A Ponte para o futuro nos levará ao Brasil do passado

Temer prepara e extinção da Estrutura de Políticas Sociais no Brasil. O Ministério do Desenvolvimento Social será incorporado por um “Superministério”, que abrigará outras áreas sociais, inclusive saúde, trabalho e previdência. Em resumo, isto quer dizer o seguinte: Os municípios, que na área social operam praticamente só com recursos do Governo Federal, terão sua estrutura do SUAS – Sistema Único da Assistência Social rapidamente desmontada, pois os recursos serão redistribuídos por todas as áreas a serem assumidas por este tal superministério. O IGD – Recursos para gestão dos serviços de Assistência será os primeiros a sofrer o impacto e Programas como PAIF, Serviço de Fortalecimento de Vínculos e outros, tendem a desaparecer antes do final de 2017 ou ficarem muito mirrados. BOLSA FAMÍLIA – A posição também é clara. Ele diz que vai aumentar o valor. Mas congela a entrada de novos beneficiários e estabelece um prazo fixo para saída do Beneficiário do Programa.

Quanto ao Governo Federal, a Redução do número de Ministérios virá casada com congelamento de salários dos Servidores Federais, suspensão de chamamento de concursados e suspensão de novos concursos. Cunha e a Bancada de Temer no Congresso já articulam a aprovação do PL que prevê o fim de Concursos Públicos e também a possibilidade da Administração Direta, Federal, Estadual e Municipal demitir Servidores.

Temer também sinaliza no sua “ponte para o futuro”, uma série de mudanças para o trabalho na iniciativa privada. Entre estas mudanças, o Congelamento do Salário Mínimo e a implementação do já aprovado PL da terceirização irrestrita. Com o congresso de fantoches que tem a disposição, Temer em poucos meses liquidará boa parte dos direitos adquiridos dos trabalhadores, o que segundo ele, contribuirá para reduzir o “custo da produção”, que os empresários chamam de “custo Brasil”.

Quanto a área fazendária, Temer sinaliza para a redução de juros, mas sinaliza também com uma alta nos impostos e a criação da CPMF, sempre tão combatida pelo empresariado.Lembram daquele pato da FIESP contra o aumento e pela redução de impostos? Pois é…Os impostos a que aquele pato se referia, eram os impostos dos ricos. O pobre vai mesmo é pagar o Pato.

A conta deste golpe de Estado, financiado a partir de propinas a Deputados, que muitos dizem terem vindo inclusive do Sistema S comandado por Paulo Skaf, custarão muito caro aos brasileiros.

Os movimentos sociais e o Movimento Sindical devem se preparar para longos períodos de enfrentamento contra uma máquina estatal que se antes já estava, agora estará mais ainda ao lado das classes dominantes, contra as conquistas obtidas nestes últimos anos.

Resistir em defesa da Democracia, lutar para não perder direitos, elaborar um Programa de Emergência a ser apresentado ao governo para dar conta da crise que fatalmente entraremos  e construir a Greve Geral, instrumento político mais vigoroso da Classe Trabalhadora para se impor diante do ataque cada vez mais desenfreado do Capital contra os direitos conquistados.