A simples presença de Netanyahu no marcha ‘Je suis Charlie’ levanta questões intrigantes. Desde o morticínio em Gaza, ordenado após as mortes jamais plenamente esclarecidas de três adolescentes israelenses, Israel vinha se isolando no front internacional. Diversos países europeus, como a Suécia, já estavam reconhecendo o estado palestino – algo que já havia sido feito, no Brasil, pelo ex-presidente Lula, há vários anos. Em 17 de dezembro do ano passado, o mesmo movimento foi feito pelo parlamento europeu, por 488 votos a favor, 88 contra e 111 abstenções. No mesmo dia, o Hamas também foi removido da lista de organizações terroristas.
Essa onda progressista na Europa, que poderia contribuir para o fim de um dos grande fatores de instabilidade global, que é a opressão na Palestina, se confrontava com outra tendência: a crescente islamofobia em países como França e Alemanha, que possuem um grande contingente de imigrantes, sobretudo muçulmanos. Agora, a tendência é que a guerra ao chamado ‘extremismo islâmico’ ganhe força, dando maior impulso ao terrorismo de Estado praticado por Israel.
A passeata deste domingo em Paris, que reuniu 1,5 milhão de pessoas, ocorre em resposta à morte de 12 pessoas na chacina ocorrida na sede do jornal satírico Charlie Hebdo e vem sendo encarada como uma defesa da liberdade de expressão.
Nunca é demais lembrar, porém, que na última ofensiva militar em Gaza, feita ao arrepio de qualquer lei internacional, foram assassinados 17 jornalistas. Eis os nomes dos profissionais de comunicação silenciados pelas bombas de Netanyahu:
1. Hamid Abdullah Shehab – “Media 24″company.
2. Najla Mahmoud Haj – ativista de mídia
3 Khalid Hamad – the “Kontnao” Media Production company.
4. Ziad Abdul Rahman Abu Hin – al-Ketab satellite channel.
5. Ezzat Duheir – Prisoners Radio.
6. Bahauddin Gharib – Palestine TV.
7 Ahed Zaqqout – jornalista esportivo veterano
8 Ryan Rami – Palestinian Media Network.
9 Sameh Al-Arian – Al-Aqsa TV.
10 Mohammed Daher – editor no al-Resala paper.
11. Abdullah Vhjan – jornalista esportivo
12 Khaled Hamada Mqat- diretor do site de notícias Saja.
13. Shadi Hamdi Ayyad – jornalista freelancer.
14. Mohammed Nur al-Din al-Dairi – fotógrafo na Palestinian Network.
15. Ali Abu Afesh – Doha Center for Media.
16 Simone Camille – fotógrafa na Associated Press.
17. Abdullah fadel Murtaja
Republicou isso em bule13verdee comentado:
a presença de Netanyahu na marcha levanta uma questão intrigante: o que acontecerá numa Europa onde grupos xenófobos e islamofóbicos duelam com forças progressistas, que vinham lutando pelo reconhecimento do estado palestino?
CurtirCurtir
ALÁ
Ana Paula Romão (Educadora)
Renato Uchôa (Educador)
Nem precisa um exercício teórico. Nosso ou dos intelectuais das melhores universidades do mundo, comprometidos com a autodeterminação dos povos. Ou mesmo daqueles das cabeceiras dos shoppings e clubes privados. É preciso apreender o instinto de perversidade e desumanidade dos que fazem e dosque comandam Israel. Benjamin Netanyahu é um assassino por natureza, do mesmo naipe de Mordechai Kedar, um criminoso defensor do estupro às mulheres palestinas. Durante mais de duas décadas como chefe da inteligência militar de Israel. Deveriam ser julgados por um Tribunal Internacional. Pagar pelos crimes.Eles seguem matando sistematicamente, humilhando crianças com a ponta e o tiro fatal do fuzil, de perto ou de longe. Não faz diferença, muito menos assassinar jovens e adultos. Provocam a morte das suas crianças também, que vivem o clima de terror e são educadas pra odiar. São os meliantes que invadem o nosso país, se apossam das terras e, de quebra, ocupam a sala, matam os nossos filhos e estupram as nossas mulheres. É a política do Estado Terrorista de Israel apoiada por Barack Obama e outros. Os palestinos habitam a própria terra, na quase totalidade tomada pelo agressor, com a conivência de tantos países ditos civilizados. Armaram Israel desde 1948. Não bastava a entrega de grande parte da Palestina, legitimada pela ONU. O povo palestino detinha 85% das terras e os judeus cerca de 7%, próximo da criação do Estado Judeu. Aos árabes, se justifica a posição contrária à criação de Israel e do próprio estado (Palestino), à época. Também necessário, por não ter exército, o surgimento dos inúmeros grupos de resistência, criados para o enfrentamento e defesa dos palestinos. A criação de Israel, determinada na ONU, em 1947,contou com33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções, somando 56 Estados. Aspectos legais da partilha não foram resolvidos. O documento final transgrediu os direitos fundamentais do povo árabe palestino, regidos pela Carta das Nações Unidas e pelo Pacto da Sociedade das Nações. Defloramento do Título Jurídico, alcançado pelos árabes por meio do acordo firmado com os países da Entente, no refratário da Primeira Guerra Mundial. Mesmo assim, o Título garantia plenos direitos à independência da Palestina. Sua violação desencadeou sucessivas revoltas no mundo árabe. De um lado, o Estado de Israel, apoiado pelos EUA. E, do outro, a Liga Árabe, pela antiga URSS. A questão árabe ficou quente em plena Guerra Fria. Eis que o imperialismo ocidental tomou corpo na região. Para a matança a céu aberto, a mídia se mantém eufórica. É controlada pelos agressores. E dos que sobram da caçada diária, ao longo de mais de meio século, agora confinados, comprimidos no gueto chamado Gaza. Os conflitos entre palestinos e judeus, de mesma origem étnica, se originam numa volta de século no tempo. O recrudescimento da violência institucionalizada é que não vem de longe. Um espetáculo macabro de terror. O povo palestino tem dias, meses, anos, marcados no calendário da morte e na agenda das indústrias armamentistas, já fazem mais de seis décadas. Nem muito menos têm dúvidas os judeus, que negaram os ancestrais, e grande parte daqueles que escaparam por milagre dos carniceiros de Hitler. Nos campos de concentração de tortura e morte. Sobre o massacre, a matança generalizada assistida em cadeiras confortáveis. Justificada, imprescindível e aplaudida por 95% dos judeus. Não é apenas o Estado Terrorista de Israel o culpado pela barbárie, é o próprio povo judeu que coloniza a ferro e tanque o que ainda resta de terras. E prega o aniquilamento total, a varredura completa. Em carne e osso, suja as mãos do sangue das crianças palestinas, que lhes substancia o sentimento mórbido de vingança. Dizem ser a favor da paz (Israel Democracy Institute). Como podem ter o cinismo de afirmar sobre o diálogo, se defendem o genocídio? Paz dos cemitérios abarrotados de mortos, paz das bombas de fósforos, de todo tipo. Verdadeiramente, defendem o extermínio do povo palestino. Em um momento propício e estudado, planejado pelos assassinos (com a ajuda dos EUA), governam e comandam o exército. O Oriente Médio queima: conflitos armados, golpes, insuflados e financiados pelo núcleo do capitalismo. Permitem Israel fazer a festa. Nenhuma ajuda ao povo Palestino. Entregue à própria sorte. A não ser da América Latina, e dos povos, incluindo milhões de judeus, que se levantam em todo o mundo contra os governos comprometidos com o massacre. Na Venezuela, o presidente Maduro anuncia missões para resgatar crianças mutiladas e órfãs e para abrigá-las, como suas. Atitude humanitária para além das fronteiras latinas. O Brasil faz sua parte, Dilma teve a coragem e a decência de se contrapor a Israel, repudiado pelos crimes contra a humanidade.
CurtirCurtir