Sem a Vacina Oleosa desenvolvida no gaúcho IPVDF – Instituto Público de Pesquisas Desidério Finamor em 1983, com certeza o Brasil não estaria hoje ponteando a produção e exportação de carne no mundo.
Este artigo é para mostrar a importância de Investimentos Públicos para o Desenvolvimento de Pesquisas e a necessidade de permanente investimento em Servidores Técnicos capacitados e Qualificados, coisa que vem sendo abandonada pelos Governos no RS.
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos. No Brasil, a doença representou um desafio histórico para a agropecuária, impactando exportações e a economia rural.
Historicamente, o Brasil adotou campanhas de vacinação obrigatória desde 1965, com foco em vacinas aquosas inicialmente. Mas essas vacinas ofereciam imunidade de curta duração, exigindo aplicações frequentes e aumentando os custos para os produtores.
A transição para a Vacina Oleosa desenvolvida pela equipe do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desiderio Finamor na década de 1980, foi uma Revolução para a produção Agropecuária e fundamental para o Brasil ocupar hoje os primeiros lugares m produção de Carne no Mundo.
A vacina oleosa utiliza um adjuvante oleoso que prolonga a liberação do antígeno, conferindo imunidade mais duradoura – tipicamente de até um ano – em comparação às vacinas aquosas, que duravam apenas quatro a seis meses.
No Brasil, sua aprovação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 1983 e o inicio da Produção em Escala pelo IPVDF marcou um ponto de virada, permitindo campanhas mais eficientes e contribuindo para a eliminação gradual da doença.
O Papel desta VACINA GAÚCHA CONTRA A AFTOSA foi tão decisivo que, em 2025, o Brasil pode proibir o uso e armazenamento, declarando o Brasil como território livre da doença.
Alguma dúvida que isto se deve também ao desenvolvimento da vacina oleaginosa do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), Público e Gaúcho??
O IPVDF tornou-se referência nacional e internacional em sanidade animal, produzindo vacinas contra diversas doenças, como raiva, peste suína clássica e brucelose.
A equipe responsável pela vacina oleosa realizou também outras pesquisas inovadoras em parceria com o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa).
Dentre os membros destacados da equipe, sobressaem:
Danilo Luiz Chiaradia Krause: Médico veterinário e ex-diretor do IPVDF, Sylio Alfredo Petzhold: Médico veterinário com mestrado em ciências veterinárias, Bruno Mohrdieck (líder da equipe de febre aftosa), José Antonio Pires Prado, Paulo Estanislau Reckziegel (médicos veterinários), João Carlos Freitas Teixeira (biólogo) e Remo Pascoal Campagnolo (técnico agrícola).
A vacina oleosa contra a febre aftosa é só mais um dos muitos exemplos da importância de investimentos em Pesquisa e Servidores Públicos capacitados, atendendo assim os interesses do conjunto da Sociedade e não apenas os deste ou daquele setor privado.
Com Informações do SINTERGS

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