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#VergonhaAlheia: Geraldo Alckmin será premiado por “boa gestão” de recursos hídricos, pela Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados se supera a cada dia. Deputados já não tem muita credibilidade perante o povo por que, vira e mexe, estão envolvidos em corrupção ou falcatrua. Mas aí ainda é algo pessoal. E quando votam uma bandalheira como esta, de premiar Alckmin por boa gestão de recursos hídricos, a lambança já é coletiva. São Paulo esta em constante crise hídrica e em metade da região metropolitana as pessoas são obrigadas a instalar cisternas por que água não há todos os dias. Recursos da SABESP, que deveriam ser investidos em melhorias na gestão e distribuição da água são distribuídos entre os acionistas, prejudicando toda a população e a Câmara premia o sujeito por “boa gestão”. Um absurdo que vai narrado na matéria do Opera Mundi que reproduzo abaixo
Em meio a uma das mais graves crises do setor em São Paulo, governador paulista foi eleito na categoria ‘Personalidades’


Geraldo Alckmin foi indicado ao Prêmio Lúcio Costa por implementação de políticas públicas nas áreas de saneamento e recursos hídricos

O governador paulista foi indicado à premiação por seu colega de partido, o deputado federal João Papa (PSDB-SP). Segundo o parlamentar, Alckmin lidera um processo de gestão e de implementação de políticas públicas nas áreas de saneamento e de recursos hídricos que fazem de São Paulo o estado brasileiro mais próximo da universalização dos serviços de saneamento básico. A escolha pelo nome do governador foi feita pelos membros da CDU no último dia 9.

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Apesar da premiação ao governador, o Estado de São Paulo vive atualmente uma das mais graves crises hídricas de sua história. No último mês, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo apontou que a falta de água é resultado da falta de planejamento do governo paulista. O órgão afirmou que a SERH (Secretaria Estadual de Recursos Hídricos) recebeu diversos alertas sobre a necessidade de um plano de contingência contra a escassez de água. A pasta negou as alegações e afirmou que era impossível prever a estiagem de 2014.

Nesta terça-feira (22/9) o nível do Cantareira, principal reservatório da Região Metropolitana de São Paulo, voltou a cair após período de oito dias sem chuvas. Segundo a Sabesp, levando em conta a reserva técnica, conhecida popularmente como “volume morto”, o volume de água passou de -12,9% (ontem) para -13% hoje.

Além disso, dados de 2013 do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) relativizam a liderança de São Paulo no processo de universalização do saneamento básico. Apesar de estarem à frente de todos os demais estados brasileiros no quesito de rede de abastecimento de água (95,85%) e coleta de esgoto (87,36%), os paulistas ainda apresentam um índice baixo de tratamento de esgoto, de apenas 53,34%. Tratado ou não, o esgoto acaba lançado em corpos d’agua e rios que servem de abastecimento posteriormente.


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