por : Edson Domingues no DCM
Os relatos de desabastecimento se espalham e o segundo volume morto está com os dias contados.
Os índices de armazenamento dos sistemas Alto Tietê, Guarapiranga e do Alto Cotia, somados à baixa pluviometria dos meses de setembro e outubro, desenham um futuro próximo que assusta o paulistano: a seca.
Além do cenário crítico cenário, os recentes vazamentos de áudios da Presidente da Sabesp e seu diretor metropolitano sobre iminente da falta d’água só contribuem ainda mais para a insegurança do cidadão à espera do pior.
Dilma disse, numa conversa gravada, que a Sabesp não alertou os consumidores por “orientação superior”.
Diante da realidade que se anuncia sem o esperado dilúvio, o cidadão terá que se adaptar a uma nova realidade: viver sem o mínimo de água. Algumas mudanças que a cidade deverá enfrentar no próximo semestre:
- Atividades domésticas: lavar louça, roupas, asseio sanitário e banhos escassos já fazem parte do dia a dia em diversas regiões. A opção será o uso de descartáveis e buscar alternativas para o banho diário. Tendência de agravamento.
- Comércio: bares e restaurantes serão os mais afetados. Grandes centros de compras e lojas enfrentarão dificuldades para disponibilizar o uso do sanitário para consumidores. Demissões não estão descartadas.
- Indústria: as empresas que não disponibilizam tecnologias de reuso de água optarão pela redução de carga horária ou interrupção das atividades. Inevitável ajuste de quadros de funcionários.
- Ingestão: a realidade já bateu à porta. O aumento do preço da água engarrafada e de caminhões pipa para abastecimento coletivo é fato.
- Uso recorrente a poços e minas: rasos, artesianos ou profundos colocam em risco a saúde pública diante do conhecido histórico de contaminação do solo e das águas subterrâneas em todo o território da região metropolitana de São Paulo.
- Aumento de casos de doenças de veiculação hídrica: após anos de avanço na redução da mortalidade infantil, as conquistas do Plano Nacional de Saneamento estarão em risco face ao uso indiscriminado de qualquer água disponível. Crianças e idosos serão os mais atingidos.
- Lazer: inevitável interrupção de atividades em piscinas e clubes devido à demanda de reposição. Parques, praças públicas, cinemas, teatros restringirão o uso de banheiros.
- Serviços: lavagem de automóveis e lavanderias só a seco. Outros dependerão de poços profundos próprios.
- Educação: suspensão das aulas e interrupção do calendário de ensino.
- Horti-fruti: inevitável aumento no preço e redução da qualidade de produtos já estão em curso.
O que se aproxima num futuro muito próximo tem protagonistas: a estiagem, a má gerência da Sabesp e a incompetência do governo Alckmin para lidar com um bem escasso e coletivo, proporcionando um cenário que costumava estar restrito à ficção.
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Nós aqui do nordeste, que somos burros, ignorantes e “manés”, que até a 10 anos atrás tínhamos problemas com estiagem, acabou”!!! , graças a Deus tivemos e temos governos que se preocupam com a população, apesar de todos os percalços. Inclusive essa população nordestina que é “um peso” para os sulistas, esta enviando energia elétrica para aquela região, para salvar o sul e sudestes de apagão. Querem mais: o consumo de bens e serviços pelos nordestinos, bem que sustenta parte da população do sul que tanto nos olha com preconceito, sem falar naqueles que trabalham “In loco” naquela região, isso é publico e notório!
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