Para a Globo e os empresários, “trabalhar até os 100 anos” é “romântico”. E pior: eles querem normalizar esta ideia entre o povo. Mas na verdade trabalham para acabar com a Previdência Pública, o INSS.
Porque eles estão fazendo literalmente “quebrando” a Previdência Pública?
A “pejotização”, contratação de Trabalhadores como “MEI” ao Invés do Regime CLT, é muito utilizada pelas grandes empresas para reduzir custos com encargos sociais e consequentemente aumentar seus lucros. teoricamente ela também oferece maior autonomia ao profissional, que pode gerir sua própria empresa. Mas… Este(a) mesmo profissional deixa de ter direito a Férias remuneradas, 13º, Auxilio Doença e auxilio Maternidade proporcional aos ganhos e principalmente… perderá o direito a aposentadoria, por que se seguir como está, a Pejotização somada a “Desoneração da Folha de pagamento” das grandes empresas como “incentivos fiscais”, a Previdência não vai se sustentar por muito mais tempo.
E o que querem os empresários? Jogar o ônus nas costas dos trabalhadores que seguem contratados como CLT. O Foco deles é tentar obrigar o Governo a não mais reajustar os Salários dos atuais aposentados por … 6 anos. Mas este valor pouco significa diante dos R$ 2 TRILHÕES de perdas por Pejotização, Desoneração e sonegações dos empresários.
O único Caminho pra Salvar a Previdência Pública, é cobrar a Contribuição Previdenciária dos Empresários, não mais sobre a Folha de Pagamento, que diminui cada vez mais, por conta da redução de trabalhadores por causa das novas tecnologias, mas também pelo golpe bem sacana e ilusório para os trabalhadores, da “Pejotização”. (Pejotização refere a “Pessoa Jurídica)
O “pulo do gato” do empresariado é calhorda. Enquanto os lucros deles ficam maiores, por que na relação entre eles e os “micro empresários” trabalhadores, eles deixam de pagar 20% sobre o Salário e ainda jogam o Ônus desta contribuição sobre o “PJ” do suposto “Micro Empresário”.
Aí, o que vai acontecer? A maioria dos trabalhadores “MEI” vai contribuir enquanto der, com 5% sobre o Salário Mínimo e ficarão faltando os 20% dos grandes empresários.
Uma pequena minoria, mais bem paga, como no caso de trabalhadores ligados a novas tecnologias, vão optar por uma Previdência Privada, capitalizada, como no Chile a partir dos anos 90.
No Chile hoje não existe mais uma Previdência Pública de fato. O que existe é que os aposentados recebem uma “ajuda” do Governo, que não chega a 1 salário Mínimo.
Então, pode esperar, que cada vez mais teremos matérias da grande mídia venal enaltecendo aqueles. que embora já bem idosos, voltam ao trabalho ou nem deixam de trabalhar…até os 100 anos.

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Romântico e o carai
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Pois então. O troço é grave. Eles vao ganhando as pessoas com a narrativa da quebra da Previdência por um lado e por outro engambelam o povo com esta ideia de que “trabalhar é bom”.
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Muito boa a tua abordagem, Müller.
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Creio que é por aí. Temos que alertar as pessoas acerca das artimanhas de que se utilizam os órgãos da mídia hegemônica para “fazerem a nossa cabeça”. E uma artimanha corriqueiramente utilizada é a romantização, como tu dizes, dos fatos, feita para fisgar as pessoas pelo sentimento.
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Assim, essa mídia acaba engabelando facilmente a incautos e inocentes. Estes, que não são poucos, uma vez que o teatro é muito bem montado, ficarão com uma firme impressão de que a mídia hegemônica tem sérias preocupações para com as necessidades do povo como um todo.
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Impressão plenamente equivocada, e que acaba sendo ruinosa, pois sabemos que, na verdade, o métier da grande mídia sempre foi o de servir, exclusivamente, aos interesses do grande capital.
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Com essa tática, a grande mídia acaba angariando credibilidade perante parte expressiva da população. Então, quando surgir alguma medida altamente nociva para o povo como um todo, como o são as tais “reformas” ou as privatizações, essa mídia vai esconder dados e só falar bem das mesmas prejudiciais.
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E os já citados incautos e inocentes serão engabelados uma outra vez. Vão lembrar das seguidas teatralizações e tenderão a acreditar no que a mídia diz a respeito das “reformas” e privatizações e não conseguirão admitir que quem tantas vezes demonstrou preocupação com eles possa estar mentindo e os manipulando da forma mais torpe possível.
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Obrigado Nelson. E se puderes, compartilha com teus amigos no WhatsApp e nas Redes Sociais. Por que se depender das entregas dos algoritmos deles, este artigo fica só entre nós
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A meu ver, a razão real para as seguidas “reformas” da Previdência é a pressão do grande capital financeiro pela privatização do setor.
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Em 2019, a Anfip assegurava que não havia déficit na Previdência Social. Muito pelo contrário, a Previdência era superavitária.
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Daí que o grande capital já havia tirado estratégias para “detonar”, paulatinamente, o caixa da Previdência. Se olharmos com mais atenção, várias medidas “arrasa-quarteirão” foram aprovadas a partir do golpe de Estado de 2016 com esse nítido objetivo.
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A PEC 241/EC 95 (“Teto dos Gastos”), o PL 4330 (Terceirização sem limites) e a “reforma” Trabalhista, aliadas às reiteradas desonerações da folha de pagamento, à pejotização crescente e à sonegação, vêm minando fortemente a arrecadação não só da Previdência como da Seguridade Social como um todo.
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Com a inviabilização da Previdência Social, o grande capital financeiro espera que uma parte dos trabalhadores se veja obrigado a correr atrás dos planos de previdência privados.
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E aí será o paraíso, uma mina de lucros. O grande capital financeiro poderá usar, e abusar, do dinheiro de milhões de brasileiros por 25, 30, 40 anos ganhando bilhões no spread.
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E se a arrecadação da Seguridade Social está minada, o SUS não está, de forma alguma, imune aos olhares cobiçosos do grande capital.
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Com a crescente inviabilização também da saúde pública – seus recursos são oriundos do que é arrecadado pela Seguridade Social -, o grande capital da saúde privada quer turbinar seus negócios somando mais uns 30, 40 ou 50 milhões de brasileiros a seus planos de saúde privados.
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Exatamente Nelson. Disseste o que é e descreves o que virá. Obrigado por comentar aqui. Vou reproduzir teu comentário
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