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Ações de Trump e Bolsonaro fazem parte de Plano da CIA para desestabilização do Brasil, mostra Jornalista

Agentes do serviço de inteligência brasileiro passaram a considerar que ações recentes de bolsonaristas não estão sendo articuladas apenas por movimentos internos. A avaliação é de que há um roteiro estratégico conduzido diretamente pela Casa Branca, com envolvimento da CIA, segundo fontes ligadas à Abin. Com informações do colunista Jamil Chade, no Vero Notícias.

A escalada de agressividade do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra a Polícia Federal (PF) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além da forma como tem desafiado as regras de seu mandato, gerou alertas entre analistas.

O primeiro ponto é a certeza de poder dizer e desinformar, sem receio de enfrentar a Justiça. Outro fator de preocupação são os ataques de Donald Trump ao Brasil. O republicano aplicou as tarifas mais pesadas, usou o discurso mais duro e rompeu com qualquer tentativa de diálogo com o presidente Lula (PT).

Para um dos agentes da Abin no exterior, “trata-se de um típico roteiro elaborado pela CIA, alimentando atores nacionais para justificar um interesse estratégico estrangeiro”.

O paralelo traçado remonta a 2022, quando o então chefe da CIA, indicado por Joe Biden, veio ao Brasil para alertar os militares de que um golpe de Estado não teria apoio dos EUA. Agora, com a volta de Trump ao poder, o cenário seria o oposto.

De acordo com essa visão, as recentes sanções econômicas estariam sendo vendidas como ações “em defesa do povo brasileiro”, quando, na prática, utilizam o bolsonarismo como pretexto.

O plano incluiria figuras como Eduardo Bolsonaro, Allan dos Santos e Paulo Figueiredo no papel de “exilados”, Jair Bolsonaro como “injustiçado amado pelo povo” e Alexandre de Moraes e Lula como símbolos de um regime supostamente autoritário.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao lado de Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

“A palavra-chave é desestabilização”, afirmou um agente do serviço de inteligência. A ideia seria enfraquecer o governo brasileiro em um momento de polarização, criando condições para que, em 2026, os EUA tenham um aliado forte no país.

Em agosto de 2024, antes da eleição americana, o Itamaraty já havia enviado uma delegação para mapear figuras-chave ligadas a Trump e propor canais de diálogo — mas as sugestões não saíram das gavetas do governo.

A Abin também sugeriu traçar um perfil psicológico de Trump para identificar pontos exploráveis em futuras negociações. Internamente, há receio de que os ataques recentes sejam apenas o começo de um período prolongado de instabilidade, alimentado por desinformação, danos econômicos e ações orquestradas de fora.

“Falta apenas um Juan Guaidó brasileiro para se consolidar a existência de uma tentativa de golpe”, afirmou um diplomata experiente, numa referência ao opositor venezuelano.

Com Informações do DCM


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