Nesta Terça, dia 11/11, Professores da rede estadual, convocados pelo CPERS-Sindicato, e policiais civis, convocados pela UGEIRM e SINPOL-RS, cruzarão os braços em protesto contra o sucateamento das estruturas públicas, as péssimas condições de trabalho e a defasagem salarial que assola o funcionalismo.
Embora convocadas separadamente, ambas as paralizações são um grito coletivo contra um governo que prioriza o equilíbrio fiscal às custas do bem-estar da população, ignorando pilares fundamentais como educação e segurança pública.
Os professores gaúchos, há anos amargando um arrocho salarial que erode seu poder de compra, decidiram paralisar as atividades nesta terça-feira (11). O CPERS convoca uma mobilizações com atos em Porto Alegre e interior, para denunciar a falta de reposição salarial e o descaso com as escolas públicas.
Sob o governo Leite, a educação – que deveria ser o alicerce para o futuro do estado – virou mera vitrine publicitária. Enquanto o governador alardeia investimentos, a realidade nas salas de aula é de sucateamento: prédios deteriorados, falta de materiais e profissionais desmotivados por salários defasados.
Como pode um estado que se diz progressista negligenciar assim seus educadores? Leite, com sua retórica de “responsabilidade fiscal”, impõe congelamentos salariais que beiram o absurdo, sequestrando o futuro das crianças e jovens gaúchos.
Essa negligência não é nova. Desde o início de seu mandato, Leite tem promovido reformas que cortam direitos e precarizam o serviço público, priorizando o pagamento de dívidas em detrimento de investimentos essenciais.
A paralisação dos professores é um alerta: sem valorização, a educação colapsa, e o RS perde gerações inteiras para a desigualdade.
No mesmo dia, a Polícia Civil do RS entra em paralisação estadual, atendendo apenas casos graves, como um protesto veemente contra a crise de efetivo, o sucateamento de viaturas e equipamentos, e uma defasagem salarial que chega a níveis insustentáveis.
Eduardo Leite fala em segurança pública, mas na prática, suas políticas resultam em delegacias sucateadas e policiais desmotivados, expostos a riscos sem o devido respaldo.
É vergonhoso que um governador que se apresenta como moderno e dialogante permita que a segurança – outro pilar essencial do estado – chegue a esse ponto. Protestos como esse, previstos para continuar até o fim de 2025, inclusive durante agendas oficiais de Leite, revelam a profundidade do descontentamento.
Enquanto o crime organizado avança, o governo corta promoções e ignora a simetria salarial, criando um abismo entre promessas e realidade.
Essas paralisações simultâneas não são isoladas; elas são sintomas de um governo que negligencia o funcionalismo público em nome de uma agenda neoliberal que beneficia poucos. Educação e segurança são direitos constitucionais, não luxos opcionais, e Leite os trata com descaso vergonhoso.
Como pode o RS, um estado com tradição de lutas sociais, aceitar que seus professores e policiais sejam tratados como descartáveis?
É hora de a sociedade gaúcha se unir aos manifestantes. Apoie as paralisações, exija reposição salarial e investimentos reais. Eduardo Leite precisa responder não com discursos vazios, mas com ações concretas. Caso contrário, o sucateamento continuará, e o futuro do estado estará comprometido.
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