Sartori se entregou ao discurso fácil dos marqueteiros. Quer navegar na onda da “anti política”. Esconde seu Partido, que aliás apóia a Dilma, enquanto ele apóia o Aécio. Não apresenta um projeto sequer. E com seu discurso de o Partido dele”é o Rio Grande”, flerta com uma visão totalitária de estado. Não que ele o seja, como falou Tarso no debate da Band, mas ao se submeter a lógica do “tudo para ganhar a eleição e esconder o projeto que defende”, sinaliza para um possível grande desastre para o futuro do Rio Grande. Um desastre que pode ser muito pior do que foi o governo “chove não molha” do Rigotto. Rigotto foi a ante sala para a vitória do neo liberalismo no Estado, capitaneado a época por Yeda Crusius. Agora esta concepção de Estado mínimo não esta mais atrás. Está ao lado do novo embuste marqueteiro do PMDB RS. O PSDB não colhe bons resultados eleitorais no RS. E nem sequer a ex governadora, que implementou o projeto neo liberal de desmonte do Estado se elegeu. Ou seja: O Rio Grande e os Gaúchos não concordam com esta política. Mas ela, mesmo minoritária, já dá a linha para Sartori.E é bastante

Yeda não se elegeu. Mas dá as coordenadas na campanha do Sartori. A conta pode sair caro para o povo do Rio Grande
emblemático o post dela no Twitter pessoal dela. O PMDB em outras oportunidades já flertou e até implementou políticas nefastas para o RS, como foram a venda das Estatais como CEEE, CRT e desmonte da Caixa Econômica Estadual, assim como a privataria das Estradas, criando os pedágios mais caros do Brasil. Mas era partido hegemônico nas coligações que capitaneou para ganhar as eleições. Agora o PMDB, estranhamente ou não, simplesmente se submete ao comando do PSDB, um partido que mal elegeu um Deputado Federal. Na onda da “não política”, o PMDB do RS se submete de forma torpe ao pior da política, capitaneada por uma ex governadora execrada que não se elege mais nem deputada. Se Sartori vendendo a sua não política e sua estranha adesão aos movimentos de junho, aos quais nunca compareceu ganhar as eleições, o Rio Grande pagará a conta de um retrocesso nefasto do qual demorará muito para se reerguer. No dia 26 os gaúchos vão ter que optar entre a continuidade de um projeto que esta fazendo o Rio Grande avançar, ou votar no que será seu pior retrocesso. Mas também o PMDB do Rio Grande, passadas as eleições, vai ter que decidir seu rumo, como bem disse Michel Temer em sua visita ao Estado nesta quinta-feira, quando chamou os seus pares para a coerência. Que tipo de gente participa de um partido, neste caso o PMDB de Temer, Vice de Dilma, mas apóia outro candidato e outro projeto, neste caso o PSDB de Aécio Neves? Uma incoerência evidente para os que estão dispostos a enxergar para além da “não política” semeada pela mídia e acolhida por políticos hipócritas. No mais, a pergunta que fica é: Se eleito, Sartori terá mesmo coragem de escalar Yeda Crusius, derrotada como Deputada, como Secretária da Fazenda, ou lhe reservará qual cargo?
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