Depois de um acordo entre a Bancada da Esquerda e a parte não bolsonarista da Bancada do Governo Municipal sobre o Projeto acerca da Assistência Social, vereadores bolsonaristas já demonstravam em seus semblantes um certo descontentamento pelo desfecho positivo.

O Projeto do Governo, modificado pelo Acordo, não só manteve a Assistência Social Pública, como reafirmou compromissos com o SUAS – Sistema Único de Assistência Social.

Pra quem esperava uma Bancada de Esquerda extremista, viu uma Bancada competente e capaz de ajudar a construir ou melhorar projetos que beneficiem de fato a população de Porto Alegre.

Em contrapartida, a bancada bolsonarista que já demonstrava insatisfação com esta votação, partiu pra briga depois da Justiça suspender a votação do Projeto que abria os caminhos para a privatização do DMAE.

O Vereador Ramiro do Rosário foi o porta voz do extremismo bolsonarista. Classificou o Juiz que deferiu a liminar com “Canalha” e “Juiz de Bosta” e ainda atacou o Poder judiciário que “… do alto dos seus privilégios, atropelar o prefeito da cidade”.

Para a bancada bolsonarista, quem ganha eleição tem poder absoluto. Não tem! Estamos numa democracia. E a democracia é regida pela Constituição. Se o projeto tem problemas legais, não tem que ser votado. Se assim mesmo a Presidenta da Câmara coloca em votação, a Justiça pode sim intervir.

E foi o que aconteceu. O Judiciário interviu e fez prevalecer a Constituição, a partir de Liminar solicitada pela Vereadora Natasha, Líder da Bancada do PT.

A liminar que suspendeu, por 90 dias, a votação do projeto que faz alterações no Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) caiu como uma bomba na Câmara de Porto Alegre. A sessão extraordinária em que já haviam sido aprovados dois projetos do governo Sebastião Melo (MDB) estava ocorrendo de forma tranquila, inclusive com acordos entre oposição e situação (Correio do Povo)

Projeto que visa abrir caminho para Privatização do DMAE é suspenso por Ação da Vereadora Natasha