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Os ganhos da Copa em infra-estrutura

Comemoração depois da Confirmação da Copa no Brasil

Comemoração depois da Confirmação da Copa no Brasil

 por  no Blog O Cafézinho

O Valor de hoje publica uma página inteira sobre a Copa, com texto de João José Oliveira. É um bom artigo, que traz especialistas em obras admitindo que foram cometidos erros de planejamento, mas todos entendem que haverá um grande legado.

O Brasil iniciou obras de mobilidade urbana que talvez ainda demorassem mais alguns anos (ou muitos anos) para serem implementadas. Os aeroportos foram (e ainda estão sendo) profundamente reformados e ampliados.

Mesmo os estádios, o alvo preferencial dos protestos, ajudarãoa indústria de esportes e entretenimento, que poderá se tornar importante para as cidades-sede, gerando impostos  (ou seja, mais dinheiro para a saúde e educação) e empregos. Dezenas de novos hotéis foram construídos, ampliando o potencial turístico do Brasil, ainda extremamente subutilizado.

Abaixo, trechos do artigo, cuja íntegra por ser lida aqui (para assinantes do Valor).

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(…) A capacidade em aeroportos foi reforçada em 36% para desafogar terminais que trabalhavam acima do limite desde que o universo de passageiros triplicou entre 2003 e 2012.

O parque esportivo, congelado desde os anos da ditadura, foi renovado com tecnologia usada pela engenharia local de modo inédito.

A rede hoteleira ergueu 70 novos endereços com mais de cinco mil quartos, elevando em mais de 20% a oferta de hospedagem no território.

Em algumas capitais, a indústria de telecomunicações antecipou a instalação de torres e cabos que incrementaram em até 50% a capacidade de transmissão de voz e dados.

Corredores urbanos e avenidas podem ajudar a desatar o nó do trânsito em algumas das maiores regiões metropolitanas.

(…)

“Cometemos erros básicos de gerenciamento”, disse Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral (FDC), 23ª melhor escola de educação executiva do mundo, segundo ranking do ‘Financial Times’.

Os  mesmos especialistas que ressaltam a ineficiência gerencial de governos também admitem que as demandas impostas pela Copa movimentaram meios de produção e recursos de forma singular no país. E que há já neste ano benefícios a serem apropriados pela população.

Estádios com meio século de vida, caindo aos pedaços – caso do Fonte Nova, em Salvador, onde a queda de parte da arquibancada matou sete torcedores em 2007 – foram substituídos por equipamentos multiuso, capazes de receber partidas de futebol, shows de música e eventos corporativos. Essa infraestrutura pode estimular a indústria do entretenimento.

(…)

A indústria brasileira do turismo também pode ganhar com a Copa. O país deverá ser visto por cerca de 3 bilhões de telespectadores, segundo estimativa da Fifa. Para atender à demanda de turistas domésticos, estimados em 3,5 milhões, e estrangeiros, que devem superar os 600 mil, o Ministério do Turismo aplicou R$ 180 milhões em obras de sinalização, acessibilidade e centros de atendimento a turistas. Outros R$ 461 milhões foram investidos em centros de convenções de 11 cidades – atenuando gargalos que vinham emperrando a realização de feiras e seminários locais e internacionais.

Empresas do setor hoteleiro captaram mais de R$ 1,5 bilhão, entre 2011 e 2013, para levantar do chão 70 novos empreendimentos. Isso significa 5,7 mil quartos extras, ampliando em mais de 20% a capacidade de hospedagem no país. E outros R$ 4,7 bilhões já estão orçados para serem aplicados este ano em empreendimento que vão incrementar o parque em mais 164 prédios de apartamentos para turistas. Esses recursos não integram a Matriz de Responsabilidades da Copa e, em certas cidades, teme-se que a oferta tenha crescido além da demanda.

A infraestrutura de comunicação também recebeu injeção de recursos para ampliar a capacidade de tráfego de dados em 43% e reforçar em 50% a oferta para chamadas de voz em relação à estrutura anterior à Copa. Segundo as operadoras, foram aplicados nas cidades-sede R$ 1,3 bilhão para a instalação de mais de 15 mil novas antenas 3G e 4G, além de 120 mil pontos de Wi-fi e mais 10 mil km de cabos de fibra óptica. Ainda assim, operadoras e fornecedores preveem que poderá haver falhas na comunicação.

(…)

Abaixo, infográficos com uma relação das obras feitas em cada cidade-sede.

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