247 – O jornalista Breno Altman alerta sobre mais uma manobra do Judiciário para privar o ex-presidente Lula dos seus direitos básicos. Nesta semana, Lula foi impedido de despedir do seu irmão, o Vavá, que faleceu na última terça-feira (29), vítima de um câncer de pulmão. Para piorar o quadro, o presidente do STF, Dias Toffoli, decidiu tardiamente que Lula poderia participar do sepultamento, mas como a decisão saiu no mesmo horário do enterro, Lula poderia apenas se encontrar com a família. O ministro ainda impôs que o encontro fosse em uma unidade militar. Em análise na TV 247, Altman ressalta que ao tomar tal atitude, “Toffoli insultou o que resta de democracia no País”.
“A decisão de Toffolli não foi apenas tardia, mas também foi baseada sob a lógica da segregação, invisibilidade de Lula e também pela tutela militar”, condena.
Ele considera que Lula “fez muito bem” ao negar a proposta de Toffoli e permanecer na sede da Polícia Federal, no Paraná.”Há uma naturalização do Estado policial e tutela militar. Foi um gesto de denúncia a negativa de do ex-presidente”, opina.
Questão venezuelana
A crise política na Venezuela segue intensa. Os EUA e países subordinados à sua política tentam, através de sanções, derrubar Nicolás Maduro da presidência, contando com o apoio da oposição golpista liderada por Juan Guaidó, que se autointitula presidente interino da Assembleia Nacional da Venezuela.
Altman considera que o golpe de Estado que proclamou Juan Guaidó presidente interino “não deu muito certo até o momento”. “As Forças Armadas não se dividiram, nem a Organização dos Estados Americanos (OEA) reconheceu Guaidó como presidente”, observa.
Ele relata que Donald Trump, após o fracasso do golpe, “redobrou a asfixia financeira na Venezuela, congelando 7 bilhões de dólares de ativos da PDVSA (Petróleos de Venezuela), transferindo essa quantia para Guaidó”.
“A questão é: se o governo Venezuelano atacar Guaidó, os EUA ameaçam o país militarmente”, aponta.
Marketing de Bolsonaro: Israel
Em uma ação entre o presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, uma missão do exército israelense veio ao Brasil para ajudar no resgate das vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A missão ficou apenas três dias no Brasil, retornando ao país de origem nesta quinta-feira (31).
Altman destaca que a ação foi “puro marketing de Bolsonaro”. “Ele quer mostrar que tirou Cuba de cena e colocou Israel. Faz parte de uma propaganda conservadora essa participação atrapalhada de Israel no socorro a Brumadinho”, avalia.