SAÚDE

No facebook a narrativa de Usuários que “sentiram na pele” o desmonte do Sistema Único de Saúde

No facebook, dois usuários narram como corte de recursos é sentido pelos que precisam e os que trabalham na saúde pública. Beverli Rocha e Michael Santos, ela de Caxias do Sul e ele de Porto Alegre, narram o que parece ser só problema daquele determinado lugar ou município, é na verdade a desgraça de toda a área da Saúde e do Sistema Único de Saúde no Brasil. Depois de receber injeções significativas de recursos nos Governos Lula e Dilma e da implementação de Programas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, a saúde agora definha rapidamente, atacada por um corte de recursos impressionante e impedida de receber 25% dos Royalties do Pré Sal, que Lula e Dilma previam, mas que o governo golpista liquidou. Não há mais os 25% do Pré Sal para a Saúde. E daqui a pouco nem haverá mais o Pré Sal Brasileiro, visto que esta sendo entregue aos interesses internacionais. Falar de Pré-Sal e da Macro Política pode não ter muito efeito e nem ser muito compreendido no senso comum. Mas as duas narrativas que reproduzo a seguir, são com certeza didáticas e de fácil compreensão e assimilação: Foi para fazer do povo o que estão fazendo, é que mantém Lula na prisão. O SUS funciona em regime de co-financiamento: Cada um, União, Estado e Municípios tem que cobrir uma parte dos custos do Sistema. Mas se quem manda no município, no Estado ou no país não tem olhos para os que mais precisam, o SUS será um dos que penará. Imagine então se nem o município, nem o Estado e nem o Governo Federal pensam no povo. É hora de mostrar claramente a cada um e cada uma dos nossos conhecidos, amigos e até familiares, que há uma diferença brutal entre como era nos governos do PT e como é agora, neste governo constituído a partir dos ataques e acusações mentirosas de corrupção contra o PT. Não era contra a corrupção que atacaram o PT, derrubaram Dilma e Prenderam Lula. Fizeram isto para poder humilhar o povo como nunca antes na história. Leia:saúde 1

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A seguir, leia na íntegra o relato de Beverli Rocha

Estou ainda em reflexão! Essas fotos são de ontem por volta das 21h no Postão 24h em Caxias do Sul. Eu acompanhei um parente que precisou do serviço de emergência. Chegamos de manhã e saímos 22h. 
Vi tantas coisas nos períodos que passei no local em acompanhamento. Falei com vários usuários. O que vi? Bom, vi muitas pessoas que ñ deveriam estar ali. Não eram casos urgentes, mas todos com quem falei nessa situação tinham ido ao postinho do bairro tentar atendimento, porém não havia médicos nos postinhos. Férias de uns, doença de outros. Fato que essas pessoas só foram ao Postão porque não encontraram solução no posto do bairro. Então, não deveriam estar ali e ao mesmo tempo só poderiam estar ali.
Vi que a estrutura do Postão é muito precária. Faltam bancos e alguns estão quebrados. Teve um momento que choveu forte e eu precisei abrir o guarda chuva dentro do Postão para ficar em baixo das goteiras e infiltrações.
Vi também, que o local é ponto de encontro de moradores de rua que sentam ali e alguns, buscam atendimento alcoolizados ou sob efeito de algum entorpecente para ter com quem falar ou onde ficar. Muitos se conhecem entre si. Em nenhum momento deixaram de ser atendidos ou mal tratados. Isso foi muito bom de ver, pois percebe-se humanidade entre frequentadores e atendentes.
Vi profissionais de todos os tipos. Alguns nervosos, sem empatia, mas outros super dedicados, atenciosos e tentando fazer o melhor que podiam com o que tinham.
Vi usuários de todos os tipos, se bem que na maioria do tempo, gente individualista, querendo a preferência a qualquer custo. Mas também vi gente muito educada e solidária. Um jovem que passou toda a manhã esperando. Estava muito mal de gripe. Com carinha febril, mas cada senhora que chegava, mãe com criança ou pessoa idosa – o rapaz levantava imediatamente para ceder o lugar. Cedeu até para mim, porque eu era mais velha que ele…
Vi muita gente chegar mal e sozinha. Esses contaram com a ajuda de outros pacientes para empurrar cadeira de rodas, ajudar a levantar ou a carregar para a sala de atendimento.
Vi gente deitada no chão porque não conseguia ficar de outro jeito e não tinha lugar. Vi outros usuários se insurgirem e pedir socorro para esse que estava pior que todos mesmo que a triagem dissesse diferente. Vi enfermeiros sairem de trás das portas e carregarem esse homem com afeto.
Vi que exames foram feitos. Vi que não faltou remédio. Vi que a espera é longa, longa demais.
Vi médicos sairem das salas e explicar que não tinham como ser mais rápidos…
Vi que profissionais tentaram. Vi que usuários tentaram. Vi que o Postão precisa de investimento em estrutura e de mais profissionais para atender a demanda. Vi que precisa de assistente social no local permanentemente para dar acolhimento e encaminhamento aos moradores de rua e usuários de drogas.
Enfim, difícil. Merece reflexāo.

P.s. meu parente em questão está bem. Ficou 14 horas no local, mas saiu bem.
Eu acompanhei a rotina no Postão 8 horas.

Um pensamento sobre “No facebook a narrativa de Usuários que “sentiram na pele” o desmonte do Sistema Único de Saúde

  1. Realmente é triste e lamentável saber de uma situação dessa. Mas acredite que o projeto do Sistema Único de Saúde (SUS) é muito bom, mas é fato de que precisa melhor muito, principalmente para atender essa grande demanda que nós temos aqui. Parabéns pelo ótimo artigo!

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