“Nós falamos para o Guido Mantega: ‘façam o que for preciso, vendam até o Amazonas e a ilha de Marajó se precisar, mas não deixem o país perder o grau de investimento’. Perder a posição de grau de investimento é uma calamidade pública.” (José Antonio Fernandes Martins, vice-presidente de Relações Institucionais da Marcopolo)
A Matéria abaixo é cópia fiel de matéria do Jornal “O Pioneiro” de Caxias do Sul, um Jornal do grupo RBS. O empresário da MarcoPolo, empresa de ônibus que fatura, e muito, por causa dos investimentos em Mobilidade Urbana, redução de impostos sobre ônibus e carros e outras benesses do governo federal e estadual, mostrou as garras e interesses do empresariado tupiniquim como capacho do capital financeiro internacional. O empresario não se apoiou nem na realidade de sua própria empresa, que continua crescendo e lucrando. Ele se apoiou numa nota dada por uma destas agências falcatruas que baixam e aumentam o suposto “grau de risco” de uma economia, não baseados na realidade, mas nos interesses do capital especulativo internacional. E o nosso suposto empresário nacionalista não perdeu tempo. Saiu a atacar a economia nacional, a copa do mundo e tudo aquilo que para ele atrapalha “os bons negócios” . Ameaça a Presidenta Dilma, de que se não vender e privatizar, perderá a eleição. E tem gente que bota fé neste tipo de empresário, por que supostamente tem um “compromisso social”. O compromisso é só com o deles mesmos. Os parcos investimentos que fazem no “social” vem dos incentivos fiscais do próprio governo. Canalhas vendilhões da pátria. Não dá pra dizer outra coisa de um empresário assim, que leva ao limite a sanha privatizadora. Ao falar “vendam até a Amazônia e o Marajó“, esta embutida a ideia de que antes vendam as Estatais como a Petrobras, o Banco do Brasil, A Caixa Federal . Coisa feia para um empresario que ganha permanentes afagos do governo em incentivos fiscais.
Luiz Müller
Segue a matéria do Jornal Pioneiro, cujo link esta no inicio do meu comentário acima:
“O Brasil está no limite do despenhadeiro, se der um passo errado, cai. Não pode mais brincar.”
Com essa frase, José Antonio Fernandes Martins, vice-presidente de Relações Institucionais da Marcopolo, definiu o rebaixamento do grau de investimento do Brasil de BBB para BBB- pela agência de rating Standard & Poor’s (S&P). O executivo, que acumula um vasto currículo, incluindo os cargos de vice-presidente da Fiesp e da Fiergs, disse em palestra na segunda-feira de noite que “a ação da agência de rating vai atropelar o governo”. E as consequências mais prováveis da nova classificação tendem a ser um aprofundamento severo nos cortes de gastos públicos e uma aceleração nos processos de privatizações e concessões públicas.
— As medidas já adotadas pelo governo não vão surtir efeito da noite para o dia. Os resultados virão no final de 2015. E ainda teremos no meio do caminho uma Copa do Mundo extremamente tumultuada.
A avaliação contundente do empresário veio logo após o rebaixamento da nota do Brasil na noite de segunda-feira. E decorreu de resposta à primeira pergunta feita por um dos cerca de 300 empresários que compareceram à palestra de Martins, na abertura do calendário de reuniões-janta do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. A declaração impressionou os presentes pelas palavras preocupantes de Martins, considerado homem de confiança da Dilma, convocado para ajudar a moldar o pacote de socorro à indústria, em 2012.
— Não sei se houve precipitação, mas sempre houve uma má vontade das agências de rating com o Brasil. O Brasil foi atropelado com esse rebaixamento. Se baixar desse grau, a presidente Dilma não se reelege. Acho que agora o governo vai botar as barbas de molho — comentou o executivo, conhecido pelo excelente trânsito na capital federal.
Martins também revelou aos convidados o tom da conversa mantida por um grupo de 21 empresários, no qual se incluía, com o ministro da Fazenda, há cerca de duas semanas. E comentou a apreensão das indústrias com o momento econômico:
— Nós falamos para o Guido Mantega: ‘façam o que for preciso, vendam o Amazonas e a ilha de Marajó se precisar, mas não deixem o país perder o grau de investimento’. Perder a posição de grau de investimento é uma calamidade pública.
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EMPRESARIO MALUCO ANTI BRASILEIRO
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Um dia conseguiremos constituir cooperativas que concorram com estes vorazes capitalistas.
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O retorno da ditadura não deu certo, resta agora colar na sociedade que a empresa Standard & Poor’s tem credibilidade por rebaixar notas em 13 grandes bancos brasileiros. Não é exatamente essa empresa que está respondendo processo nos EUA por ter incentivado acionistas a adquirir ações quando estas já estavam podres em 2008?
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Está na hora do governo federal criar o bolsa viagem marítima,só até o meio do Atlântico
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Infelizmente, apenas mais uma vítima de nossa mídia golpista e alienígena. Praticamente todos os leitores de jornais e revistas e em grande parte aqueles que assistem aos noticiários são vítimas desse mal.
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Querido colega de imprensa, me parece que tiveste o entendimento totalmente errado sobre a manifestação do empresário gaúcho. Entendi que para mostrar a importância da Amazônia e da Ilha de Marajó, fez a comparação, somente para demonstrar ao governo brasileiro o risco de perdermos o grau de investimento e voltarmos aos bons tempos da inflação .Creio que precisas ficar atendo antes de comentários tão esdrúxulos e fora de contesto que fizeste, confundindo e levando os leitores a pensar de acordo com tua vontade. abs.. Zeca Martins
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Não sou “colega da imprensa”. E este aqui é o meu blog, onde externo as minhas opiniões. O referido empresário disse exatamente isto. Se tiver que privatizar privatizem tudo, mas nos deixe perder o “grau de investimento”. Pra ele, vender a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa também é válido para preservar o “grau de investimento”. Vale qualquer coisa, quer dizer o nobre empresário. Tudo pelos especuladores e pelo capital financeiro nacional e internacional. Além disto, esta afirmação se deu na onda de um suposto aumento do grau de risco dos investimentos no Brasil. Puro jogo de cena de especuladores. A bolsa não caiu e as ações das Estatais subiram, ao contrario do que havia profetizado a tal agência, que a julgar por outros erros da mesma, é ela que é um risco.
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é sim Maria esta praga quebrou o mercado americano. O governo dos EUA esta cobrando desta agencia um trilhão de dólares por induzir investidores ao erro
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