos. A obesidade, como todos

Porto Alegre lidera ranking de cidades com mais obesos. É tempo de construir políticas públicas para redução da obesidade e dos custos para a saúde

sabem, vem do consumo de alimentos desnecessários. E refrigerantes, quaiquer que sejam, são desnecessários. Um bom suco supriria a sede e ainda injetaria vitaminas e sais minerais no corpo, que refrigerantes, ao contrário, tiram. A Obesidade advém também da vida sedentária que as pessoas levam. E aí a cultura do automóvel, também regada a polpudas somas de dinheiro, é que cumpre o seu papel numa sociedade como a nossa, que tem melhorado substancialmente de vida nos ultimos anos, em função da política econômica. Todos querem ter carro. Mas se todos tem carro, há lugares em que nem todos podem andar de carro, por que o trânsito atravanca. Por isto mesmo as grandes cidades européias decidiram eliminar ou rduzir substancialmente o trânsito de carros nos Centros Históricos das cidades (Florença, Milão, Londres, Turim,Roma, etc) .Pra começar, reduziram as possibilidades de estacionamentos e garagens nas regiões centrais, bem ao contrário de Porto Alegre, que já enfiou um estacionamento sobre o mesmo Largo Glenio peres e quer transformar parte de praças no entorno do Gasômetro em estacionamento. Enquanto isto, a Prefeitura está querendo derrubar o Plano Cicloviário que está contido no Plano Diretor, por que de fato não parece ter desejo de instalar ciclovias e ciclofaixas, o que fica evidente, quando pela negativa, somos a cidade cque tem a “menor ciclovia do mundo”. É preciso olhar para o Centro Histórico da cidade, como espaço de convivência entre pessoas, onde possam caminhar mais, tomar sol, conversar…como aliás já fazem em praças e parques, que aliás a prefeitura, a julgar pelo realizado até agora, também pretende privatizar e cercar. Os turistas que vem aqui, não vem com seus carros. Eles vem de avião e se deslocam pela cidade a pé, de taxi ou com transporte coletivo. Não é legal passar de carro ao lado do mercdo público e nem olhar pelas janelas do mercado e var aquele monte de carros estacionados alí. Alí, no Largo Glenio Peres e em outros logradouros, é lugar para resgatar a história e fortalecer a cultura popular. Uma feira de produtos da agricultura familiar é muito melhor do que um estacionamento e lava-jatos jorrando do chão. E resgata de alguma forma a história, por que era justamente no entorno do Cais do Porto e do Mercado Público que

Feiras de Economia Solidária e Agricultura familiar aconteciam no Largo, mas concessão para a Coca prevê proibição destas feiras no Largo Glenio peres

os pequenos agricultores das encostas da Serra vinham com seus barcos comercializar seus produtos. Revitalizar espaços tem que ser também reativar a memória. Se as pessoas virem nas feira, mais suco de laranja, de uva ou de pessego sendo vendida, direto do produtor, também esta ação será didática no sentido destas pessoas não consumirem mais as porcarias supostamente bonitas que nos impingem com as selvagens formas de publicidade midiática. Fortunati, tu que és magro, ajuda os cidadãos e cidadãs a compreenderem que o consumo não pode estar acima da saúde. Tira das mãos destes fabricantes de “venenos” culturais as praças que lhes foram entregues. Se eles querem fazer propaganda, que façam com o dinheiro deles e não com o dinheiro do povo.


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