Com a assinatura do Arquiteto Jaime Lerner, a Orla do Guaíba virou cartão postal de Porto Alegre. Mas a Orla que Pública era, também foi desgraçadamente entregue a privatização, como estão fazendo com tudo que é publico em Porto Alegre.
O novo “Cartão Postal” de Porto Alegre esta se transformando em símbolo de tudo que a entrega a privatização e o abandono da tarefa de Fiscalização da Prefeitura, traz embutido.
Já mencionei várias vezes nas redes e creio que outros também o fizeram, a aberração estética que esta sendo erguida a 200 metros da Usina: Um parque de brinquedos infláveis cercado de horríveis tapumes e com iluminação empoleirada em postes de eucalipto rejeitos de obras, esta ali a tirar a bela vista que se propiciava do Rio. Tão bela, que em algum momento foi ali que tinham assentado os Dizeres “Porto Alegre” para servir de enquadramento para Selfies e fotos de porto alegrenses e turistas, com o Rio ao fundo. Já não mais haverá o Guaíba ao fundo da foto ali. Agora haverão “mourões” de eucalipto e brinquedos infláveis ao fundo. Os tais brinquedos infláveis são de um parque que cobra ingressos de 30 a 60 reais para as pessoas brincarem ali. Saiba mais sobre o tema, lendo o artigo A 200 metros do Gasômetro, Prefeitura transforma Orla do Guaíba em loteamento da vergonha de Melo.
O Parque da Harmonia ali do lado, virou em parte Estacionamento, que é claro, também é privatizado e cobra ingresso. Falta pouco para que até aqueles que se aventuram a usar as churrasqueiras ali tenham que pagar pelo uso delas a esta empresa ansiosa por ganhar dinheiro e que da pouco caso da estética e da história de espaços que Públicos continuam sendo.
Já no entorno do Gasômetro, a Praça Julio Mesquita (Do Aeromovel), virou ponto da privataria, da baderna e das ilegalidades só possíveis numa cidade sem nenhuma visão de futuro.
Tiraram os contêineres verdes, aqueles para lixo reciclável do entorno da praça para beneficiar um projeto de marketing da poluidora BRASKEM, que recolhe os resíduos que antes eram postos justamente naqueles contêineres verdes no entorno da praça.
Não bastasse o descaso com o lixo em Porto Alegre e no caso, na Praça Julio Mesquita, o espetacular e fajuto iglu(?) da Braskem montado ali, foi palco de mais uma das badernas semanais, promovidas ali por conta da total ausência de fiscalização da Prefeitura sobre carrinhos de ambulantes que vendem bebidas de qualidade desconhecida e que não se avexam em colocar a disposição do público baderneiro, caixas de som com pancadões a todo volume.

Diante da inoperância da fiscalização da Prefeitura contra a ilegalidade da venda de bebidas e de som alto, não permitidas aliás nos bares, que depois das 11 horas, só podem atender público internamente, pelo que sei.
Aos moradores da região, sujeitos ao ensurdecedor barulho provocado pelo som dos carrinhos de bebidas e pela turba alcoolizada pelas bebidas de estranhas origens, só resta chamar então a Polícia e a Guarda Municipal, que vem e cumprem ali sua função, como noticiado pelo Correio do Povo de Domingo, cujo print reproduzo acima.
Mas estes policiais e Guardas Municipais poderiam estar bem cumprindo suas funções espalhados pela cidade naquele horário, não fosse a negligência do Prefeito com a fiscalização e a contenção do comércio ilegal de bebidas em áreas publicas e a fiscalização ambiental autuasse os baderneiros que colocam seu som nas alturas, tumultuando a vida dos moradores ao redor.
Baita Cartão Postal o Melo esta pintando com sua mão privateira que desmonta e desarticula as estruturas do município, tal qual Bolsonaro faz no Brasil e o Eduardo Leite com o Estado.
A conta da privataria e do desmonte das estruturas públicas, a pagaremos nós, nossos filhos e nossos netos. Melo e sua corriola viverão felizes com os trocados e apoios que terão amealhado dos empresários que participam desta barbaridade.
Texto higienista, carregado de preconceito (estranhas origens) e destoante de uma visão de uma cidade progressista e que tenha espaço para quem gosta da vida noturna e já não pode ter espaço em lugar algum.
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As estranhas origens são das bebidas misturadas vendidas ali. Tu conhece as origens? E cidade progressista não significa uma turba vinda de outros lugares da cidade fazendo barulho e impedindo as pessoas que moram nas redondezas de terem uma noite tranquila. Sabe o que é ter que aguentar bate estaca a madrugada toda e bêbados mijando na porta da tua casa? E nota que fui condescendente com a turba que não se auto regula. Eu disse que a responsabilidade da fiscalização é da Prefeitura, assim como é dela apontar espaços para que quem quer bagunçar a noite, bagunce. Mas isto não pode ser em detrimento da tranquilidade de parte da população, no caso, os vizinhos do Centro Histórico.
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Entendo teu ponto, mas como moradora do centro histórico bem próxima da região de aglomeração devo dizer que o barulho incomoda. Eu já fui até lá com amigos e a experiência foi boa. De fato seriam necessários lugares de lazer adequados e disponíveis a todos.
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