O parecer da Receita Federal emitido em 2016, que está em posse dos procuradores da Lava Jato desde sua emissão, vem a público e apresenta o real motivo da mudança no depoimento do proprietário Glauco da Costamarques.
Da A POSTAGEM
O documento vai além, já que demonstra que a receita não viu irregularidades doa imóveis do Instituto Lula.
Glauco da Costamarques havia realizado depoimento à Polícia Federal e disse que não havia irregularidades nas operações imobiliárias ligadas ao ex-presidente e seu instituto. Porém, usado como um dos trunfos da Lava Jato contra Lula, a mudança de posicionamento e seu depoimento mudando a primeira versão, foi associado à ocultação desse parecer por parte do Ministério Público. Mesmo assim, o depoimento oportunamente alterado por Glauco, foi confrontado e desmentido, com a apresentação dos recibos de aluguel com assinatura reconhecida pelo próprio proprietário do imóvel.
A apresentação do documento por parte do Estadão foi um alarde inútil com a seguinte machete “Movimentação Suspeita em Contas de Laranjas de Lula”. A questão é que o documento seria, na realidade, a comprovação de que a Receita não concluiu irregularidades. A mídia, portanto, inverteu a ordem, antes que o documento viesse à tona. Veja esse trecho do documento:
“(…) há razoável suspeita de que em alguns anos (especialmente 2010, 2011 e 2013), além da possibilidade de sonegação de receitas, as contas bancárias de Glaucos da Costamarques podem ter sido utilizadas apenas como interposição para passagem de expressivos valores de terceiros.”
Embora pareça e possa ser usado como argumento contrário a Lula, dado que seria movimentação em conta de Glauco, como se fosse um laranja, é, na verdade, perfeitamente explicável pelo que teria sido apresentado pelo próprio Glauco à Lava Jato. Na verdade, seriam referentes a empréstimos realizados pelos seus filhos, tendo sua conta pessoal usada apenas para passagem do dinheiro.
Nós mesmo períodos (2010, 2011 e 2013) apresentados no documento da Receita, foram feitos os seguinte empréstimos:
- 2010: R$ 480 mil por Gustavo da Costamarques.
- 2010: R$ 1,189 milhões por Fernando da Costamarques.
- 2011: R$ 3,1 milhões recebidos dos próprios filhos.
- 2012: R$ 3,6 milhões recebidos dos próprios filhos.
Na questão do apartamento 121, Glauco afirmou que havia comprado o imóvel à pedido de José Carlos Bumlai e que não tinha recursos para comprá-lo, já que o valor era de R$ 504 mil e o valor teria sido dado pelo pecuarista. A análise da Receita mostrou o inverso, já que Glauco havia emprestado R$ 450 mil em 2011, logo após a compra do apartamento.
Para complicar de vez a tese da Lava Jato, o documento ainda apresenta um fato inegável que válida completamente os recibos apresentados por Lula. Costamarques oficialmente declarou o recebimento de todos os alugueis no período de 2011 a 2015.
Após embarcar na loucura de mudar sua versão no depoimento, a defesa de Glauco da Costamarques apenas se limitou a dizer que assinou todos os recibos num dia só, numa tacada e com isso validou a veracidade da assinatura. O parecer da Receita surge como o fim do imbróglio, mas o juiz é Sérgio Moro e o que importa é a convicção.
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Somos a grande maioria de brasileiros acreditamos e confiamos sabendo separar o “joio do trigo” como ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a também mãos limpas Dilma Rousseff, são os únicos presidentes limpos e honestos desde 1982. Digo mais quem tiver acusação apresente “mas” não vale diz que me disse, power-point nem sonhos.
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Quantas versões contraditórias os que acusam Lula vão apresentar para se livrarem de Moro? Estamos na inquirição
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Há que se escrever um livro sobre este período de aberrações de parte significativa do judiciário.
Esta corja de Curitiba e alguns outros setores são a coisa mais abjeta que se viu nesta nova república, juntamente com a privataria tucana.
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