
Do Portal i29
O governo federal pagou nos últimos quatro anos pensões indevidas a “filhas solteiras” de servidores que eram, na prática, casadas ou até do sexo masculino.
Bancou também benefícios para “filhos” de funcionários públicos nascidos mais de um ano após a morte dos pais. E houve quem recebesse auxílio-creche sem ter, nos registros oficiais, nenhuma criança em casa.
Os exemplos constam de uma extensa lista de irregularidades detectadas pela CGU na folha de pagamentos da administração direta, de autarquias e fundações. Por ano, ela consome R$ 129 bilhões para remunerar 1,2 milhão de trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas.
Na relação também estão servidores que conseguiram reajustes superiores a 200% num período de três anos; além de outros que extrapolam o teto do funcionalismo público. Há ainda inúmeros outros casos que desafiam o tempo e a lógica. Por exemplo, “filho” ganhando pensão de pai mais jovem.
As conclusões foram obtidas após o cruzamento de informações da folha de pagamentos de 259 órgãos com dados de outros sistemas oficiais. O trabalho foi feito em períodos de 2011, 2012, 2013 e 2014.
Na maioria dos casos, a CGU mandou corrigir o que chama de “inconsistências”, causadoras de prejuízo, logo que descobertas. Com os cortes, houve economia de R$ 1,2 bilhão até dezembro do ano passado, conforme relatório do órgão.
Para o governo, a economia é considerada simbólica diante da necessidade de cortes de gastos. Recentemente, o Ministério do Planejamento anunciou que vai cessar até a impressão de contracheques do funcionalismo. Tudo para não gastar R$ 40 milhões anuais com tinta e papel.
O que foi pago de forma irregular não foi calculado, tampouco será recuperado. É que, salvo exceções, parte-se do princípio de que os servidores receberam por erro dos departamentos de recursos humanos, e não de má-fé. Segundo a CGU, os tribunais já firmaram jurisprudência a respeito, entendendo que não cabe devolução nesses casos.
Maitê Proença sobre pensão de R$ 13 mil que recebe do governo: “É um direito adquirido”
Uma matéria da revista “Época” publicada em novembro/13 trouxe à mídia uma polêmica envolvendo o nome de Maitê Proença. O texto dizia que a atriz recebe R$ 13 mil por mês de pensão por ser filha solteira do procurador da Justiça Eduardo Gall, falecido em 1989.
Ela deu sua versão da história:
“Aquilo lá é um direito adquirido, meu pai durante toda vida pública dele pagou para que a filha tivesse um benefício, ele pagou isso todo mês. Dentro do salário do meu pai havia um percentual mensal que ele pagou durante 40 anos, está pago, não podem tirar o que ele já pagou, podem alterar a lei depois, mas não podem alterar algo que já foi pago”, declarou.
A reportagem da “Época” lembra que a atriz recebe o dinheiro por ser solteira, mas, em 1990, nasceu sua filha Maria, fruto do relacionamento com o empresário Paulo Marinho. A justiça de São Paulo chegou a cortar o benefício, alegando que ela vivia uma união estável. Mas Maitê recorreu e conseguiu recuperar sua pensão.
Descubra mais sobre Luíz Müller Blog
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
MANTRA POLÍTICO
Você chega em casa a ponto de desmaiar
Toma um banho e põe o pijama
Come alguma coisa, senta no sofá
E busca na TV algum programa
Não importa qual seja o canal
O noticiário é sempre igual
E você acha tudo muito chato
Percebe que todos os âncoras
Ficam repetindo o mesmo mantra:
Lava-jato, lava-jato, lava-jato.
Do aécioporto falam só um pouquinho
Da lista de Furnas nem com reza brava
E pelo risco de envolver os Marinho
Da operação Zelotes não falam nada
Para eles não existe Trensalão
E a lista do HSBC não
Deve sair da gaveta
E sobre o helicóptero de coca
Dizem que tudo foi obra
De seres de outro planeta.
Então você diz: Eles devem pensar
Que eu sou um tremendo bobão
Porque tentam me fazer acreditar
Que só no PT tem ladrão!
E no transcorrer dos telejornais
Eles seguem encobrindo os monumentais
Roubos que envolvem o PSDB
Aí você por não ser marionete
Vai navegar na internet
E finalmente desliga a TV.
Eduardo de Paula Barreto
CurtirCurtir
Excelente, Eduardo de Paula Barreto!!!
CurtirCurtir
vagabunda safada da pau na dilma e mama nas tetas do governo …e muita cara depau
CurtirCurtir
A Maitê recebe pensão ESTADUAL (SP). E sinto dizer que ela recorreu e ganhou porque a legislação declara que ela, a filha solteira, não pode ter registrado em sua certidão de nascimento que ela é ou foi casada. E como não foi casada “no papel” o direito é adquirido… Vale lembrar que essa legislação mudou em 1992 e foi elaborada nos anos 50 ou 60, em que a mulher era considerada incapaz para se manter, fosse viúva ou SOLTEIRA.
Não defendo a Maitê, não gosto dela como pessoa e nem como atriz, mas é preciso esclarecer que, legalmente, ela está certa.
CurtirCurtir
Pois é. Ela é hipócrita. Ao mesmo tempo em que recebe esta “bolsa dondoca”, se pronuncia nas redes sociais e em entrevistas contra o Bolsa Família, que também é direito, mas neste caso dos mais pobres. Ela não concorda com um direito que é dos outros, mas usufrui de um outro, muito mais caro aos cofres públicos. Tão hipócrita quanto a maioria dos que vociferam contra a corrupção, mas não perdem a oportunidade de furar fila em banco, em hospital, passar sinal vermelho e de lambuja ainda dar uns trocados pro guarda municipal não aplicar aquela multa. Pois é. Tudo a ver.
CurtirCurtir
Republicou isso em educação ou barbárie.
CurtirCurtir
Pagar R$ 13 mil dos cofres públicos a uma pessoa que já é rica, já viveu ou vive em união estável, já tem filho… Uma pouca vergonha, isso. E a tal ainda vem falar em “direito adquirido”. Demorou pro governo cortar essa mamata, hein!
CurtirCurtir
Roger, o governo estadual (SP) não cortou esse benefício. Por favor, leia o que postei acima. Antigamente, as mulheres eram consideradas incapazes pela sociedade patriarcal e machista: mulher era para ser “cuidada e amparada”. Com as transformações sociais e evolução do feminismo, a mulher passou a trabalhar fora de casa e a ter autonomia. No entanto, em pleno sec. XXI, a remuneração da mulher é INFERIOR a do homem.
CurtirCurtir
Assim é fácil bater panela….
CurtirCurtir
O pai dela não pagou para a filha ter esse direito. Ou ele ignora ou mente. O pai dela recolheu o mesmo que todo funcionário público recolhe mas neste país desigual os juízes, desembargadores e militares tem previlégios. Suas filhas são consideradas mais importantes que as filhas dos Barnabés e dos demais brasileiros que não têm esses direitos
CurtirCurtir