Paulo Odone, Deputado Estadual, aumentou seu patrimônio nos últimos 4 anos. De R$ 1,8 milhão que disse possuir em 2010, saltou para para R$ 8,7 milhões em 2014, 4 anos depois. Levou uma vida inteira para amealhar um patrimônio de R$ 1,8 milhão. Em quatro anos juntou 4 vezes mais. São dados apresentados em matéria de Zero Hora, que colo abaixo. Diz ele que foi por causa de uma herança.
Por coincidência, este é o período de construção da Arena Grêmio, onde, como falou Fábio Koff à Rádio Gaúcha “O Grêmio agora tem que pedir licença para treinar e paga para jogar na Arena”(clica pra acessar a matéria). Há também uma análise feita por advogados sobre o Contrato assinado pelo “Grêmio” : Esclarecimentos sobre a Arena Grêmio, publicada na coluna do Juremir. Paulo Odone é um sujeito que sempre construiu sua campanha muito associada a imagem do grêmio. Se a declaração do patrimônio dele esta explicita nas declarações de renda de candidato e teve que ser explicada na matéria da Zero Hora, talvez também fosse o caso deste ícone dos cartolas gremistas explicasse para seus eleitores, como é que o grêmio deixou de ser dono de seu patrimônio, ou melhor, lendo-se a análise do contrato “Esclarecimento sobre a Arena Grêmio”(é só clicar aí para ler), que estranho negócio foi este, onde o Clube tem que pagar para jogar na Arena que supostamente seria sua? Aliás, nesta outra matéria aqui também da Zero Hora, informa que o Grêmio após um aditivo no contrato, o Grêmio pagará a OAS 12 milhões em 2014, 15 milhões em 2015 e 18 milhões nos anos restantes do contrato. O Patrimônio de um Clube deveria ser de seus associados e a eles os seus dirigentes devem explicações. Fico pensando a quem Paulo Odone dá “explicações” sobre o (ex)patrimônio do Grêmio, já que sobre seu patrimônio pessoal quadruplicado em 4 anos, ele deu a explicação para a Zero Hora.
Vai a matéria da Zero Hora de Hoje
Patrimônio de deputados estaduais do RS dobra em quatro anos
Dos atuais 55 parlamentares, 46 tentarão a reeleição e sete disputarão outros cargos públicos em outubro
23/07/2014 | 04h01
Na comparação dos valores declarados em 2010 e em 2014, o deputado Paulo Borges (DEM) foi o que teve a maior variação percentual: 952,2%, passando de R$ 70,6 mil para 742,6 mil. O parlamentar que teve o incremento mais expressivo em valores absolutos é Paulo Odone (PPS), cujo patrimônio saltou de R$ 1,8 milhão para R$ 8,7 milhões — uma alta de 377,6% no período.
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Procurado pela reportagem, Odone afirmou que o aumento no montante dos bens é resultado, principalmente, do recebimento de uma herança, uma fazenda de mais de mil hectares no município de Itacurubi, no valor de R$ 6,4 milhões. O deputado, que também possui terras em Barra do Ribeiro, disse que os demais rendimentos são fruto da sua atividade rural. Já a assessoria do deputado Paulo Borges informou que o democrata financiou uma casa e um veículo de maior valor neste período.
Patrimônios dariam um salto se fosse usado o valor de mercado
Em valores de mercado, o tamanho real de alguns patrimônios pode ser ainda maior do que o que consta nas declarações. Como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não dispõe de uma norma específica para a declaração de bens, os candidatos informam o preço da aquisição, sem levar em conta, no caso de imóveis, a valorização de mercado (o mesmo critério adotado pela Receita no Imposto de Renda).
Por exemplo, se um candidato comprou há 15 anos um apartamento por R$ 100 mil, o imóvel constará na declaração em 2014 com valor de R$ 100 mil, embora o bem tenha tido uma valorização considerável no período. Isso faz com que os imóveis adquiridos mais recentemente apareçam nas declarações com valores superiores aos mais antigos. Segundo levantamento do Secovi-RS, só nos últimos cinco anos o preço dos imóveis em Porto Alegre teve um aumento médio de 85,59%.
Os dados sobre os bens dos candidatos, que podem ser consultados através do Sistema de Divulgação de Candidaturas (DivulgaCand) do TSE, também mostram que o plenário da Assembleia possui hoje 17 milionários. Com subsídio mensal de R$ 20.042,34, sem incluir benefícios como a “ajuda de custo” (duas parcelas no valor do subsídio mensal, uma no início outra no final do mandato), um deputado estadual recebe pouco mais de R$ 962 mil em quatro anos.
Para o cientista político Humberto Dantas, além da remuneração fora dos padrões brasileiros, o enriquecimento de muitos parlamentares pode ser explicado pelo fato de não haver restrição para o exercício de atividades paralelas.
— Um deputado é um agente público contratado pelo voto, e isso significa que ele tem que prestar contas à sociedade. Então, o eleitor tem que fiscalizar, tem que duvidar, mas com cuidado.
O combate às fraudes em declarações depende da vigilância do cidadão, pois os dados são preenchidos pelos próprios partidos e não passam por qualquer fiscalização do TSE. Para que haja investigação de casos de bens não declarados ou valores imprecisos, é preciso o registro de denúncia ao Ministério Público. Um outro entrave à transparência é a ausência de padrão no preenchimento dos bens publicados no sistema Divulgacand. No caso dos imóveis, por exemplo, algumas declarações não dizem o tipo de imóvel declarado, apenas o endereço, outras apresentam endereço incompleto. Imprecisões também são encontradas em outros itens das declarações.
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O MP não faz nada?
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Se foi por herança, tem que estar declarado no IR. Isso é fácil de se confirmar.
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