Osmar Terra foi vaiado tanto pelo que representa, um governo fruto de um Golpe de Estado, mas também pelo que este mesmo governo já sinalizou que pretende fazer. A Assistência Social hoje é uma Política Estratégica, “porta de entrada aos direitos”, como bem falou o Anderson, representante dos Usuários do SUAS. Mais de mil gestores municipais da Assistência Social, representantes de usuários e de trabalhadores do SUAS participam do Encontro. E como também lembraram o Presidente do CONGEMAS e do FONSEAS, a Assistência Social é a grande articuladora local da intersetorialidade necessária entre as várias políticas, como Saúde, Educação, Trabalho, Infra Estrutura entre outras, para que o povo que mais precisa possa chegar a estes serviços e políticas, mas também para que estas políticas estejam adequadas a receber este povo que mais precisa.Juntar o Ministério do Desenvolvimento Social com o Ministério do Desenvolvimento Agrário é juntar “alhos com bugalhos”. Ou melhor, é muito provável que juntar estes ministérios tem a ver com concepção mesmo. Osmar Terra em suas falas tem se referido a um outro tempo, onde a Assistência Social ainda era só uma política assistencialista, para pobres, e não uma Política empoderadora, porta de entrada dos cidadãos para as politicas, serviços e oportunidades que antes eram de poucos, ou seja, aos direitos inscritos na Constituição. Osmar Terra acha que Desenvolvimento Social é Política pra pobre. E acha também que a Agricultura Familiar, é coisa de pobre, e não Desenvolvimento Econômico. Vai tratar os pobres como pobres, e não como cidadãos com direitos. E com isto o Brasil, hoje referência mundial em Desenvolvimento Social associado a Desenvolvimento Econômico com Inclusão, voltará aos tempos da “assistência social” feita pelo “primeiro-damismo”, citado na Carta Aberta em Defesa do Suas, assinado por centenas de entidades nacionais representativas de todos os setores da sociedade.Um retrocesso terrível patrocinado por um governo fruto de um Golpe de Estado.


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Concordo que vivemos tempos difíceis, não concordo com o afastamento da presidente, mas fiquei envergonhada com a atitude da platéia. Ninguém pensou nas 35 crianças que estavam no palco prontas para executar o Hino nacional? Elas ficaram apavoradas!
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Crianças? Não eram crianças. Eram adolescentes. E os adolescentes estão mostrando pelo Brasil afora, nas ocupações de Escolas, muito mais capacidade de compreensão da política do que nós adultos. A vaia não foi para os jovens e eles sabem disto. Foi para o ministro que representa o fim dos programas sociais que propiciam inclusive aqueles jovens estarem ali. Um momento destes é um bom momento pra jovens (e adultos) compreenderem que a política é luta de classes. Se não compreenderem, serão sempre subservientes.
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AS CRIANÇAS VÃO TER QUE COMEÇAR A APRENDER COMO SE TRATA GOLPISTAS TRAIDORES DA PÁTRIA./👍👊✋
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