Por conta do excesso de trabalho, apesar de ter acompanhado as peripécias verborrágicas do ex-ministro “Jonhbin” , atacando o governo e seus pares, ministros de estado e de ter acompanhado a sua correta substituição pelo Ministro Celso Amorim, acabei não lendo muito a respeito e nem ví ou ouví mate´rias da mídia a respeito. Mas quando, assistindo o Jornal Nacional no sábado a noite, ví os âncoras do Jornal lerem os tais “principios editoriais” que passam a orientar as organizações Globo, meu primeiro pensamento foi: aí tem!!Depois de apoiar desde o “princípio” a ditadura militar, depois de apoiar desde o “princípio” a candidatura Collor em 1989, depois adotar “por princípio” uma atitude golpista contra Lula, mesmo antes da 1ª eleição deste, ajudando a propagar a idéia de que a eleição do metalúrgico geraria o caos no país, depois de passar o tempo todo, durante os 8 anos do governo Lula, jogando contra este governo, é mesm oestranho que agora, finalmente, arrependidos, eles venham a público dizer que serão diferentes. Fui então a blogosfera ver o que estava acontecendo de fato. Não demorou muito pra achar este texto do Francisco Bicudo pescado do Bog Aldeia Gaulesa. A Globo, parcela da mídia tupiniquim e a elite “bem cheirosa” deste país nunca suportaram o fato de que um operário governou o brasil e o colocou nos trilhos. Mais humilhante ainda pra esta gente foi este mesmo operário eleger uma ex-guerrilheira como sua sucessora. Divulgaram mentiras, fichas falsas, manchetes escabrosas…Transformaram até bolinhas de papel em petardos não identificados capazes de estraçalhar o cérebro do candidato da oposição. Mas a Blogosfera os desmentiu. E agora a Globo, mesmo ainda liderando, já perdeu mais de 10% do seu público, diz que quer mudar. Não eles querem é preparar as condições para dar o novo golpe, como aquele que, junto com os militares, cozinharam nas casernas e nas editorias da mídia entre 1961 e 1964 e que veio a tona no dia 1º de abril daquele ano. Os tempos são outros. Mas estejamos atentos todos nós. Não há manual de ética editorial que possa apagar as sandices e mentiras que estas organizações aliadas a outras como o Grupo Folha fizeram ao Brasil e aos Brasileiros. Só vou acreditar nesta pirotecnia da “etica global” se eles mostrarem tudo que esconderam no passado e disserem sobre tudo o que mentiram até agora. Podim começar pelo apoio que deram ao golpe militar e o golpe da “proconsult” contra o Governador Leonel Brizola no Rio de Janeiro.
Vai o escalerecedor texto do Blog do Chico
E a Globo rendeu-se à blogosfera
Por Francisco BicudoQuem diria… a vênus platinada acusou o golpe, teve de render-se aos ventos dos novos tempos e apressou-se em dar resposta a um texto que nasceu, cresceu, multiplicou-se e ganhou corpo e repercussão… na blogosfera! Claro, sem ufanismos, alcances e audiências continuam a ser gritantemente distintos, sem termos de comparação, com vantagem ainda enorme para a TV Globo. Mas foi-se o tempo do monopólio da verdade – e a gigante ardilosa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro já não pode mais simplesmente ignorar o que se passa no andar de baixo, nesse mundinho virtual.
Para resgatar a linha do tempo: na sexta-feira, 05 de agosto, no blog “O Escrevinhador”, o jornalista Rodrigo Vianna, que conhece as entranhas do dito jornalismo global, publicou um texto que citava uma fonte anônima da Globo que dizia ser cada vez mais insuportável trabalhar na emissora, por conta dos desmandos e das pressões, e revelava ainda que a ordem era bater firme no novo ministro da Defesa, Celso Amorim, que a vênus não suporta, para criar clima de instabilidade nas esferas militares.
Alertava Vianna: “O jornalista, com quem conversei há pouco por telefone, estava indignado: ‘é cada vez mais desanimador fazer jornalismo aqui’. Disse-me que a orientação é muito clara: os pauteiros devem buscar entrevistados – para o JN, Jornal da Globo e Bom dia Brasil – que comprovem a tese de que a escolha de Celso Amorim vai gerar ‘turbulência’ no meio militar. Os repórteres já recebem a pauta assim, direcionada: o texto final das reportagens deve seguir essa linha. Não há escolha. Trata-se do velho jornalismo praticado na gestão de Ali Kamel: as ‘reportagens’ devem comprovar as teses que partem da direção”.
Pois eis que, coincidência, 24 horas depois da circulação do texto (que se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais), a Globo veio a público, na edição do Jornal Nacional deste sábado, 06 de agosto, para cantar em verso e prosa um documento que estabelece “os princípios editoriais que norteiam o trabalho das redações das Organizações Globo”. A tal carta de intenções fala em “independência, isenção, correção, lealdade com a notícia e não sensacionalismo, garantia de contraponto” e reafirma que “para a Globo, não há assunto tabu”; faz questão também de reforçar o “espírito pluralista e apartidário”.
Logo na Introdução do documento, texto assinado pela santíssima trindade Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho diz que “com a consolidação da Era Digital, em que o indivíduo isolado tem facilmente acesso a uma audiência potencialmente ampla para divulgar o que quer que seja, nota-se certa confusão entre o que é ou não jornalismo, quem é ou não jornalista, como se deve ou não proceder quando se tem em mente produzir informação de qualidade”. O apelo parece claro, não? Só faltou dar nome aos bois e implorar “por favor, não acreditem no que andam por aí escrevendo o senhor Rodrigo Vianna e seus asseclas”. Como escreveu o cineasta, jornalista e blogueiro Mauricio Caleiro no twitter, “declaração de princípios da Globo é vitória incontestável da blogosfera. Está na cara que é reação ao post do Rodrigo Vianna”.
Aliás, agora que a Globo resolveu mesmo fazer jornalismo, poderia estabelecer um mea culpa público a respeito do apoio irrestrito dado à ditadura militar e repudiar as versões históricas levianas que ajudou a construir e consolidar, usando seus pressupostos críticos e cidadãos para destacar a importância da Comissão da Verdade, certo? E, já que não existem mais assuntos tabus, poderia veicular algumas reportagens a respeito das negociações que resultaram nas assinaturas de contratos com os clubes brasileiros para garantir transmissões do Campeonato Brasileiro, não é mesmo? E que tal produzir uma série especial dedicada exclusivamente a debater as falcatruas na CBF e na FIFA? Ajudaria a começar essa “nova era”.
Tudo discurso vazio, jogo de cena. Sim, porque a mesma edição do JN silenciou sobre pesquisa feita pelo Instituto Datafolha e divulgada neste sábado que mostra que a aprovação do governo da presidenta Dilma Rousseff continua elevadíssima (48% de ótimo e bom, 39% de regular e apenas 11% de ruim ou péssimo), mesmo depois das turbulências e recentes denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. É, talvez tenha sido apenas um lapso… a Globo faz jornalismo “apartidário”…
Para além dos desvios jornalísticos globais, a mensagem que o episódio deixa é que a Globo não nada mais de braçada, não fala mais sozinha, não tem mais o poder que ousou acumular em décadas passadas. Entre 2000 e 2010, a audiência média do Jornal Nacional caiu mais de dez pontos percentuais (de 39,2% para 28,9%). Penso que um momento marcante recente e emblemático desse processo de decadência foi o episódio do “atentado com bolinha de papel” cometido contra José Serra na campanha presidencial do ano passado. A farsa tucana já tinha sido desmontada e desmentida na blogosfera. Mas, para tentar mantê-la, o Jornal Nacional usou cerca de nove minutos de uma de suas edições, recorrendo a depoimentos de “legistas especialistas”.
Ora, se a web fosse mesmo tão irrelevante, pouco importante, sem capacidade de irradiação e repercussão, sem impacto e condições de dialogar com a opinião pública de forma ampla, por que raios o telejornal de maior audiência da principal emissora do país precisaria ter usado quase dez minutos para contestar o que nas esferas virtuais se dizia? Por que gastar um tempo tão precioso e prestar atenção ao que inofensivos tuiteiros e blogueiros escreviam? Sinal evidente, me parece, de que havia algo de podre no reino do (superado) monopólio da verdade.
Para Antonio Lassance, cientista político e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a “velha mídia está derretendo”. Exagero? Talvez. É certamente um processo complexo, longo, marcado por conflitos, idas e vindas, avanços e recuos. A Globo continua a ser extremamente poderosa, uma gigante da comunicação. Não vai deixar de sê-lo da noite para o dia, num passe de mágica. Por outro lado, parece evidente que já não é mais proprietária do samba de uma nota só. Há fraturas, diálogos e dissonâncias, contestações, resistências, outras versões – que em boa medida encontram-se na web (embora não residam apenas nela).
Sim, a blogosfera conversa o tempo inteiro com os descaminhos vividos pelo ser humano, de forma mais geral, e com os desvios de rota do jornalismo, mais especificamente. Não é o paraíso dos puros – nem o inferno dos demônios. Não estará equivocado assim quem disser que a internet abriga aventureiros, oportunistas, pilantras, gente que faz pseudo-jornalismo, e até mesmo criminosos. Mas acertará na mosca quem bancar que é possível encontrar na web matérias sérias e responsáveis, textos jornalísticos que levam à reflexão e que cumprem o papel de estabelecer contraponto e de prestar serviço público.
Na miscelânea chamada blogosfera, espaço democrático de contradições, há afinal bom exercício de jornalismo analítico sendo feito – que em alguns momentos, cada vez mais frequentes, consegue inclusive inverter a mão de direção. E pautar a agenda da velha mídia. Consegue incomodar a vênus platinada. Nessas horas, que falta faz o engenheiro Leonel Brizola…
Descubra mais sobre Luíz Müller Blog
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Boa noite Sr. Luiz Muller:
Diante do referido editorial, hoje pela manhã, 07 de agosto de 2011, enviei a seguinte mensagem à Rede Globo:
Agora só nos resta esperar se esse é ou não um discurso para inglês ver… Fico na torcida de que os responsáveis pelo Jornalismo da Globo estejam realmente se esforçando para superar àquele velho e esquisofrênico jornalismo:
“Bom dia pessoal:
Ontém a noite assistindo ao JN percebi o claro esforço que a Rede Globo tem feito para fazer jus a concessão. Não por acaso é, disparado a Emissora mais assistida do país.
Por conta disso resolvi sugerir-lhes a seguinte matéria jornalística. A questão da Auditoria da Dívida Pública Nacional. Esse tema foi abordado em uma palestra no último 30 de julho, aqui no no Sindisprev, em Porto Alegre.
Vejam nessa entrevista, concedida à TV50 em março de 2009, a Doutora Clair, então Deputada Federal pelo Paraná, falando sobre a questão da nossa Dívida Pública.
Embora concedida em março de 2009, trata-se de uma fala extremamente atual no que tange a necessidade de se auditar a Dívida Pública Brasileira…
Conforme é de conhecimento de todos nós, a CPI que a Doutora Clair se refere nessa entrevista acabou virando pizza no Congresso… Porém, para consolo do povo brasileiro, essa questão está sob análise no Ministério Público Federal…
Contudo, o Ministério Público Federal, sozinho, sem o apoio da imprensa, dos congressistas e do povo brasileiro não tem a necessária força para levar esse tema a bom termo.
A Nação precisa promover uma profunda auditoria nessa Divida… E, certamente isso não ocorrerá se ficarmos de braços cruzados, esperando que outros façam por nós…
Vejam aqui as explanações do Ministro Mantega, na Comissão da Dívida Pública, em 2010.
Essa é a posição do governo com relação à questão da dívida pública brasileira…
Fico me perguntando aqui para os meus botões, qual é a razão que impede nossas autoridades e instituições públicas de promoverem uma auditoria profunda dessa dívida?… Quais interesses estão por detrás disso?… Qual é o pano de fundo que nós, enquanto sociedade, não conseguimos perceber?…
http://www.youtube.com/watch?v=-e7ibdHkxjA&feature=share
Mais do que nunca, precisamos da força da Rede Globo nessa árdua luta.
O prestígio e a posição que a Globo ocupa na nossa sociedade são fundamentais para a criação dos mecanismos necessários a promovermos a tão necessária e, absolutamente justa auditoria da Dívida Pública Nacional.
Grande abraço,”
http://facebook.com/gilbertols
CurtirCurtir