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‘Maior impacto do desemprego é sobre a juventude’, alerta Dieese

Para Clemente Ganz Lúcio, governo deve investir na educação para que os jovens fiquem nas escolas, em vez de precocemente buscar lugar no mercado de trabalho

jovens

São Paulo, a taxa de desemprego entre os jovens de 16 a 24 anos era de 23%, em 2014, e em 2015, subiu para 28%

São Paulo – “As graves restrições ao crescimento econômico trouxeram a recessão e o desemprego para o cotidiano dos trabalhadores, e principalmente, aos jovens”, afirma o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, em entrevista hoje (25) à Rádio Brasil Atual. “Em 2015, nós observamos na economia brasileira o aumento do desemprego, e quando ele aumenta, a juventude é a mais afetada, principalmente, quando o desemprego atinge o setor de serviço e comércio, que recepciona boa parte dos jovens que chegam ao mercado de trabalho”, complementa.

Clemente lembra que com o crescimento da economia e a ampliação do incentivo à educação na última década, os jovens deixaram de participar do mercado de trabalho e priorizaram o investimento na educação, principalmente, no ensino superior.

Entretanto, o diretor do Dieese afirma que em 2015 houve uma mudança na trajetória dos jovens. “Houve um crescimento dos jovens em busca de trabalho. Então, houve um impacto do desemprego sobre essa parcela da população. O desemprego atinge a juventude de forma diferenciada da população adulta.”

Na região metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego entre os jovens de 16 a 24 anos era de 23%, em 2014, e em 2015, subiu para 28%. Segundo Clemente, para diminuir o número de jovens desempregados, o governo deve investir em políticas públicas para a educação. “A partir do momento que o desemprego cresce, é importante que o Estado atue para reter os jovens na escola e não fazer com que ele venha a um mercado de trabalho que está escasso.”

 

Comentário do Blogueiro: Uma possibilidade concreta de educação associada ao mundo do Trabalho é a Lei do Jovem Aprendiz. Todas as empresas são obrigadas a contratar de 5% a 15% do número de seus trabalhadores como aprendizes. Este Jovem Aprendiz no turno tem que estar frequentando o ensino regular e no contra turno frequenta um curso de aprendizagem profissional, com carga horária mínima de 800 horas, dividido entre módulo teórico e módulos práticos. O jovem tem a Carteira Assinada, faz a parte teórica na instituição ofertante do curso, que pode ser do Sistema S ou entidades sem fins lucrativos habilitadas para tanto pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social e a parte prática é realizada na empresa contratante do jovem. Bom para o jovem e melhor ainda para a empresa, que pode contar em seus quadros com jovens qualificados e inseridos no mundo do trabalho através da própria empresa contratante. Nos próximos dias falaremos mais sobre a Lei do Jovem Aprendiz aqui no Blog.


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