
No dia 29 de outubro de 2025, Brasília será palco de uma das maiores mobilizações recentes em defesa do serviço público brasileiro. A Marcha Nacional do Serviço Público contra a Reforma Administrativa reunirá servidores públicos de todo o país, sindicalistas e movimentos sociais para protestar contra propostas que ameaçam os direitos dos trabalhadores e a qualidade dos serviços essenciais à população.
Para Walter Aragão, dirigente do SINDISERF-RS, “a participação dos servidores federais gaúchos na Marcha contra a Reforma Administrativa é essencial para fortalecer a unidade nacional, defender direitos conquistados e barrar o desmonte dos serviços públicos essenciais à sociedade”. Ele destaca também o fato da CUT-RS disponibilizar ônibus para o deslocamento de Servidores a Brasília. Sem isto, a distância e o Custo seria impeditivo de participação de muitos.
Os participantes marcharão até o Palácio do Planalto, exigindo a rejeição de reformas que, segundo críticos, representam um retrocesso para o funcionalismo público e para a sociedade como um todo.
Essa data também coincide com paralisações nacionais em diversos setores, ampliando o impacto da manifestação.
A Reforma Administrativa, discutida no Congresso Nacional e inspirada em propostas como a PEC 32/2020, tem gerado forte oposição por parte de entidades sindicais e especialistas. Embora o texto original da PEC 32 tenha sido arquivado após intensa resistência, novas discussões trazem elementos semelhantes ou até piores, como a criação de um teto de gastos para o serviço público e a flexibilização de regras que garantem a imparcialidade e a estabilidade dos servidores.
Entre as razões deste grande Movimento Nciional Contra a Reforma, O Fim da Estabilidade e Aumento da Interferência Política: A reforma pode fragilizar a estabilidade dos servidores, permitindo demissões arbitrárias e abrindo espaço para indicações políticas em cargos técnicos. Isso compromete a imparcialidade do serviço público e facilita a corrupção.
Além disto, Serviços Essenciais a População sofreriam prejuízos contundentes, prejudicando a População que mais precisa do Estado.
Propostas como a terceirização em massa e o fim dos concursos públicos como única forma de ingresso podem deteriorar serviços como saúde (SUS), educação e assistência social. Com menos investimentos e mais precarização, a população mais vulnerável será a mais afetada.
A Reforma que esta sendo proposta, Viola o Pacto Federativo ao concentrar poderes no Executivo federal, violando o equilíbrio entre União, estados e municípios. Isso pode limitar a autonomia local e piorar a prestação de serviços regionais.
A facilitação de contratos temporários e parcerias público-privadas pode levar à substituição do que ainda há de servidores concursados por trabalhadores terceirizados, reduzindo a qualidade e a continuidade dos serviços públicos.
Não se trata apenas de direitos dos servidores; a reforma afeta diretamente o acesso da sociedade a serviços gratuitos e de qualidade. Com menos recursos e mais burocracia, direitos constitucionais como saúde e educação correm risco de serem esvaziados.
Essas críticas são ecoadas por juristas, sindicatos e movimentos sociais, que veem na reforma uma tentativa de desmonte do Estado social previsto na Constituição de 1988.
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Rio Grande do Sul (SINDISERF RS) tem sido uma das entidades mais ativas na luta contra a Reforma Administrativa. Com uma história de mobilizações combativas, o sindicato integra atos nacionais e locais, denunciando os impactos da proposta não só para os servidores, mas para toda a sociedade gaúcha.
Na marcha de 29 de outubro, o SINDSERF RS promete uma presença forte e combativa, com delegação de servidores federais do estado. Eles veem a reforma como uma ameaça existencial ao serviço público, priorizando a unidade de ação com outras entidades para intensificar as atividades.
Para garantir a participação dos gaúchos, a CUT-RS vai disponibilizar um ônibus com 44 lugares, com saída de Porto Alegre no dia 27/10, às 16h e retorno previsto para o dia 31/10.
Essa iniciativa facilita o deslocamento e reforça a presença sulista na capital federal, demonstrando a solidariedade entre as entidades sindicais.
A Marcha Nacional contra a Reforma Administrativa não é apenas uma defesa corporativa dos servidores; é uma batalha pela preservação de um Estado democrático e inclusivo.
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