Aos poucos os movimentos sociais e a esquerda vão se recuperando do período de abandono a que foram submetidos pela ausência da direção do PT, que passou boa parte de 2015 “desaparecida” do cenário politico, sem dar a militância a linha necessária para combater as mentiras máfio midiáticas, impulsionadoras do fascismo que hoje viceja nas ruas do Brasil, e que precisa ser confrontado antes que produza uma tragédia de proporções graves como foram o fascismo e o nazismo a seu tempo. Foi somente em Agosto, depois do fascismo se expressar nas ruas dezenas de vezes, foi somente em agosto que uma Resolução deu algum norte sobre o tema. A constituição da Frente Brasil Popular é um sinal alvissareiro de que alternativas estão sendo buscadas pelas direções dos partidos a esquerda do espectro político. Mas também o lançamento da Frente Povo Sem Medo, que fez ontem sua primeira aparição pública mais vigorosa em várias cidades do Brasil, mostra que os movimentos sociais buscam alternativa de direção para as lutas sociais, para além das siglas partidárias muito comprometidas com um calendários eleitorais. Não se trata de reduzir a importância da participação em pleitos eleitorais democráticos, que tem por objetivo eleger os gestores e parlamentares a cada 4 anos. Se trata de fazer cumprir o que esta escrito no Manifesto de Lançamento do Partido dos Trabalhadores;

“O PT quer atuar não apenas nos momentos das eleições, mas, principalmente, no dia-a-dia de todos os trabalhadores, pois só assim será possível construir uma nova forma de democracia, cujas raízes estejam nas organizações de base da sociedade e cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias.”

Por mais que os Movimentos Sociais se mobilizem, o papel do Partido Dirigente é fundamental para converter em Agenda Política as inúmeras e difusas demandas dos movimentos. Ou o PT recupera seu papel de partido dirigente rapidamente para responder aos anseios dos movimentos que se mobilizam com cada vez mais vigor, ou seus atuais dirigentes poderão ser responsabilizados assim como a social democracia européia foi a responsável pela submissão ao neo liberalismo na década de 1990, entregando ao capital boa parte das conquistas do Estado do Bem Estar Social conquistado no pós guerra.

Os Movimentos estão nas ruas e constroem suas bandeiras: A bandeira  #ForaCunha dá uma oportunidade da esquerda se contrapor ao moralismo fascista incentivado pela mídia golpista, que diz querer combater a corrupção. O verdadeiro centro da corrupção no Brasil é o financiamento privado das campanhas, cujos agentes primeiros são os parlamentares, hoje em boa parte representantes dos interesses de quem lhes financiou, e não do conjunto da sociedade.

Ontem me senti feliz ao poder marchar, eu e meus companheiros do NDD- Núcleo de Defesa da Democracia, junto com os companheiros de vários movimentos, como o MTST e outros, em direção ao Congresso Nacional e mostrar aos fascistas ilegalmente acampados no gramado da Esplanada, que não permitiremos que o fascismo vingue em terras brasileiras.