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Quem ganha ou perde nessa polêmica das sacolas plásticas?

Pescado do Blog Mais Jundiaí 

O QUE ESTÁ SENDO NOTICIADO – Não ter mais sacolas plásticas foi um acordo firmado pela Associação Paulista dos Supermercados (APAS) e o Governo do Estado. Este caminho, na opinião deles, seria o menos contestado. “Optamos pelo diálogo com o setor de supermercados”, afirmou o secretário de Meio Ambiente de SP. O acordo teve a iniciativa da APAS. O secretário recorda que em algumas cidades, como Jundiaí, uma lei foi feita e julgada inconstitucional. Depois, a Prefeitura assinou um acordo com os supermercados locais e obteve o resultado que não alcançara com a lei, embora ainda polêmica.


MEIO AMBIENTE – Tem uma ajuda mais simbólica, para chamar a atenção da população sobre a questão ambiental. Isso é positivo. Mas, outros elementos precisam ser analisados neste processo:
1.     A maioria da população utiliza as sacolinhas plásticas também como saco de lixo no banheiro e na cozinha.
2.     Agora a população vai comprar mais sacos de lixo derivados de petróleo do que antes, que continuarão indo para os aterros sanitários.
3.     As duas sacolas (as derivadas de petróleo ou as de milho), se jogadas na rua, entopem bueiros do mesmo jeito, visto que sua biodegradação demora muitos meses.
4.     O eficiente mesmo seria um “acordo pela reciclagem”. Daí, se as sacolas fossem “de milho ou de petróleo”, tanto faz,… nenhuma iria parar no meio ambiente.
5.     O governo de Jundiaí ou do Estado, junto a todas as redes de comércio, poderiam retornar ao uso das sacolas de papel. Estas sim podem surtir efeito desejado.


O CONSUMIDOR E A LEGISLAÇÃO – Penso que um produto adquirido, em que já estava embutido os meios para seu transporte (as sacolas), deve ser mantido como direito do consumidor. Afinal, não está se acabando com todas as sacolas plásticas, mas apenas nos supermercados e por acordo, não por lei. Mas fora isso há outras questões a serem consideradas:
1.     Por que só as sacolinhas são as vilãs? Que tal acabarmos com as bandejas de plástico para carnes, laticínios, pacotes de arroz, feijão… e vender tudo a granel novamente? Reciclar tudo não seria melhor?
2.     As lojas, feiras livres, padarias e outros estabelecimentos vão continuar fornecendo sacolas plásticas convencionais. Como não é lei, e sim acordo para os supermercados não darem mais sacolinhas, fica evidente o desrespeito ao consumidor.
3.     Leis que versam sobre atividades econômicas, devem ser feitas pelo Congresso Nacional e para todos, não só para este ou aquele estabelecimento (por isso não tem lei municipal e estadual que possam ser aplicadas, pois seriam inconstitucionais todas… daí os acordos).
4.     Bastava substituir as sacolas derivadas de petróleo pelas de milho e continuar a distribuição gratuita nos supermercados. Em pouco tempo, na escala de produção, o preço chegaria a ser bem semelhante. Ou melhor, poderiam ser sacolas de papel.


QUEM GANHA: Os supermercados e alguns produtores de sacolas derivadas de milho, pois a unidade está sendo vendida a 19 centavos.
QUEM PERDE: O cidadão que terá de comprar sacolas retornáveis ou as de milho para suas compras. E os governantes que fazem acordos “meia-boca” e incompletos.
FICA NA MESMA: O meio ambiente. Vai aumentar o consumo dos sacos de lixo no lugar das sacolinhas. Alguns ambientalistas perdem a oportunidade de pedir acordos por reciclagem total e retorno das sacolas de papel. Ganham apenas em conscientização.

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Um pensamento sobre “Quem ganha ou perde nessa polêmica das sacolas plásticas?

  1. Sou Jundiaiense, cidade piloto deste absurdo…
    Concordo em gênero, número e grau.
    Eles manipulam até as pesquisas do IBGE, visto que, eles sustentam que a maioria da população está a favor e apoiando a política deles, o que é uma verdadeira mentira.
    Nós, consumidores Jundiaienses, estamos indgnados com o altíssimo custo de vida, e ainda ter que pagar por sacolas…
    As sacolas retornáveis não são higiênicas, e com elas não é possível separar, por exemplo, cândida que geralmente vaza, dos outrso alimentos, como bolachas, coisas mais frágeis, etc….
    Se é para tirar sacolas de plásticos, vamos voltar com as de papel, ou então, promover descontos consideráveis no custo de vida para o coitado do consumidor, que só toma…..

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