
O novo Plano Diretor de Porto Alegre está sendo conduzido de forma apressada e pouco transparente pela prefeitura, segundo críticas de urbanistas, entidades e também deste blog, como pode ser lido nos artigos deste link.
O Fórum de Entidades, encerrado ontem, apresentou 102 emendas, além denunciar a sobreposição de etapas e a falta de diálogo com a sociedade, como bem descrito em matéria do Correio do Povo.
O Plano Diretor Vigente, foi aprovado em 1999 e atualizado a cada dez anos de lá para cá. Ele possui diretrizes consolidadas e poderia ser aprimorado novamente com base em diagnósticos recentes.
Mas Melo, a mando de meia dúzia de empreiteiras, optou por uma “reformulação” completa, que é na verdade, um novo Plano, mexendo profundamente em regiões da Cidade, com o objetivo de beneficiar especificamente o capital imobiliário , sem nem olhar para as condições dos que ali habitam hoje.
As consequências de levar “a toque de caixa” o Plano Diretor e a própria gestão da cidade, como tem acontecido até agora, são visíveis na cidade e eu tenho mostrado em vídeos nas minhas redes sociais. Clique neste link e assista os vídeos. Só não vê quem não quer… literalmente.
Encerrado na noite de terça-feira, o Fórum de Entidades aprovou 102 emendas ao projeto do Plano Diretor. As propostas foram elaboradas por instituições da sociedade civil e serão encaminhadas à comissão especial da Câmara Municipal. O relatório final do Fórum critica o cronograma imposto pela base aliada da prefeitura, que gerou uma sobreposição de etapas e comprometeu a análise técnica e a participação popular.
O vereador Tiago Albrecht (Novo), coordenador do Fórum, foi auxiliado por Juliana de Souza (PT) e Giovane Byl (Podemos). Apesar da resistência de representantes empresariais, as emendas foram aprovadas por consenso entre as entidades.
O Plano Diretor é o principal instrumento de ordenamento urbano da cidade. Alterações mal planejadas podem comprometer Porto Alegre por décadas. A crítica central é clara: não se trata de rejeitar mudanças, mas de exigir que elas sejam feitas com responsabilidade, transparência e participação efetiva.
Se a Câmara acolher as emendas do Fórum de Entidades e abrir espaço para um debate mais amplo, ainda há tempo para corrigir o rumo. Mas se prevalecer a pressa, o novo Plano Diretor corre o risco de nascer com vícios que comprometerão o futuro da cidade.
Dá uma olhada nos vídeos e links a seguir: Ajudam a entender as razões das criticas a este Plano Diretor que os empreiteiros e o capital imobiliário querem impor a cidade, com a fachada de “modernidade”.
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