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Ataques contra o ENEM mostram o quanto faz falta uma Lei dos Meios

zero horaVendo esta capa da Zero Hora e juntando com a matéria publica no g1 da Globo, fica evidente que pessoas foram pagas para tentar desmontar o ENEM. Os interessados: os cursinhos de pré vestibular e o PIG, que recebia boa injeção de recursos publicitários através da propaganda destes mesmos cursinhos, isto quando não são donos dos mesmos. Na matéria do G1 os alunos simplesmente confessam que fizeram a prova, não para passar, mas para “provar que os corretores não corrigiam a prova”. Muito estranho que alguém se disponha a uma palhaçada destas justamente em uma Prova, que diferentemente do Vestibular, precedido por cursinhos regiamente pagos com dinheiro de quem o tem para pagar, o ENEM possibilita que os pobres possam acessar as universidades. Conheço muitos jovens que se esforçam para entrar na Universidade pelo caminho do ENEM. E entram. Não entrariam nos antigos vestibulares, pois não teriam o dinheiro para pagar os cursinhos necessários para poder passar no Vestibular, que por geral, também não garantia que determinado aluno estaria previamente capacitado para entrar neste ou naquele curso na universidade. É a elite retrógrada, comandada pelo PIG que faz e patrocina estes ataques. Lembram do vazamento do gabarito de outro ENEM? Foi provado pela justiça, que quem vazou foi a Editora da Folha, do Grupo Folha de São Paulo, que a época foi quem noticiou em primeira mão a “fraude” e logo depois, em uníssono a grande mídia passou a atacar o ENEM. Nada de novo no front. A  não ser, que daquela feita, foram funcionários da Editora Folha que receberam uns trocados pra se deixarem fotografar para provar a inviabilidade de um exame desta proporções. Agora são meia dúzia de alunos(sic) que fraudam ou pretendiam fraudar a redação. Mas qual é o percentual? Meia dúzia entre milhões de redações, e o PIG diz o que? Que o ENEM está em cheque. E o Paulo Bernardo não quer a Lei dos Meios. Então tah. Que continue pagando pra ser golpeado. De tanto mentir, patrocinado com dinheiro do governo, um dia eles convencem o povo de que suas mentiras são verdades. E aí será tarde demais.

Vai aqui a matéria do G1

Entenda por que redação do Enem com hino e miojo não vale nota zero

Segundo órgão que aplica o Enem, fuga do tema foi parcial nas redações.
Textos com hino do Palmeiras e receita de miojo tiveram nota 500 e 560.

Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo

479 comentários

Os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que inseriram uma receita de miojo e trechos do hino do Palmeiras na redação disseram ao G1 que esperavam tirar nota zero na prova. Segundo eles, a intenção era testar o sistema de correção da prova de redação. No entanto, de acordo com Paulo Portela, diretor-geral do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), órgão da Universidade Federal de Brasília (UnB) responsável pela aplicação do Enem, o edital do exame tem regras claras sobre as transgressões que anulam a prova. E trechos fora de propósito escondidos entre parágrafos pretensamente sérios não configuram uma fuga completa ao tema. Esta falha só existe se o candidato não cita a proposta da prova em nenhuma parte de seu texto.

Fernando Maioto Júnior e Carlos Guilherme Ferreira tentaram testar sistema de correção da redação do Enem (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)Fernando Maioto Júnior e Carlos Guilherme Ferreira tentaram testar sistema de correção da redação do Enem (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

Nesta semana, as redações de dois estudantes que já estavam matriculados no ensino superior, e por isso fizeram o Enem sem pretensão de tirar nota alta, acabaram ganhando destaque pela peculiaridade dos textos. Fernando César Maioto Júnior, de São José do Rio Preto (SP), inseriu no meio da redação sobre imigração no século 21 trechos do hino do Palmeiras e tirou nota 500 –a pontuação vai de 0 a 1.000.

Já Carlos Guilherme Custódio Ferreira, de Campo Belo (MG), decidiu ensinar uma receita de ‘miojo’ antes de concluir seu texto intitulado “Imigração ilegal”, que acabou avaliado com a nota 560. O objetivo dos dois era provar que os corretores não liam as redações com atenção e, por isso, a nota dos candidatos era aleatória.

Fernando e Guilherme afirmaram que a nota mais justa para seus textos seria zero. Porém, para Portela, do Cespe, as notas 500 e 560 para as redações dos dois estudantes é prova de que os corretores não só leram os textos, mas também os corrigiram seguindo os critérios previstos no edital. “Não é aleatória, se você verificar onde eles levaram a menor nota, vai ver que foi nessas competências específicas. A nota baixa reflete exatamente que, quando ele utilizou argumentos completamente fora de propósito, ele foi apenado justamente por isso”, explicou Portela ao G1.

“Se quisesse testar o sistema, poderia fazer um texto sobre a imigração no século 21 no Brasil e apresentar uma proposta de intervenção que ferisse os direitos humanos. Se fizesse isso, ele teria a nota zero”, afirmou.

Ele afirmou ainda que a pontuação dos dois candidatos é considerada “o limite da reprovação”, já que, por exemplo, um participante que queira usar o Enem para conseguir a certificação do ensino médio deverá tirar no mínimo 500 na redação para obter a qualificação em linguagens e códigos.

Nota dividida em cinco partes
Pelas regras de correção, a nota final da redação do Enem é a soma aritmética de cinco notas, atribuídas de acordo com competências diferentes. Por isso, a correção não leva em conta apenas se o estudante falou apenas sobre o assunto proposto, mas também se seguiu as regras da norma padrão da língua portuguesa, se usou a estrutura de texto dissertativo-argumentativo, se concluiu a prova com uma proposta de intervenção para o problema apresentado, entre outros (veja as competências na tabela abaixo):

COMPETÊNCIAS AVALIADAS NA PROVA DE REDAÇÃO DO ENEM
Competência 1 Competência 2* Competência 3 Competência 4 Competência 5
Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Valor: 0 a 200 Valor: 0 a 200 Valor: 0 a 200 Valor: 0 a 200 Valor: 0 a 200
(*) OBS: Caso o candidato tenha nota zero na Competência 2, ele terá a prova anulada
Fonte: MEC/Inep

Cada competência vale no máximo 200 pontos e, segundo Portela, a 2ª competência é a única que o candidato não pode zerar, porque isso anulará a prova. Ela fala justamente sobre abordar o tema proposto pela prova e, ainda, exige que o candidato elabore um texto usando a estrutura dissertativa-argumentativa. Segundo Portela, isso quer dizer, por exemplo, se candidato escreveu apenas sobre imigração, mas montou um texto em forma de poema, sua nota final será zero, mesmo que ele tenha cumprido as demais competências.

Há introdução, desenvolvimento, você percebe que eles entram em hinos de time e em uma receita, que perdem a coerência textual, mas no final ainda voltam e concluem o texto”
Paulo Portela,
diretor-geral do Cespe/UnB

Fuga do tema foi apenas parcial
No caso dos estudantes paulista e mineiro, o diretor-geral do Cespe/UnB diz que ambos cumpriram parcialmente a 2ª competência, porque sua redação foi dissertativa-argumentativa e o tema correto foi abordado tanto na introdução quanto na conclusão do texto.

“Essas duas redações que vêm sendo discutidas na internet, quando você olha para a estrutura delas, há introdução, desenvolvimento, você percebe que eles entram em hinos de time e em uma receita, que perdem a coerência textual, mas no final ainda voltam e concluem o texto”, explicou Portela.

“Eles entram no tema, se perdem um pouco, como se o participante estivesse se perdendo no desenvolvimento, e no final fazem uma conclusão. Não é a conclusão esperada para uma nota alta, tanto que foram notas muito baixas.”

A correção, segundo ele, deve seguir as regras do edital, mas os corretores, que em 2012 tiveram uma capacitação durante dois meses sobre todos os itens da avaliação da prova, também levam em conta o fato de que os candidatos são concluintes do ensino médio e fazem a prova sem o uso de recursos como gramática, corretor ortográfico e internet para buscar argumentos na hora de desenvolver a dissertação.

Nota zero
Ainda de acordo com o diretor do Cespe, mesmo com o aumento anual no número de candidatos do Enem, “o percentual está mais ou menos estabilizado em termos de redações brancas”. O item 14.9 do edital do Enem 2012 estabelece as regras para que uma redação leve nota zero e, portanto, seja anulada:

14.9 Em todos as situações expressas abaixo, será atribuída nota zero à redação:
14.9.1 que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, o que configurará “Fuga ao tema/não atendimento ao tipo textual”;
14.9.2 sem texto escrito na Folha de Redação, que será considerada “Em Branco”;
14.9.3 com até 7 (sete) linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará “Texto insuficiente”;
14.9.3.1 linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no Caderno de Questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas;
14.9.4 com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada “Anulada”.

Portela afirma que o fato de os candidatos receberem o espelho da redação desde a edição de 2012 do exame pode fazer com que mais estudantes tentem repetir o exemplo de Fernando Maioto Júnior e Carlos Guilherme Ferreira.

“É possível que um candidato tente testar a banca, mas essa banca vai estar cada vez mais preparada para tratar uma situação como essa.”


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6 pensamentos sobre “Ataques contra o ENEM mostram o quanto faz falta uma Lei dos Meios

  1. É fato que a mídia hegemônica ataca constantemente o Enem com o objetivo de enfraquecê-lo e abrir caminho para o retorno dos antigos vestibulares. Mas também não se pode dizer que tudo o que é noticiado sobre esse exame não passa de invenções midiáticas.

    Já fiz o Enem quatro vezes, e posso dizer sem nenhum receio que, a partir do momento em que várias Universidades Públicas passaram a adotar o Enem como único critério de seleção de alunos, ocorreram muitas mudanças na elaboração e correção das provas. Hoje o Enem se assemelha muito mais aos vestibulares tradicionais do que na sua origem. E o sistema de notas atual é extremamente confuso. Já teve matérias em que errei apenas 3 ou 4 questões (de 45) e recebi nota 700. Nas redações também recebi notas baixas, sendo que através da internet e amigos tive acesso a textos bem piores do que o meu que receberam notas mais altas. E a divulgação do espelho da redação, com as notas de cada quesito, não especifica nada. Apenas te dizem que tal nota se deve a tais e tais erros, mas esses erros não são demonstrados na prova.

    Enfim, fiquei bastante decepcionado com o Enem nos últimos dois anos. Já não consigo vê-lo como uma oportunidade real de acesso à Universidade. E dizer que ele permite a entrada dos pobres nas Universidades Públicas é não conhecer a realidade do país. A maioria dos pobres nem sequer conclui o Ensino Médio. O Enem poderia sim ajudar bastante os alunos de classe média baixa, mas nem isso parece que está conseguindo fazer.

    Não adianta nada ficar apenas gritando contra o PIG e achar que tudo que o governo faz é uma maravilha inquestionável. Esse tipo de postura não ajuda em nada.

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    • Ok. Não sou daqueles que defende tudo o que o governo faz. Aliás, sou um critico por ex emplo das medidas privatizantes na área das teles. Tamb ém acho que o ENEM não é a melhor forma. Mas o fato é que triplicamos o número de jovens universitários nas universidades em geral, por causa do PROUNI e praticamnete duplicamos a entrada de jovens nas universidades públicas, embora as universidades públicas ainda sejam um gargalo. Além disto, isto que levantas não esta contido nas preocupações do PIG. Eles querem derrotar o goveno que reduziu a pobreza e possibilitou que o povo pobre chegasse a escola e a universidade. E, pelo que tudo indica, são os pobres, os cotistas e os aprovados no ENEM que tem as melhores notas. Então, o avanço é obvio. Sempre há o que melhorar, mas não dá pra tirar dos nossos (meus e teus) interesses de classe média, a média do que esta ocorrendo com o povo. Até por que, cada vez mais gente esta chegando a este patamar econômico. E isto não é ruim. É muito bom. Se tu te decepcionaste, eu no meu tempo de gurí também me decepcionei, quando não passei em um vestibular. Mas naquela época não tinha vagas. Agora até tem vaga. Basta tirar a nota média necessária pro teu curso. O que o PIG defende não é nem o meu, nem o teu interesse, da classe média, mas o interesse da burguesia, de ganhar o máximo de dinheiro com o mínimo de trabalho, e para isto se utilizam da mentira e da manipulação. E de qunado em vez, para fazer isto, compram uns e outros pra dizer oc que eles querem que digam. Por que mesmo tendo a possibilidade de ver cada uma das provas escaneadas no sistema do MEC, uma transparência que nunca houve em nenhum vestibular, só duas ou tres redações apareceram com possívies erros na correção? E as duas redações anunciadas pela mídia no Brasil inteiro eram de São Paulo, e as tais professoras eram do RS? Qual redação que estas “professoras” corrigiram que estivessem com problemas? As tuas criticas, quando se tratam do pessoal unívoco, podem ser procedentes. Mas o que ocorreu com este noticiário foi armação. Mais uma das que montam emontaram para desqualificar um governo que reduziu substancialmente a pobreza e permitiu que os pobres acessassem a escola e a universidade. Fazx tempo saí do pedestal do interesse in dividual que a nossa classe média ostenta como forma de vida. Para nós, da classe média, que não tem competência para elaborar um programa de governo, nos cabe seguir, e na medida do possível, ajudar o program de governo das classes produtoras, qual seja, os trabalhadores, força de trabalho, ou a burguesia, dona dos meios de produção. A claae média consome o que é elaborado e produzido por estas duas classes que estão em permanente conflito. Este não é um conceito do Marx não. É de Jonh Galbraigth, que não é nenhum comunista, mas um pensador do capitalismo americano. Eu tenho lado na luta de classes.E é o da classe trabalhadora, que é o mesmo do PT e dos governos Lula e Dilma, mesmo que as vezes eles se atrapalhem por causa da governabilidade.

      Obrigado por comentar aqui no Blog. Estou aberto ao ddebate, em especial quando os argbumentos tem qualidade e responsabilidade como este que expuseste aqui.

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  2. Precisamos muitas mudanças. Ainda não temos democracia na Imprensa, no Judiciário. A grande mídia, tem contribuído muito para frear o processo de efetiva democratização da sociedade brasileira.
    Ainda bem que temos uns verdadeiros heróis na nossa política e principalmente no Partido da Presidente Dilma e Lula que não esmorecem e lutam por quem nem sabe que é para ele. O ENEM, pode ter seus defeitos e que o governo corrige, mas o que ninguém pode negar que ele está incluindo os mais excluídos nas nossas universidade.

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