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De degrau em degrau, a PF chegou ao comando da Organização Criminosa: Bolsonaro e seus Generais

Acordei nesta manhã de quinta-feira com a notícia de que a Polícia Federal realiza operação para apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção de Jair Bolsonaro (PL) no poder. Entre os alvos de mandados de medidas restritivas está o próprio ex-presidente, que terá a proibição de deixar o país, devendo entregar o passaporte no prazo de 24 horas, e de se comunicar com demais investigados, nem por meio de advogados.

Mesmo achando que o STF e a PF estavam agindo que se tratavam de ações que mais parecia subirem uma escada, pois começaram pela base mesmo do golpe, prendendo aquele monte de “soldados do crime” no dia 8 de janeiro de 2023 e fazendo para cada um deles um inquérito, achei que não dariam o bote final aos chefes criminosos.

Mas de lá pra cá, subiram mesmo a escada e foram pegando um a um. Chegou a vez dos Chefes dos Criminosos Golpistas, Bolsonaro e seus Generais.

Entre os alvos de busca e apreensão estão aliados muito próximos do ex-presidente, como Walter Braga NettoAugusto HelenoPaulo Sérgio NogueiraAnderson TorresValdemar Costa Neto, Almir Garnier e Tercio Arnaud. Já entre os quatro alvos dos mandados de prisão estão Rafael Martins de Oliveira (major das Forças Especiais do Exército), Filipe Garcia Martins (ex-assessor especial de Bolsonaro), Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do exército) e Marcelo Camara (coronel do Exército).

De acordo com a PF, no total estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

Os mandados, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Nesta fase, as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022.

O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.

Com Informações de O Globo


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