Em concorrida reunião na comissão especial da Reforma Política da Câmara nesta quarta-feira (17), o deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da matéria no colegiado, fez a leitura do anteprojeto de lei sobre a reforma. Elogiado pela maioria dos parlamentares, o texto mantem as principais mudanças já adiantadas pelo relator, como a adoção do financiamento público de campanha, do voto proporcional misto e a ampliação da participação popular na vida política do País. Pelo anteprojeto, as novas regras devem valer somente para as eleições de 2014 em diante.
Para o relator, a atual proposta não é um projeto acabado. Ele disse que quer ouvir novas propostas dos membros da comissão. “Costumo dizer que boa lei é aquela que é possível de ser aprovada, a partir de uma negociação em bases republicanas. Por isso, tenho a convicção de que é possível aprovar uma reforma política neste País, desde que sejamos capazes de construir uma maioria em torno dos temas debatidos nessa comissão”, afirmou Fontana.
Na avaliação do líder do PT, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), as novas propostas contribuirão para o aprimoramento da democracia brasileira.” O anteprojeto do Henrique Fontana, fruto do diálogo realizado com a sociedade civil, presidentes e lideranças dos partidos, dará ao País as condições para se vencer os vícios que temos hoje na política brasileira”, afirmou o líder.
Após a apresentação da proposta, Henrique Fontana agradeceu, visivelmente emocionado, o apoio recebido na elaboração do anteprojeto. “Agradeço o empenho e a dedicação de todos os deputados da comissão, à bancada do PT, na pessoa do líder Paulo Teixeira, ao relator adjunto, Rubens Otoni (PT-GO), e às entidades e movimentos sociais que contribuíram para a construção dessa proposta. Peço licença para dedicar ao meu filho, Gabriel Fontana, esse relatório”, destacou. O filho de Fontana se recupera de um acidente automobilístico sofrido no início do ano.
Financiamento – O relator afirmou que a adoção do financia mento público pode contribuir para a redução dos níveis de corrupção no país. “A corrupção tem múltiplas faces, mas acredito que o atual modelo de financiamento das campanhas é uma das causas. O financiamento público e exclusivo vai reduzir os custos, permitir o acesso de pessoas sem recursos na disputa eleitoral e facilitar a prestação de contas, contribuindo para combater a corrupção”, destacou.
Voto Misto – Sobre o voto proporcional misto, Fontana destacou que “o anteprojeto mantém o voto proporcional, garantindo a representação das minorias e, ao mesmo tempo, respeita a vontade do eleitor, que poderá escolher o candidato, nominalmente, e a lista partidária de sua preferência”, explicou.
Participação Popular – O anteprojeto propõe 500 mil assinaturas para protocolar um projeto de lei no parlamento, e 1,5 milhão de assinaturas para emenda constitucional. A novidade é que elas poderão ser colhidas nas ruas, como se faz hoje, ou por meio das redes sociais e internet.
A partir de hoje, está aberto o prazo para que os deputados da comissão apresentem sugestões ao relatório. O prazo se encerra no dia 9 de setembro, e o parecer final do relator deverá estar pronto para ser lido e votado no dia 14 de setembro.
Fonte: PT na Câmara
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Comentário de Luiz Müller Meritorio o esforço do Deputado Fontana. Infelismente o método esta completamente errado. O Congresso Nacional esta eivado de sanguessugas que vendem o voto através da corrupção pura e simples ou então chentageiam o governo com a liberação das famigeradas “emendas parlamentares”. O fisiologismo corre solto alí e quem manda continuam sendo os mesmos. Meritória tambem é a postura da nossa presidenta Dilma em proceder a faxina nos ministérios. Mas nenhuma nem outra resolvem o problema. Pelo contrário, perpetuam as maracutaias. Somente uma Constituinte Exclusiva para fazer a Reforma Política, com ampla mobilização e discussão prévia na sociedade é que poderia significar uma defitiva “faxina” nas mazelas já seculares da nossa política e que agravaram no período da ditadura militar e após ela. Se é só esta reforma, ela passou por uma negociação com quem corrompe e é corrompido, como é o caso de parcela do PMDB e dos demais partidos que são da base de qualquer governo, desde que recebam o quinhão. Ou não foi esta turma que votou pela reeleição de FHC, regiamente paga com dinheiro público?? Como diz o Relator, o projeto “não é acabado”!Por que não aproveitar e “acabar” o projeto convocando uma Constituinte, Exclusiva e soberana para fazer o que o Brasil precisa? - Pescado do Blog MobilizaçãoBR . Para o original é só clicar aqui
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