“O que se discute na Petrobras é a aquisição de Pasadena. Eu não estava no Conselho de Administração [na época]. Mas tenho certeza de que o conselho agiu corretamente na ocasião. O conselho é formado por pessoas da mais alta competência dos setores público e privado. Analisou com toda a discriminação e a profundidade necessárias”, disse Mantega.

O ministro afirmou ainda que o governo não teme “qualquer investigação” sobre a empresa no Congresso. “Deve investigar, somos favoráveis a isso. Vamos ver que a empresa trabalha na regularidade. É uma das maiores do mundo, a que mais faz investimento no mundo, tirando as chinesas. [Foram feitos] Investimentos de US$ 48 bilhões no ano passado. A Petrobras está fazendo investimentos para extrair petróleo do pré-sal”, afirmou.

No Congresso, ele garante que a presidente da estatal, Graça Foster, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, irão esclarecer o caso. No Senado, a oposição apresentou requerimento para criar a CPI da Petrobras, ao mesmo tempo em que coletam apoio de deputados. Ontem, após a leitura do requerimento da CPI no Senado, os líderes da base apresentaram um segundo pedido para que abrisse o leque das investigações para outros casos.

Mantega reforçou a informação de que a Petrobras é fiscalizada “o tempo todo” pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e por uma auditoria interna. “Não é só pelo Conselho de Administração, do qual faço parte”, disse. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, ele havia afirmado que a empresa é “superfiscalizada” e conta com a confiança do mercado financeiro.