A falta de vergonha da mídia brasileira é algo. Passaram tres anos batendo nos gastos da copa, confundidndo o povo, supondo que os gastos seriam astronômicos e que seriam públicos. Chamaram o povo a manifestações nas ruas contra a copa e contra o governo, que segundo eles estaria eivando as obras da copa de corrupção. Agora, nos ultimos dias, como num passe de mágica, os gastos da copa deixaram de ser astronômicos e pela Folha passam a ser Investimentos. E mais: a Folha narra que os gastos da Copa, como até o mundo mineral sabe, mas a mídia não informava ao povo, haverá legado e boa parte dos gastos com Estádios, que são privados, voltarão, por que na verdade são financiamentos. A Folha se contradiz de novo, pois passou o tempo martelando que os astos erm enormes. Agora publica uma manchete (e matéria) dizendo que os gastos com a copa não representam sequer um mês de gastos com a educação no Brasil. Mais: Se forem computados só os Estádios, construídos em 3 anos, não consumiram mais do que o valor de uma semana do orçamento da Educação. São canalhas, golpistas e safados. A mídia tentou derrubar Dilma através de um golpe. Perdeu. E agora, descaradamente, dá um “cavalo de pau”, por que continua interessada nos recursos publicitários do governo e das Estatais. Espero sinceramente que o governo não caia nesta esparrela. Precisamos da Lei dos Meios pra regular estes golpistas e acabar com os oligopólios máfio midiáticos.
Vai artigo do Luis Nassif no GGN
É inacreditável o nível de autossuficiência atingido pelos grupos de mídia, na fase mais crítica da sua história.
Meses e meses batendo nos gastos da Copa, ajudando a criar essa barafunda informacional, de misturar investimentos em estádios com gastos orçamentários, criticando os “elefantes brancos”, anotando cada detalhe incompleto de obras que ainda não estavam prontas, ignorando o enorme investimento na imagem do país.
De repente, como num passe de mágica, fazem uma pausa e, em conjunto, passam a enxergar as virtudes da Copa – maior evento publicitário do ano para eles.
O Estadão solta enorme matéria sobre “a Copa das Copas”, lembra o óbvio – vai ser o evento de maior visibilidade para o Brasil, em sua história. 14 mil jornalistas levando a imagem do país para todos os cantos, o maior público de televisão para um evento.
A Folha dá o óbvio incompleto: a informação de que os gastos com a Copa representam um naco dos gastos com educação. Não ousou explicar que são recursos dierentes, que financiamentos não podem ser confundidos com gastos orçamentários, que gastos com obras são permanentes. Mas vá lá!
O que é impressionante é supor que se pode brincar dessa maneira com a opinião de seus leitores, levá-las para onde quiser, ao sabor da manchete do momento, da estratégia de ocasião. Será que não há uma cabeça estratégica para explicar que essa desconsideração para com o leitor é veneno na veia da credibilidade?
Dia desses o Ministro Aldo Rabello ao que parece assimilou as críticas contra sua ausência dos debates da Copa e deu uma boa entrevista a TV Brasil, com números e argumentos sólidos.
A explicação para a anomia do governo com o tema foi chocante. O marqueteiro do Palácio desaconselhou qualquer campanha de esclarecimento porque, segundo ele, as pessoas não estavam associando Copa com governo e a campanha poderia estabelecer essa associação.
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