* Juremir Machado
Tem quem se sinta orgulhoso de ser Charlie e quem se sinta envergonhado.
Parte da esquerda brasileira acha que a culpa é do Ocidente mesmo. Por extensão, das vítimas.
Os iluministas, com Voltaire à frente, lutaram contra a intolerância religiosa e pelo direito de blasfemar (outro nome para criticar). A tolerância ganhou o primeiro tempo do jogo. Aí veio uma nova forma de intolerância: a incapacidade de aceitar a diferença. Depois das era da intolerância e da tolerância, precisamos entrar na era do respeito.
O problema é, em nome do respeito ao diferente, tornar-se refém de intolerantes.
O filósofo marxista Slavoj Zizek botou os pingos nos is: a culpa pelos atentados de Paris é dos que os cometeram. Não tem mais nem menos. Ah, mas os muçulmanos são discriminados! Zizek não vai nessa conversa: “Muçulmanos são de fato uma minoria explorada e escassamente tolerada (OK, mas…
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Concordo também com isso tudo. “O problema é, em nome do respeito ao diferente, tornar-se refém de intolerantes”
A questão nem é a intolerância, são os interesses politico-comerciais das nações.
O que está por trás dos 4 ou 12 assassinatos é o mesmo que esteve atrás dos fatos do WTC e por trás de todas as invasões e massacres.
Charlie foi só um coadjuvante nessa armação.
Ingenuidade?
Morreram mesmo? Mas cadê que ninguém pode ver os corpos, sequer a mãe da filha de um deles? E por que um dos policiais teria cometido suicídio ? Por que não se viu o corpo do Bin Laden se sua morte foi considerada legal no mundo ocidental? A cabeça de Tiradentes bem como a de Lampião foram expostas, foram as provas de suas mortes, os corpos de delito.
Mas no caso do Charlie, nem os corpos dos policiais foram mostrados.
Enquanto não virmos esses corpos de delitos não existem mortos do Charlie.
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