“Honestamente, estou bem impressionado. Há muito tempo não vejo um crescimento no número de alunos aliado a uma melhora na qualidade como no Brasil”.
Quem fala é Andreas Schleicher, responsável pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), a mais importante pesquisa mundial de educação.
À reporter Marcelle Ribeiro, o especialista explicou que nenhum outro país obteve tanto progresso em educação como o Brasil, entre 2003 e 2012. O bom desempenho obtido pelo País foi divulgado esta semana.
Schleicher destacou que a melhora na Educação foi impulsionada, entre outros fatores, pelo aumento dos investimentos no setor e pelo sucesso em atrair melhores professores para as salas de aula.
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Principal responsável pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), o vice-diretor de Educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Andreas Schleicher, elogiou os avanços alcançados pelo Brasil no setor de Educação e afirmou que nenhum outro país obteve tanto progresso no período compreendido entre 2003 e 2012. Em entrevista ao jornal O Globo, Schleicher destacou o aumento dos investimentos em Educação e o sucesso na atração dos melhores professores para as salas de aula como fatores que impulsionaram o desempenho do País.
“O Brasil foi bem-sucedido em levar mais crianças à escola e, ao mesmo tempo, aumentou a qualidade”, disse o responsável pelo Pisa ao jornal. Os resultados divulgados ontem pelo programa mostram que o País foi o que mais avançou no resultado de matemática entre todos os avaliados. O desempenho dos estudantes brasileiros na faixa etária de 15 anos passou de 356 para 391 pontos no período entre 2003 e 2012.
De acordo com o relatório da OCDE, o Brasil teve destacado crescimento também em outras áreas avaliadas. Em leitura, por exemplo, o desempenho chegou a 410 pontos; na área de ciências, a 405. A OCDE destaca que o Brasil teve êxito em assegurar ambiente de ensino propício ao aprendizado dos estudantes. Além disso, a melhora no desempenho foi acompanhada da inclusão de mais de 420 mil estudantes na faixa dos 15 anos — a segunda maior taxa de inclusão, atrás apenas da Indonésia.
O especialista recomendou a intensificação dos investimentos em educação e citou como medida de impacto positivo para o setor a aplicação do dinheiro do petróleo e da extração de recursos naturais em educação. “Isso é muito bom, é investir no futuro. Mais recursos serão fundamentais. Porém, não é uma questão de apenas gastar mais, mas, sim, de investir os recursos de maneira que façam a diferença, de modo que todas as crianças tenham acesso à educação”, afirmou Schleicher.
“Honestamente, estou bem impressionado com o que tenho visto. Há muito tempo não vejo um crescimento no número de alunos aliado a uma melhora na qualidade como no Brasil”, disse o especialista.
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