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Por que sou a favor da vinda de médicos cubanos

Médicos de CubaMuitas vezes, nos postos de saúde das vilas mais pobres das grandes capitais, é possível ouvir-se a frase de “não há médico”, ou “o médico atrasou”. Nos mais longinquos ricões do Brasil, muitas vezes nem médico há. No Amazonas há cidades que pagam R$ 4.000,00 para que um médico atenda uma vez por semana na cidade. Os médicos que temos no Brasil, cujo número médio por mil habitantes é inferior ao de muitos países do mundo, ainda por cima se concentram nos grandes centros econômicos e não querem ir para o interior de jeito nenhum. Por isto faltam médicos para o povo, em especial para o povo mais vulnerável social e econômicamente. Estmos vivendo um período sem precedentes, de desenvolvimento econômico e social, com a melhoria das condições econômicas das pessoas. Há que melhorar também e cada vez mais, as condições de vida  de saúde de todos estes brasileiros e brasileira que estão superando as condições de miséria e pobreza em que viviamos em grande parte do pais até então. Chega de corporações “reservando mercado de trabalho” para meia dúzia. Mas para além da minha modesta opinião, publico abaixo dois parágrafos de manifesto publicado pela Frente Nacional de Prefeitos, que dá conta desta situação. É por isto que sou a favor da vinda dos médicos cubanos, cujo país aliás, tem um dos melhores padrões de saúde pública no mundo.

“Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, o Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes. Em países como Argentina e Uruguai, essa proporção ultrapassa três médicos por mil habitantes. O padrão mais utilizado internacionalmente é de 2,7 médicos por mil habitantes. Essa proporção é encontrada no Reino Unido, que, depois do Brasil, tem o maior sistema de saúde pública de caráter universal orientado para a atenção básica. Para atingirmos tal marca hoje, seriam necessários mais de 168 mil médicos.

É preciso destacar ainda que a distribuição regional desses profissionais no Brasil é muito heterogênea, considerando que 21 estados têm números abaixo da média
nacional, ocorrendo flagrante falta de médicos em diversas regiões do país. Essa carência é agravada principalmente nos municípios que têm baixos níveis de receita pública per capita e alta vulnerabilidade socioeconômica.

A dificuldade enfrentada para a contratação e fixação de médicos não se limita à atenção básica. O Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), identificou no relato de gestores de hospitais a necessidade de pediatras (32,1%), anestesistas (30,5%) e psiquiatras (28,8%).” (extrato do Manifesto da Frente Nacional de prefeitos por mais médicos)


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23 pensamentos sobre “Por que sou a favor da vinda de médicos cubanos

  1. Pobre este seu argumento.
    Por que os médicos não vão para os rincões abandonados do Brasil?
    Porque desejam o melhor para si e suas famílias!
    Esta facilidade autoritária de importar cubanos, já comprovada a ineficiência e enorme falácia da medicina cubana, vide Hugo Chaves, Lula, Dilma e Lugo estão vivos.
    Dêem condições de vida que voluntariamente os médicos irão para o rincões!

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    • O que são “condições de vida”? Há cidades do nordeste pagando R$ 14.000,00 para um médico e não conseguem contratar nenhum, por que nenhum se dispõe a trabalhar lá. No Norte do País, boa parte das cidades não tem nenhum médico, apesar dos salarios serem altos. Então, se os médicos não querem ir para o interior, como dizes, por que pensam no seu bem e no de suas famílias, que não tentem impedir os médicos que estão dispostos a trabalhar nos rincões. É simples assim. Quanto a saúde em Cuba, lá é o país com a menor taxa de moratlidade infantil do mundo e não consta que nos rincões não hajam médicos para atender o povo. Aliás, boa parte dos mbons médicos brasileiros se formaram nas universidades públicas, de graça. Aliás, estas universidades públicas, que antes do REUNI, eram proibidas para os pobres e só os filhinhos de papai as freaquentavam. São estes os que não querem ir para os rincões e fazem atendimentos de 10 minutos por pessoa nas vilas. Na verdade, boa parte deles só quer atender mesmo os de seu próprio estamento social. Só assim se sentem com “condições de vida” de médicos. Aliás, fico me perguntando por que estes médicos que tanto dizem não terem condições, não largam o SUS, que tanto criticam. Meu argumento não é pobre. Pobre é a visão de quem só consegue enxergar o que quer e não olha pra tudo que existe em sua volta.

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      • Quanto a importar médicos, nos EUA 30% dos médicos são formados em outros países. Na Europa, em casos como a Espanha, mais de 50% dos médicos são de outros países. No Brasil há falta de médicos de acordo com o próprio Conselho de Medicina, mas no Brasil até então, por esta birra corporativa que estabeleceu reserva de mercado, menos de tres por cento dos médicos são de outros países. Então, não tem que trazer só médicos de Cuba. Tem que trazer também de Portugal, da Espanha, e de outros países que tenham bons e qualificados médicos para nos oferecer e qued se disponham a ir para os rincões e atender gente pobre. Simples assim.

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  2. Tem certeza que um médico tem condições de exercer a medicina com dignidade nesses locais? Todos possuem infraestrutura, medicamentos e outros insumos necessários? Teriam suporte hospitalar?
    Que médico quer trabalhar sem ter o quê fazer pelos seus pacientes? Além de salário é necessário condição de trabalho. Seria melhor importar médicos que trabalham em zonas de conflito. Ou os que praticam medicina solidário (os que vão trabalhar no Haiti ou outros países miseráveis da África).
    Agora quero ver é importar um médico de país rico (Japão, Canadá, EUA, Espanha).

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    • Ué. Tem centenas de médicos Espanhóis se dispondo a trabalhar aqui. Não são só os Cubanos. Tem também os Portugueses e também americanos. Tem que parar com este papo de que não tem estrutura. A primeira necessidade das pessoas é terem diagnósticos de sua situação de saúde. Depois é feito o encaminhamento. Faltam hospitais sim. Mas faltam médicos antes mesmo destes hospitais. Constatada uma doença, o encaminhamento é feito para um hospital que pode até ser numa cidade vizinha. Hoje, por que os médicos se recusam a trabalhar em determinadas cidades, as pessoas até para os diagnósticos e consultas tem que se deeslocar em grandes distâncias. É disto que estamos falando. E um médico, pelo diagnostico, pode identificar doenças mais básicas e indicar a cura, sem ter grande estrutura. Como falaste, se é possível atender gente no Haiti, por que não seria possível atender em cidades do Brasil, que por pior que seja, será muito melhor em condições do que o Haiti, devastado pela guerra civil e pelo terremoto? E de novo: Cuba tem a melhor saúde pública do mundo, a menor mortalidade infantil do mundo, no entanto não tem todas esta estrutura, por que não pode tê-la aliás, por causa do Boicote imperialista, que lhe impede de comprar muitos equipamentos que serviriam para qualificar ainda mais o atendimento.

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  4. A princípio eu era contra a vinda de médicos de outros países. Hoje sou a favor, sabe porque? Durante toda a minha vida profissional na área da saúde, presenciei o leilão de médicos. Os municípios mais distantes quando conseguem um médico é aquele que acabou a faculdade e quer passar um ano para juntar dinheiro e ir fazer sua residência médica. Os municípios começam a leiloar, no sentido da palavra de que oferece mil reais a mais que o município vizinho onde o médico está lotado e assim há uma rotatividade muito grande de profissionais. E aqueles prefeitos mais safados fazem política com ambulancioterapia, encaminhando as pessoas para as capitais, e o povo fica muito agradecido. Existe prefeitos que equipam suas cidades com o básico outros nem isso. Existe profissionais que se ganharem 30, 40 mil vão continuar com a mesma prática, fazendo consultas de 2 minutos sem nem olhar para o paciente. Acho tudo muito complexo,, o caos da saúde podemos atribuir a falta de condições de trabalho sim, mas também falta de compromisso de muitos profissionais.

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    • Isto Maria Bernardete.
      A Saúde pode até ter problemas de dinheiro, e tem. Mas nunca se investiu tanto na saúde como nos últimos anos.Há também um problema grave de gestão, que é também responsabilidade dos Prefeitos e Governadores, pois o SUS é descentralizado e universal. Há prefeitos que pegam o dinheiro da saúde e transformam em “ambulâncioterapia”, comprando ambulâncias e vans para levar os doentes de seus municípios a outros para serem atendidos. Outros ainda, pressionados pela corporação médica, se submetem a tirar dinheiro da saúde para pagar os médicos mercenários, que fazem de sua ida a municípios do interior, o enchimento de seu pé de meia para depois voltarem aos grandes centros. Esta medida do governo põe ordem na casa. E põe ordem na casa, também quando obriga gente que estuda por conta do erário público, a cumprir uma jornada para o SUS e de possibilitar que os médicos que se disponham a ir para o interior tenham a garantia da bolsa de R$ 10.000,00. Será que os médicos vão continuar dizendo que é pouco? Que digam isto aos trabalhadores do país e a quem paga impostos, com os quais eles foram pagos os estudos desta gente que hoje é médico.

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      • Respeitosamente discordo, saiba que somos profissionais e assim como outros Brasileiros queremos planos de cargos e carreira, assim nao ocorreria algo que você nao citou, provavelmente por desconhecimento. Dizer que um prefeito paga 10,20 ou 30 mil reais e nenhum medico quer ir é vago e meia verdade. Quem vai não será submetido a concurso publico e nao tem direitos trabalhistas, é contratado como pessoa jurídica e nao tem 13º, ferias, garantia de recebimento ou mesmo que terá o emprego mais adiante. O prefeito após satisfazer a Gana política decide diminuir drasticamente o valor ofertado inicilmente, ou manda o médico embora após este ter se mudado e ter tido custos financeiros e pessoais para ir ao interior. Isso sem contar que o profissional quando chega a 4 anos é demitido apos a troca de prefeitos. E mais esses valores são referentes a PSF 40 horas semanais e sobreaviso TODOS OS DIAS DO MÊS! Isso porque em muitas cidades essas vagas são para apenas um médico.
        O programa mais médicos nao oferece emprego com leis trabalhistas regidas pela CLT e sim uma bolsa no valor de 10 mil reais por tempo limitado, sem concurso publico e sobre esse valor serão incididos impostos de 27,5% por 40 horas semanais.
        Um concurso publico federal ou estadual com plano de cargos carreiras e salários justos mais condições de exercer a profissão resolveria o problema sem importar um único médico. Nunca ninguém pediu salários de 20 mil reais o que se pede é concurso publico, o que permitiria até o governo decidir para onde cada médico iria.
        Existe varias outras coisas em jogo, mas é mais fácil dizer que os médicos são corporativistas e nao tem amor à vida humana.

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      • E tu conheces algum trabalhador no Brasil que não passe por isto? É o tal “mercado de trabalho”, ao qual milhões de trabalhadores no Brasil, cada um na sua profissão, estão sujeitos. A grande maioria dos trabalhadores trabalha 44 horas por mês e ganha muito menos que isto. Por que tu dizes que concurso público resolveria, se as próprias instituições representativas do médicos dizem que a média de médicos “per capita” no Brasil é uma das mais baixas do mundo, o que esta aliás contido neste post. Além disto, falas em concurso público aqui, mas nas ruas os médicos dizem que não querem ir pro interior por que não haveria estrutura suficiente. Pra mim estão enrolando. A maioria dos médicos brasileiros são formados por universidades públicas. Outros tantos são formados em universidades privadas mas regadas a bolsas e a financiamento estudantil público e por isto mesmo deveriam prestar serviço para o público que lhes possibilita estes cursos. Digo isto dos médicos, mas o digo também de cada outro profissional que se forma desta maneira. Isto não ocorre, e quem paga o pato é o povo, que já pagou também a universidade desta gente.Já que não querem nem uma coisa nem outra, que venham os médicos que queiram, sejam eles de onde forem.

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    • Essa conversa de falta de condições de trabalho já cansou, é fato que gde parte dos hospitais não estão adequadamente equipados, mas pra diagnosticar e curar muitas doenças é preciso apenas conhecimento,interesse e orientação ao paciente. Se houver empatia e compaixão, melhor…

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  9. Para falar a verdade, eu gostaria de saber se a qualidade dos médicos aqui é assim tão boa, já que na última avaliação feita, conforme o jornal o Estado de São Paulo (tucaníssimo) foi o seguinte “Os resultados deste ano mostram dificuldade até em áreas essenciais da medicina, como clínica médica (43,5% de erro), obstetrícia (45,9%) e pediatria (40,7%). Mais de 60% dos candidatos não souberam apontar que febre alta e persistente é indicativo de infecção bacteriana grave em recém-nascido. E 66% não souberam dizer quais medicamentos não são indicados para tratar infecção na garganta.”. E me desculpem, que achei graça na manifestação dos médicos lá na paulista: já trabalhei em uma grande instituição ali e DUVIDO que aquele pessoal- que vive perto da Oscar Freire e Vila Mariana- se mudaria para rincões do Brasil, mesmo por muito dinheiro. Outra coisa: estou desempregada, sem convenio médico, e por causa de uma infecção de garganta fui a um posto do SUS, chamado UPA. Fazia tempo que não entrava em um órgão público de Saúde, mas no geral, fui bem tratada e percebi que o lugar era novo, limpo, e não estava muito cheio. Todavia demorei 2horas e meia para ser atendida porque só havia 1 médico. E sim, tava lá os 5 consultórios preparados, enfermaria (no qual fui medicada). Ou seja, não tem médico nem região metropolitana de São Paulo. E tem mais: muitos médicos desta região simplesmente NÃO COMPARECEM AOS SEUS PLANTÕES em função dos seus mestrados, doutorados e compromissos nos consultórios.É incrível, mas é verdade. Não suporto nem os tucanos, nem os petistas, mas até agora eu tô querendo entender a revolta do médicos. Entendo brigar por salários,, infraestrutura, condições de trabalho, apoio e outras coisas, mas por feudos corporativos?

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  10. Bando de babaca, não querem trabalhar querem dinheiro, prefiro ser atendido por um cubano do que não ser atendido, aqui na minha cidade tem uma meia duzia de “filhin” de papai que formou nas cochas em faculdades particulares, receitando remédios baseados no Google e já com duas três mortes na ficha por erros grotescos que nem meu farmacêutico a trinta anos cometeria, alias ele tem mais conhecimento do que os dito cujos!

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