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Uma cortina de silêncio caiu sobre o Oriente Médio

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Multidão em protesto nas ruas de Londres

Nos últimos dias ninguém sabe mais o que aconteceu no Oriente Médio, no Golfo Árabe e na Líbia. Não se tem mais notícias sobre como estão as revoltas populares no Qatar, no Bahrein e no Iêmen. A Síria tomou conta do noticiário. Seu ditador, Bashar al Assad, mantém uma repressão que mata, sistematicamente, dezenas e dezenas de pessoas por semana.

Mas, nem a Liga Árabe nem a Europa falam em intervenção na Síria. Talvez pelo fracasso da aventura na Líbia, que já vai para seis meses de destruição massiva e indiscriminada do país sem saída. Não conseguiram o que as potências ocidentais queriam: derrubar o presidente Muamar Kaddhafi.

O que os aventureiros conseguiram foi montar um simulacro de poder com um Conselho Nacional de Transição (a chamada oposição), que mais parece uma reunião de ex-auxiliares do presidente Muamar Kaddhafi e um bando, as chamadas tropas rebeldes, semelhante a um exército de Brancaleone.

Enquanto isso, a Europa pega fogo. Já não são mais os “Indignados” (movimento que surgiu na Espanha, a partir de mobilização via Internet) de Madrid e Paris. Já não são mais as centrais sindicais em Lisboa e em Roma. É a juventude desempregada e humilhada da Grã-Bretanha que se rebela.

Mídia minimiza extensão social dos protestos

Mas, o governo e parte da mídia europeia (que a nossa simplesmente reproduz) fala em baderneiros e vândalos. Mas, o que assistimos – como no Chile, aqui próximo – é a irrupção, qual um vulcão, da insatisfação social e política da juventude contra as medidas tomadas pelos governos para salvar os bancos e as empresas que arruinaram seus países.

É a insatisfação social e política que ganhou as ruas em manifestações de protesto contra os cortes dos gastos sociais, dos salários, contra o aumento dos impostos, do desemprego, contra a recessão, a humilhação e o abandono dos idosos e dos jovens, dos desempregados, contra a hipocrisia e a arrogância das elites politicas e do poder econômico.

Como sempre na história, esse despertar da juventude e seu alerta nas manifestações de rua constituem um sopro de esperança na incerteza em que vive o mundo.

 Pescado do Blog do Zé Dirceu


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