No dia 04 de novembro de 2025, a Câmara Municipal de Porto Alegre realizou uma audiência pública sobre a revisão do Plano Diretor Urbano Sustentável (PDUS). O evento, que deveria garantir ampla participação da sociedade, foi marcado por críticas à condução da presidenta da Câmara, Comandante Nádia (PL), e à forma como o processo tem sido acelerado e pouco transparente.
A principal reclamação da sociedade civil foi o prazo extremamente curto para análise dos documentos: Foram disponibilizadas mais de mil páginas de conteúdo técnico e jurídico e a população interessada teve apenas seis dias para estudar o material antes da audiência.
Esse cenário dificulta a compreensão e o posicionamento da sociedade sobre temas que impactam diretamente o futuro urbano da cidade.
Mas também a Própria Audiência foi conduzida de forma açodada, dificultando o acesso de pessoas ao Plenário e pior, Apenas cinco pessoas da sociedade civil puderam se manifestar durante a audiência.
Diversos representantes de movimentos sociais, urbanistas e moradores foram impedidos de falar ou sequer conseguiram se inscrever.
Essa restrição compromete o caráter democrático do processo e levanta dúvidas sobre a legitimidade das decisões que serão tomadas.
O que é o Plano Diretor e por que ele importa
O Plano Diretor de Porto Alegre é o principal instrumento de planejamento urbano da cidade. Ele define: Regras de uso e ocupação do solo, Zonas de adensamento populacional, Diretrizes para mobilidade urbana e preservação ambiental, além de Estratégias para habitação, comércio e serviços
A revisão do plano impacta diretamente o crescimento da cidade, a qualidade de vida dos moradores e o equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade.
A forma como o debate está sendo conduzido — com prazos curtos, pouca transparência e participação limitada — coloca em risco a legitimidade do novo Plano Diretor. Sem escuta qualificada e diálogo com a sociedade, o plano vai beneficiar os mesmos favorecer a meia dúzia de empreiteiras e empresários “Donos da Cidade” já bem identificados e denunciados no Especial DONOS DA CIDADE, do Jornal SUL 21.
O Plano Diretor Vigente Hoje em Porto Alegre, foi fruto de uma discussão de dois anos com a Sociedade, com a participação de mais de 80 mil porto-alegrenses em dezenas de Plenárias e Conferências que aconteceram por toda a Cidade, no fim da década de 1990. E depois de mais 2 anos tramitando e sendo aprimorado, foi aprovado na Câmara de Vereadores. Aliás, por que mesmo criar um Novo Plano e não só alterar o que deve ser alterado no antigo? Por sob a cortina da “revisão” do Plano, Melo e seus patrocinadores estão impondo um novo Plano, ruim para a população. Por isto tem medo do debate e querem aprovação “a toque de caixa”.
Agora, Melo, Nádia e seus Vereadores vendilhões tem pressa, por que seus patrocinadores tem pressa em “lotear” e vender pelo melhor preço e ganhar muito dinheiro em detrimento da População, que as vezes iludida pela mídia, pode até acreditar que este “progresso” é para ela. Mas não é. É para poucos.
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