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Deputados e Senadores”com as barbas de molho”:Janot cria força-tarefa para cuidar de processos de políticos citados na Lava Jato

congresso-nacionalO procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, criou uma força-tarefa específica para cuidar dos processos dos políticos envolvidos na Operação Lava-Jato, que investiga suposto esquema de corrupção em contratos da Petrobras.

Do Blog Amigos do Presidente Lula

Oito procuradores ou promotores foram escolhidos pelo próprio Janot, que voltou de férias na segunda- feira e sinalizou, então, que pretende dar celeridade ao caso.

Além de analisar as informações já obtidas sobre o esquema, o grupo vai poder sugerir ações para apurar a participação de autoridades com foro privilegiado, como deputados, senadores e ministros, nos desvios ocorridos na estatal: buscas e apreensões, quebras de sigilo, pedidos de depoimentos e até assinar acordos de delação premiada – quando envolvido nas irregularidades revela os crimes para tentar reduzir as penas.

A corrupção na estatal foi delatada pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que, nos depoimentos, citou mais de 30 políticos, segundo uma fonte.

O caso é investigado também pelo Ministério Público e Justiça Federal do Paraná. As acusações envolvendo políticos foram encaminhadas à Procuradoria-Geral da República – responsável pela apresentação de denúncias contra as pessoas com foro privilegiado.

A cooperação vai continuar agora com a criação da equipe que vai auxiliar Janot na análise dos desdobramentos da operação, cujo relator no Supremo Tribunal Federal é o ministro Teori Zavascki.

Na força-tarefa, Janot reuniu profissionais de diferentes áreas, como combate ao crime organizado, cooperação jurídica internacional e centro de inteligência. O coordenador será o procurador regional Douglas Fischer, responsável pelas questões criminais da secretaria de apoio jurídico da PGR.

O grupo, que vai trabalhar por seis meses, só deve começar a se reunir em fevereiro, quando termina o recesso do Judiciário e Janot deve apresentar as primeiras denúncias ou pedir investigação contra envolvidos na Lava-Jato que têm foro privilegiado.

Para cuidar do caso, Janot convocou um time experiente. Sergio Fernandes e Wilton Queiroz, por exemplo, são promotores de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e já trabalharam juntos na Caixa de Pandora, que revelou a corrupção no  mensalão do DEM e culminou até na prisão do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.

Também fará parte da equipe o secretário de cooperação jurídica internacional da PGR, Vladimir Aras; além dos procuradores da República Bruno Calabrich, Fabio Coimbra, Rodrigo Telles de Souza e Andrey de Mendonça.

Os desdobramentos da Lava-Jato no Supremo só vão ocorrer após o fim do recesso do Judiciário, em 2 de fevereiro. Se a PGR entender que ainda não tem indícios suficientes para denunciar algum político supostamente envolvido no esquema, poderá pedir a abertura de inquérito.

Caberá a Zavascki autorizar a investigação. Em caso de forte suspeita contra um dos citados, Janot pode apresentar, de imediato, denúncia. Se algum governador for acusado, o caso será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Lista de políticos é mantida em sigilo

A lista de políticos vem sendo mantida em sigilo pela PGR, mas informações divulgadas na imprensa apontam para alguns dos futuros investigados, como o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que deve disputar a reeleição ao posto; e o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), candidato favorito à Presidência da Câmara. São suspeitos de terem se beneficiado com repasses ilegais , senadores e deputados do PMDB, boa parte da bancada do PP e políticos do PSB e do PSDB.


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