Jovens se reuniram em frente a Sede do PMDB do RS para protestar contra o Golpe comandado pelo Temer. Eram centenas, numa manifestação pacífica, sem nenhuma desordem, mas com debate e um lindo jogral, através do qual os discursos eram repetidos para que todos ouvissem, pois não havia carro de som. No final da Manifestação em Frente a Sede do PMDB, os jovens decidiram sair em passeata e já não mais tão jovem, mas emocionado pela consciência daquela turma fui junto. Na Rua Lima e Silva, muitos mais foram se juntando e a passeata ocupava várias quadras. As palavras de ordem todas se reportavam contra Temer, Cunha, a Globo, a RBS e aos associados do Golpe. A Caminhada seguiu, e ao atravessar a Perimetral houve o 1º ataque com bombas de gás promovido sem nenhuma razão pela Polícia Militar. Houve correria e uma dispersão dos manifestantes pela rua José do Patrocínio e transversais, mas a Polícia seguiu atrás dos jovens, retomando os ataques a bombas na quadra seguinte. Em nenhum momento houve qualquer ataque físico por parte dos manifestantes. Os ataques partiram todos da Polícia. Eu próprio, já acomodado em um bar da Lima e Silva, tive apontada para mim e outros clientes do bar, uma carabina cano duplo, de dentro de um dos vários carros de polícia que acompanharam a violenta e desregrada ação da PM. Segundo vi, mesmo repórteres da grande mídia externaram a desnecessária e desproporcional ação da PM. O fascismo, já latente nas ruas do Brasil, sempre entra com mais força nas instituições armadas e isto é assustador. Me senti hoje, como se tivesse voltado ao fim dos anos 70, quando a repressão policial política campeava solta pelo Brasil e por Porto Alegre também. O Golpe de Temer e do PSDB parece ter dado o sinal para que as forças repressivas passem a atuar de forma cada vez mais violenta. A nossa democracia, vilmente atacada pela grande mídia e desavergonhadamente atacada por Deputados e Senadores, cambaleia ferida e parece estar entrando na UTI. Espero que não a percamos definitivamente.

Protesto em frente ao PMDB

A passeata seguiu pela Lima e Silva, e quando chegou na Perimetral já eram muitos mais.

A Violência policial começou no Largo Zumbi dos Palmares e depois os policias seguiram os grupos já dispersos por várias ruas da cidade baixa, continuando com as bombas de gás, com armas e também policiais a cavalo com sabres a mão, ameaçando a todos, inclusive frequentadores de bares que ousassem protestar pela violenta ação
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