Desmoronou a ideia de vincular Dilma à Lava Jato. Não tem como. Mas Renan, Eduardo Cunha e Aécio aparecem na lista. Qual é a decisão de Janot? Mantem Renan e Eduardo Cunha, ambos do PMDB na lista, mas retira Aécio Neves. Como assim? Simples. Ao não conseguir associar Dilma e Lula ao esquema, e o objetivo da Lava Jato era este, cria se um outro embate falso. Se acusa o Executivo de ter incluído Cunha e Renan. E tome pau do Renan e do Cunha, com a sempre presente visibilidade midiática, no Executivo. E o Aécio, aquele mesmo Neves que perdeu as eleições, é “inocentado” previamente pelo Procurador Geral. Volta e meia passa algum militante de esquerda aqui no Blog, e vira e mexe, me acusa de “teoria da conspiração”. Mas o PT foi enxovalhado até não poder mais. Até gente que sai de camisa vermelha na rua, é acusado de ladrão. No domingo passado, colorados que estavam indo pro Grenal em Porto Alegre, foram acusados de petistas ladrões e só não tiveram suas camisas rasgadas por que a polícia interveio. A acusação é a mesma: roubaram o governo e a Petrobras. E nenhum dos agredidos sequer petista era. Na conta final no entanto, poucos petistas e nenhum quadro do PT no 1º escalão da Presidenta Dilma envolvidos na Lava Jato. Foi a mídia que semeou e os robôs contratados ou criados pelo tucanato subserviente ao império semearam as redes sociais com sua campanha do ódio contra o PT e o Governo. Mentiras repetidas milhões de vezes viram verdade no senso comum, já ensinava Goebels, Ministro da Propaganda de Hitler. Desconstituída esta mentira, o próximo passo é ensinamento de Maquiavel: “semeie a discórdia nas hostes inimigas. O Janot sabe e o Janot cumpre. Se o Aécio, referenciado por Youssef, assim como todos os outros, tivesse permanecido, isto abalaria as hostes tucanas. Janot encontrou a solução. Tira Aécio e mantém Renan e Eduardo Cunha, mesmo que acusados pelo mesmo sujeito e pelas mesmas razões. Só uma artimanha mutio bem montada pra explicar esta diferença de tratamento. E o resultado da artimanha é fomentar e focar novamente entre uma disputa entre o PMDB e o PSDB. O Golpe continua em Marcha. A mobilização do dia 13 de março é fundamental para que os movimentos sociais digam à Oposição que a Democracia é o caminho e para o Governo, que o caminho é estabelecer a conexão entre o discurso de campanha da Dilma e o único caminho possível, que é a esquerda na encruzilhada e não a direita, que fatalmente leva ao golpe ou a completa submissão. Vai o Artigo do Fernando Brito no Tijolaço
Olhem os dois títulos de O Globo (capa e o da matéria, propriamente).
Bem, ao ler você verá que ninguém (um assessor, uma fonte, um ministro) não diz e nem sequer avalia coisa alguma.
Está evidente que são ambos, Renan Calheiros e Eduardo Cunha que “passam” para a oposição na certeza de que lá terão a indulgência da mídia diante do que forem acusados pela Procuradoria Geral da República.
Ou será possível imaginar que Dilma tenha “enfiado” as duas ínclitas figuras na “lista do Janot”.
Certamente não estão lá de favor, por indicação política. Estão “por merecimento”.
Renan, sobretudo, virou “unanimidade”.
Ontem, Aécio Neves, que dias antes disse horrores dele na eleição da Mesa do Senado, aplaudiu-o e disse que ele era o “presidente do Senado de todos os brasileiros”.
O Globo, note nos títulos, também faz sua parte para que creiam (se é que alguém pode crer nisso) que há uma manobra palaciana contra a dupla oriunda do collorismo.
Que, atirando contra o Planalto, leva automaticamente um upgrade para a beatitude.
Com isso e mais a necessidade de autorização do plenário para que possam ser processados no Supremo (o que só ocorrerá se surgirem situações totalmente escancaradas, o que não é nada impossível para quem lhes conhece o estilo) os dois têm certeza de que ficam de fora, mesmo estando, eventualmente, dentro do embrulho de paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e companhia.
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