Os grupelhos fascistas estão excitados com a decisão do correntista suíço Eduardo Cunha, que ainda preside a Câmara Federal, de deflagrar o processo golpista do impeachment de Dilma. Eles garantem que voltarão a colocar milhares de incautos nas ruas para derrubar o governo eleito democraticamente em outubro passado. Apesar desta aparente valentia, porém, eles não demonstram muito entusiasmo com sua capacidade de mobilização. Em artigo publicado na Folha tucana na semana passada, o líder da seita Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri – já apelidado de “Kimta Katiguria” -, apela por mais tempo para destruir a economia nacional e arregimentar os seus fanáticos seguidores.
Após a realização de três manifestações expressivas, que reuniram milhares de “midiotas” exigindo o impeachment de Dilma e a volta dos militares ao poder, as marchas golpistas sofreram um acentuado declínio. A própria mídia oposicionista, tão animada com os exóticos protestos, reconheceu o refluxo do movimento. A “caminhada simbólica” de São Paulo a Brasília, por exemplo, foi um fiasco e virou motivo de chacotas. A mais risível foi quando o privatista “Kimta Katiguria” sofreu um acidente na estrada e foi socorrido por uma ambulância do Samu. Baita ironia! Nos minguados atos de novembro, o próprio MBL tirou o time de campo percebendo que havia perdido a batalha das ruas!
Já o “acampamento” no gramado do Congresso Nacional serviu para desmascarar de vez os grupelhos fascistas. Teve carro apreendido com um arsenal de armas e tiros e bombas contra a marcha nacional das mulheres negras. Diante de tanta insanidade e violência, a própria direção do parlamento ordenou a evacuação da área – gentilmente cedida pelo “amigão” Eduardo Cunha, que anulou uma norma que proibia atos no local. Bem diferente da violência da PM contra os alunos paulistas, a polícia agiu com toda a ternura para retirar os 30 fanáticos do gramado de Brasília. As cenas do arsenal e das bombas, porém, foram capturadas pelos celulares e expuseram os trogloditas que aderiram à cruzada golpista. Como ironizou José Simão, um dos poucos lúcidos da Folha, “aquele acampamento no gramado não é pró-impeachment nem anti-Dilma, é pró-malucos. Só tem doido! Intervenção psiquiátrica já!”.
A crescente desmoralização das seitas fascistas talvez explique porque algumas figuras midiáticas sumiram das suas marchas. Na primeira manifestação golpista, em março, o site de entretenimento da Folha fez um balanço eufórico da presença das “celebridades”. Rememore a lista e guarde os nomes:
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On-line ou ‘in loco’, confira como os famosos estão participando das manifestações
15/03/2015
O ex-Casseta Marcelo Madureira compareceu à manifestação na zona sul do Rio, em Copacabana, e chegou a pegar o megafone para fazer discurso. “Isso não vai virar a Venezuela”, bradou, enquanto as pessoas gritavam “PT nunca mais”.
O surfista Pedro Scooby, marido da atriz Luana Piovani, deixou sua mensagem de apoio aos protestos do Caribe: “Vá para a rua! Por um Brasil com mais segurança, saúde, educação e sem corrupção”, postou, ao lado de um grafite assinado pela dupla Osgemeos. Depois, acrescentou que “infelizmente” está fora do Brasil trabalhando e não vai poder estar nas ruas fisicamente. “Mas estou de coração! Muda Brasil”, finalizou.
Já o ex-líder do “CQC” Marcelo Tas pediu por conteúdo nos protestos. “Manifeste com propostas”, marcou em formato de hashtag ao lado da mensagem “aumentar em 10 vezes os ridículos 0,18% do orçamento dedicados à Cultura não dá”.
Também na rede social, a atriz Christine Fernandes chamou o governo petista de “corja corrupta” e afirmou que os protestos deste domingo são “sem partido”. “Precisamos de transparência e mudarmos esse modus operandi de corrupção do nosso Brasil”.
Atos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) acontecem em 16 Estados brasileiros neste domingo. Participaram ainda dos protestos “in loco” a apresentadora Ellen Jabour, as atrizes Regina Duarte e Solange Couto, o ator Duda Nagle, o apresentador Otávio Mesquita e a modelo Daniella Sarahyba.
Fotos e legendas:
– Humorista Marcelo Madureira participa de protestos em Copacabana, no Rio
– Ellen Jabour protesta no Rio de Janeiro
– Flávia Viana protesta no Rio de Janeiro
– Marcio Garcia protesta no Rio de Janeiro
– Solange Couto protesta no Rio de Janeiro
– Regina Duarte na manifestação do Rio
– Fãs tiram foto com o ator Malvino Salvador durante ato na avenida Paulista
– A cantora Wanessa Camargo canta hino nacional durante ato na avenida Paulista
– Ronaldo no ato na avenida Paulista
– O cantor Lobão aparece no protesto na avenida Paulista
– Duda Nagle em manifestação no Rio
– Daniella Sarahyba em manifestação no Rio
– Christine Fernandes diz que manifestação é “sem partido” e chama governo de “corja corrupta”
– Jéssika Alves diz que “Brasil merece respeito”
– Otávio Mesquita em protesto anti-Dilma
– Danilo Gentili no protesto
– Marcelo Tas reclama em rede social do orçamento baixo para a Cultura
– Adriane Galisteu “lava a bandeira” em foto e pede “por um Brasil limpo!”
– Pedro Scooby lamenta estar fora do país e deixa mensagem por “um Brasil sem corrupção”
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As marchas de março, que reuniram famosos torturadores, corruptos de carteirinha e doentias figuras da direita nativa, pelo jeito assustaram algumas “celebridades”. A própria Folha registrou a queda de participação dos “famosos” no protesto seguinte, em abril. “Se nas manifestações do mês passado as celebridades participaram em peso, neste mês a insatisfação deles com o governo parece ter ficado um pouco adormecida. Muita gente ignorou a convocação para ir às ruas no domingo (12)… Em vez disso, os famosos preferiram curtir o domingo de sol com suas famílias na praia, piscina ou em casa”.
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